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Saúde

10 mitos e verdades sobre restrições alimentares a pessoas diabéticas

O diabetes é considerado um dos maiores vilões da saúde nos tempos atuais. A doença, que atinge 463 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 16,8 milhões somente no Brasil – número que pode passar dos 21 milhões até 2030 -, conforme a Federação Internacional de Diabetes (IDF), é considerada um verdadeiro problema de saúde pública. Os dados referem-se apenas a adultos entre 20 e 79 anos.

Para chamar atenção ao Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, a nutricionista Marlucy Lindsey Vieira, que atende na Unidade Básica de Saúde do Jardim Nakamura, gerenciada pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, respondeu a algumas questões que ajudam a esclarecer mitos e verdades associados à alimentação das pessoas que vivem com esta doença.

1 – O consumo excessivo de açúcar realmente tem ligação com o surgimento do diabetes?

Verdade. O excesso de açúcar pode provocar uma sobrecarga no pâncreas, que não consegue produzir insulina suficiente para diminuir os níveis de glicose. Essa sobrecarga pode desencadear o diabetes tipo 2.

2 – Pessoas com alimentação saudável e regrada não têm nenhuma chance de desenvolver diabetes?

Mito. Existem outros fatores de risco, como o genético, a presença de problemas como pressão alta, colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue, doenças renais crônicas, diabetes gestacional e o uso excessivo de medicamentos da classe dos glicocorticoides (tipo de corticoide). Todos podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

3 – Apenas as pessoas mais velhas têm diabetes?

Mito. O diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Conforme dados da IDF, 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos apresentam diabetes tipo 1.

4 – Diabéticos não podem exagerar no consumo de carboidratos, como arroz, pães, massas e batatas?

Verdade. Os carboidratos são os principais responsáveis pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, por isso, pacientes diabéticos precisam consumir esses alimentos de forma moderada. Uma opção saudável seria substituir alimentos feitos com farinha branca, como pão, bolo e macarrão, pelos integrais. O arroz também pode ser substituído pela versão integral.

5 – Apenas o açúcar refinado faz mal. O mel e outros açúcares, como mascavo, demerara ou de coco, estão liberados na dieta de um diabético?

Mito. Assim como o açúcar refinado, o mel e outros açúcares também podem descompensar o diabetes, levando ao quadro de hiperglicemia (elevação dos níveis de glicose no sangue).

6 – Diabéticos devem evitar o consumo de bebidas alcoólicas?

Verdade. O diabético não deve ingerir bebidas alcoólicas porque o álcool pode desequilibrar os níveis de açúcar no sangue, alterando os efeitos da insulina e dos medicamentos orais, podendo provocar hiper ou hipoglicemia (queda vertiginosa das taxas de açúcar no sangue).

7 – Ter diabetes significa não poder comer doces em hipótese alguma?

Mito. O paciente diabético pode consumir doces em pequenas quantidades, quando associado a uma dieta e hábitos de vida saudáveis. O doce não pode se tornar um alimento do dia a dia e deve-se ter cuidado com a qualidade da sobremesa escolhida, de preferência pobre em gordura.

8 – É possível prevenir o diabetes?

Verdade. A melhor forma de prevenir o diabetes é por meio da manutenção de hábitos saudáveis, como a ingestão diária de verduras, legumes e três porções de frutas; a redução do consumo de sal, açúcares e gorduras; não fumar; praticar exercícios físicos regularmente (pelo menos 40 minutos todos os dias); e manter o peso controlado.

9 – Os diabéticos devem ter uma alimentação saudável e isso inclui o consumo de frutas à vontade?

Mito. A frutose é um açúcar presente naturalmente nas frutas. O consumo recomendado a pacientes diabéticos é de, no máximo, três porções de frutas ao dia.

10 – Todos os tipos de adoçantes são permitidos na dieta de um diabético, pois são todos iguais.

Mito. Os adoçantes são divididos em dois grandes grupos: os naturais, são obtidos a partir de plantas ou de alimentos de origem animal; e os artificiais/sintéticos, obtidos, de produtos naturais ou não, através de reações químicas apropriadas. Entre os adoçantes naturais indicados estão a frutose, o xilitol, o eritritol e a stevia. Já no grupo dos sintéticos, a sacarina, o ciclamato, o aspartame e a sucralose costumam ser mais recomendados. Antes de escolher quaisquer um desses produtos, é importante ler os rótulos com atenção para saber qual o tipo de adoçante utilizado na composição e, sempre que possível, optar pelos naturais.

Sobre o CEJAM

O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos e Peruíbe.

Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.

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