Bares temáticos de rock adotam estratégias para animar o público no dia do gênero musical
No dia 13 de julho é celebrado o Dia Mundial do Rock que, apesar de não liderar mais as paradas, mantém uma base fiel de fãs apaixonados
Nos últimos anos, o cenário musical brasileiro tem visto uma predominância crescente de gêneros como o sertanejo, funk e pop, refletindo uma mudança nas preferências musicais do público. No entanto, segundo uma pesquisa da Globo, cerca de um quarto dos brasileiros ainda se declaram ouvintes de rock.
Bares com entretenimento como música ao vivo atraem clientes de todas as idades e já somam mais de 70.000 em todo o país. Casas especializadas em rock têm um público apaixonado e fiel que lota os shows de suas bandas favoritas.
Para Lucério Henrique, proprietário do Mister Rock, em Belo Horizonte (Minas Gerais), é a data mais importante para esse tipo de estabelecimento, “O Dia do Rock é para a gente como o Dia das Mães é para o comércio em geral”, compara.
O rock teve um auge nas últimas décadas do século XX e a partir disso, muitas gerações se viram fortemente influenciadas pelo estilo musical. Para atrair um público mais novo, Lucério trabalha com bandas jovens locais. “Em alguns domingos fazemos uma programação especial para conseguir atender um público mais jovem, inclusive, menores de idade”, conta.
A cidade de Belo Horizonte nutre uma longa relação com o rock, que vem desde a década de 1970, e passa pelo nascimento de uma das maiores bandas de heavy metal no mundo, como o Sepultura. Outras bandas icônicas do rock nacional, como Skank, Jota Quest e Pato Fu, também têm suas origens em terras mineiras.
Muitas destas bandas, aliás, também se reuniam na noite belorizontina quando estavam começando, em bares tradicionais como o Bolão, em Santa Tereza. Os garçons mais antigos ainda se lembram dos músicos pedindo o famoso pão com molho bolonhesa e ovo na madrugada. O tecladista do Skank, Henrique Portugal, fez uma postagem recente em seu Instagram exaltando o bar.