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Quantidade de brasileiros com ensino superior que deixam o Brasil para os EUA cresce 19 vezes

A quantidade de brasileiros com nível superior que obtiveram o green card americano aumentou mais de 13 vezes no ano fiscal de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021. É o que aponta um levantamento da AG Immigration, escritório de advocacia imigratória sediado em Washington, D.C.

Realizada com base nas emissões das duas principais categorias do visto EB – destinado a profissionais com habilidades e carreiras acima da média –, a pesquisa identificou que 147 brasileiros receberam o visto em 2021. Contudo, esse número saltou agora para 1.983 – o maior da história.

Os dados são referentes ao ano fiscal americano, período que se inicia em 1º outubro de um ano e termina em 30 de setembro do ano seguinte. É a forma como o governo dos EUA calcula o orçamento e define as políticas públicas.

A popularidade do visto EB entre os brasileiros está no fato de ele conceder o green card, ou seja, a residência permanente nos EUA. Suas duas principais categorias – EB-1 e EB-2 – têm critérios de elegibilidade que exigem, via de regra, que o profissional estrangeiro comprove ampla experiência na área em que atua e pelo menos uma pós-graduação, embora haja exceções.

Os vistos EB-1 e EB-2 foram criados na década de 1990 para atrair mentes excepcionais para os EUA, fazendo com que contribuam para o desenvolvimento científico, econômico e cultural do país. Segundo o advogado de imigração Felipe Alexandre, a popularidade deles tem causado uma fuga de cérebros do Brasil.

“Enquanto o EB-1 destina-se aqueles profissionais entre os 5% mais talentosos de uma indústria, como um pesquisador renomado, o EB-2 abrange os 15% mais qualificados de uma área, como um engenheiro com mais de dez anos de experiência, um gerente de marketing com passagem em grandes empresas ou um dentista com algum tipo de especialização”, explica Alexandre, sócio-fundador da AG Immigration.

O apetite dos brasileiros pelo visto EB tem crescido mais notavelmente nos últimos cinco anos. Em 2017, por exemplo, os EUA concederam 207 green cards deste tipo para brasileiros, praticamente dobrando a quantidade do ano anterior. Em 2018, o número subiu para 379, chegando a 494 em 2019 e 415 em 2020.

Os dados históricos mostram que o patamar registrado em 2022, de 1.983 vistos EB-1 e EB-2 emitidos para brasileiros, supera o somatório dos 19 anos anteriores (2021-2003).

“Houve claramente uma mudança no perfil do brasileiro que vem para os EUA. Se antes havia a predominância dos profissionais menos qualificados academicamente, e inclusive aqueles que entravam de maneira ilegal para trabalhar em subempregos, temos visto quase que uma inversão do cenário nos últimos 20 anos, com cada vez mais pós-graduados, gestores, executivos e pesquisadores sêniores vindo para cá”, afirma o CEO da AG Immigration, Rodrigo Costa.

De acordo com ele, essa mudança no perfil do brasileiro deve-se à expansão do ensino superior nos últimos 20 anos e ao acesso à informação. “Há um número muito maior de escritórios de imigração hoje em dia, além de inúmeros criadores de conteúdo na internet que divulgam sua rotina nos EUA. Isso estimula mais pessoas a buscarem esse mesmo estilo de vida, dada a influência cultural americana sobre o Brasil”, observa Costa.

Em 2022, aliás, o País foi o terceiro país que mais teve aprovações nas três categorias principais do visto EB. Em 2021, havia ficado na 11º colocação.

Sobre a AG Immigration

A AG Immigration é um dos principais escritórios de advocacia imigratória dos Estados Unidos, já tendo auxiliado cidadãos de 32 países a obterem o green card americano. É fundada pelo empresário Rodrigo Costa e pelo advogado Felipe Alexandre, que figura há seis anos na lista dos 10 melhores advogados de imigração do American Institute of Legal Counsel. Alexandre também foi considerado, em 2022, pela segunda vez, como um dos 10 principais advogados de imigração pela revista “Attorney & Practice Magazine”, além de ser reconhecido pela Super Lawyers, plataforma da Thomson Reuters, como referência no campo das leis imigratórias dos EUA. A empresa tem sede em Washington D.C. e escritórios em Miami, Orlando, Las Vegas, Los Angeles e Nova York.

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