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A prefeitura de Petrópolis realiza uma megaoperação para limpeza das ruas, com o apoio do Rio de Janeiro e de Niterói

A cidade foi novamente atingida por chuvas fortes na quinta-feira (17).

O número de mortos subiu para 171 e ainda há 165 pessoas desaparecidas, segundo a Polícia Civil do estado.

Já se iguala à maior tragédia vivida pela cidade, em 1988, quando morreram 171 pessoas.

As equipes da Defesa Civil mantiveram as buscas durante toda a noite, mesmo com a chuva forte a moderada.

Desde terça-feira foram registrados mais de 800 chamados, sendo a maioria por deslizamentos, que afetaram casas e vias públicas em diferentes pontos da cidade.

Cerca de 800 pessoas estão sendo atendidas pela Assistência Social, em 20 pontos de apoio montados para acolher os moradores de área de risco.

Cães farejadores

fernando brazão-agência brasil

Cães farejadores da Guarda Civil Municipal de Petrópolis e de outras corporações, de diversos estados do país que enviaram ajuda à cidade, estão auxiliando nas buscas pelos corpos das vítimas dos deslizamentos de terra. São 35 cães atuando em locais como o Alto da Serra, Rua Teresa, Sargento Boening, Caxambu e Cremerie.

A expectativa é que hoje (20) o número de animais atuando nos trabalhos de busca e resgate suba para 45. Eles foram enviados de estados e municípios como Teresópolis, Magé, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina. Também são aguardados quatro cães da Argentina e mais animais enviados pelo governo de Goiás e do Rio Grande do Sul.

De acordo com o responsável técnico e operacional do Grupamento de Operações com Cães de Petrópolis, Leandro Lopes, os cães tiveram uma participação importante no resgate de dezenas de corpos.

“Para que possamos dar mais velocidade e dinâmica ao trabalho, a partir do momento que fazemos a detecção e o animal dá o sinal de positivo, já partimos para outro ponto enquanto os bombeiros iniciam as escavações no local indicado. Por isso, não temos ainda um levantamento de quantas vítimas foram encontradas com vida ou não”.

Limpeza

A prefeitura de Petrópolis realiza uma megaoperação para limpeza das ruas, com o apoio das cidades do Rio de Janeiro e de Niterói.

Mais de mil pessoas trabalham para desobstrução das ruas, metade das 20 interditadas foi liberada.

As empresas de ônibus de Petrópolis estão restabelecendo gradualmente a operação das linhas.

Os ônibus permaneceram operando com redução de horários e de frota.

A prefeitura de Petrópolis pede que os moradores evitem sair de casa, para agilizar as ações de limpeza com menos pessoas circulando pela cidade.

Ações do estado

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES) enviou ontem quatro motolâncias do grupamento de motociclistas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da capital para atuar nas ações de socorro em locais de difícil acesso em Petrópolis. Outras quatro chegam hoje ao município.

Segundo o governo do estado, os agentes atendem a demanda espontânea da população e alcançam locais onde outros veículos ainda não conseguem chegar, por causa da dificuldade de mobilidade e obstrução das vias após os deslizamentos de terra.

Equipes da Vigilância Sanitária Estadual estiveram nos abrigos que acolhem as vítimas para reforçar a orientação a respeito dos protocolos de segurança e contaminação por covid-19.

O Detran também está atuando na cidade, para a emissão de identidades e segunda via de carteiras de habilitação. Já foram entregues 54 documentos, com cerca de 300 atendimentos aos moradores sem documentação civil ou segunda via de CNH.

O programa RJ para Todos, da Secretaria de Governo, já atendeu 2.810 petropolitanos no Colégio Estadual Rui Barbosa. Entre as ações oferecidas estão a expedição de carteira de trabalho digital, banco de empregos e orientação jurídica.

Comerciantes

Para fazer um diagnóstico sobre os prejuízos financeiros sofridos pelos comerciantes de Petrópolis, a prefeitura lançou um formulário on-line.

É necessário informar dados como razão social, CNPJ, telefone, e-mail, endereço, atividade econômica e quantidade de colaboradores, além dos prejuízos sofridos e estimativa de custo para retomar a atividade.

Segundo o secretário de Fazenda, Paulo Roberto Patuléa, equipes multidisciplinares também irão colher informações presencialmente.

“Vamos ter que reconstruir a cidade. Por isso, vamos manter um diálogo com os empresários de Petrópolis, que são os que geram emprego e renda para a nossa cidade, para buscar a melhor forma para ajudá-los e juntos reerguermos a cidade. Quero destacar também que os empresários de Petrópolis também estão se mobilizando para as doações para aqueles que mais precisam”.

Edição: Claudia Felczak/Agência Brasil

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