Da esquerda para a direita, Nair Macedo, Melissa Ferreira, Maria Alice Erthal e Marcelo Fachinello. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
“Quero deixar claro que a FAS não compactua com qualquer tipo de violência, seja física ou verbal. Quando as denúncias chegaram até a minha pessoa, imediatamente eu pedi que afastassem as pessoas, os servidores envolvidos”, afirmou, nesta segunda-feira (13), a presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Maria Alice Erthal. Antes de responder a questionamentos dos vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), ela e a coordenadora de Alta Complexidade, Nair Macedo, falaram da rede de acolhimento institucional da FAS.
O convite para os esclarecimentos na sessão plenária foi apresentado após a publicação, pelo portal Intercept Brasil, de denúncias de maus-tratos na Casa do Piá 1, que atende meninos de 7 a 13 anos de idade. Conforme Erthal, o “processo para a averiguação dos fatos já se encontra na PGM [Procuradoria-Geral do Município]”.
“Seguimos leis, diretrizes e a Política de Assistência Social na íntegra. Somos exemplo para outros estados, criando projetos inovadores, para que as pessoas realmente sejam atendidas de acordo com as suas necessidades, […] nós estamos tranquilos com o nosso trabalho”, complementou a presidente da FAS.
“Um fato isolado e lamentável desse não pode comprometer todo um trabalho que a fundação executa para garantir o direito de crianças e adolescentes”, argumentou a servidora Nair Macedo, coordenadora de Alta Complexidade junto à Diretoria de Proteção Social Especial da FAS. Ela falou sobre o serviço de acolhimento “às crianças e adolescentes que, por alguma razão, estão afastados do convívio familiar”.
“Eles são acolhidos somente por meio de uma medida protetiva [expedida pelo Judiciário]”, explicou. A rede de acolhimento de Curitiba, afirmou, é formada por 15 organizações da sociedade civil, via termo de colaboração, e 8 unidades próprias, 5 delas para o público masculino e 3 para o feminino.
Outra modalidade, apontou Macedo, é o serviço de república para adolescentes “em iminência de maioridade”, quando não existe a perspectiva de retorno ao núcleo familiar. Neste caso, há critérios a serem preenchidos, como o jovem estar empregado. Por fim, disse ela, existem as famílias acolhedoras, com a execução indireta, em que a família é “capacitada e habilitada” para receber a criança ou o adolescente afastado do convício familiar por meio de medida protetiva.
Hoje, de acordo com Macedo, a maior parte do público acolhido é de adolescentes, “que exige mais cuidados”. Quanto à Casa do Piá 1, a representante da FAS defendeu que o número de profissionais da linha de frente, formada por educadores e cuidadores sociais, está “além do número exigido” pela legislação.
“Além disso, temos [na Casa do Piá 1] a equipe técnica, formada pelo coordenador da unidade, o apoio técnico, nós temos o psicólogo, o assistente social também, além da equipe de enfermagem que trabalha nesta instituição”, continuou, “justamente por conta das especificidades que ali se encontram”.
A coordenadora também argumentou que o acolhimento, pela legislação, deve ser feito pelo período máximo de um ano e seis meses, “mas muitas vezes este tempo tem que ser maior”, porque “não é possível trabalhar o retorno familiar”. Neste sentido, Macedo citou a necessidade do trabalho intersetorial para “romper o ciclo de violência”. “Se não for possível, é preciso trabalhar alternativas como a adoção ou a colocação em família substitutiva.”
O convite à equipe da Fundação de Ação Social foi feito após acordo de lideranças, na semana passada, e a retirada de um requerimento com o objetivo de convocar a presidente Maria Alice Erthal (054.00005.2024). Além dela e de Nair Macedo, estiveram na Câmara de Curitiba o chefe de gabinete da FAS, Anderson Walter; a superintendente executiva, Melissa Ferreira; o diretor administrativo, Eduardo Prodossimo; e a supervisora da Regional Matriz, Elisângela Sttüpp. Conselheira municipal de Assistência Social, Daniela Pizzato também acompanhou a apresentação.
A oficina terá duração de duas horas e se propõe a ser um momento de…
Por promover cidadania, literatura e diálogo entre adolescentes em privação de liberdade, ação venceu na…
As empresas terão seus artigos exibidos em uma vitrine especial dentro do site da gigante…
Todas foram contempladas com subsídios do Programa Casa Fácil Paraná para redução do valor de…
Estado recebeu 37.120 doses quarta-feira (3), as quais já foram distribuídas para as 22 Regionais…
Em 2025, o Estado investiu R$ 54 milhões na aquisição de produtos livres de agrotóxicos…