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A leptospirose é uma infecção causada pela bactéria Leptospira e pode provocar danos renais e hepáticos, evoluindo até mesmo para morte.
A infecção humana ocorre devido à exposição direta ou indireta à urina de animais infectados pela Leptospira, e pode ser adquirida em áreas urbanas e rurais.
Com as chuvas, a bactéria se mistura à água de valetas, lama, lagoas, cavas e em locais com formação de alagamentos. As inundações propiciam a disseminação e a permanência da bactéria no ambiente, facilitando a contaminação.
CUIDADOS – Após as águas baixarem, é preciso retirar a lama e desinfetar o local, lavando pisos, paredes e bancadas utilizando água sanitária, sempre com uso de luvas e botas de borracha. A orientação é diluir duas xícaras (400ml) do produto em um balde de 20 litros de água e deixar agir por 15 minutos. Após isso, prosseguir com a limpeza.
Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto também devem sempre usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com a água e lama contaminadas. Em ambiente domiciliar, é preciso tomar os cuidados básicos para evitar a presença de roedores, incluindo guardar alimentos em recipientes bem fechados, retirar sobras de alimentos, evitar o acúmulo de entulhos e lixos em geral.
Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), somente em 2023, o Paraná registrou 260 casos confirmados e 20 óbitos em decorrência da leptospirose.
SINTOMAS – O diagnóstico é realizado por meio de exames laboratoriais específicos. Os principais sintomas da doença são febre alta, mal-estar, dores de cabeça constantes e intensas, dores no corpo (principalmente na panturrilha), cansaço, calafrios, dores abdominais, náuseas, vômitos, diarreia e desidratação. Nos casos mais graves pode ocorrer amarelamento da pele e dos olhos.
TRATAMENTO – Ao identificar qualquer sintoma é preciso procurar atendimento médico imediatamente. Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial. Nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. O período de incubação, ou intervalo entre a transmissão e o início das manifestações dos sintomas, normalmente ocorre entre sete e 14 dias após a exposição a situações de risco, mas pode variar de um até 30 dias.
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