Há uma célebre frase de Nietzche que propõe o seguinte: “Nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo”. Pra ser falar em autoconhecimento, eis um bom ponto de partida.
O trabalho sobre si mesmo traz uma satisfação, uma realização, uma experiência de crescimento pessoal enorme. O sentido de integração que vai sendo gerado aos poucos nos permite este raro privilégio: de pertencer a si.
Obviamente o preço a se pagar apontado por Nietzche não é o financeiro, mas o do esforço de percorrer o caminho rumo a apropriar-se de si mesmo.
Essa é uma das características do processo de autoconhecimento: ele exige esforço. Isso se dá porque a nossa natureza, por si só, não nos conduz ao conhecimento de nós mesmos. Autoconhecer-se não é algo que simplesmente acontece naturalmente ao longo dos anos. Pelo contrário – é possível passar a vida toda sem dar-se conta de quem somos realmente, das forças que nos influenciam e determinam, das causas que geram as reações que temos ao longo da vida, do porque termos dificuldades com determinados temas, e, principalmente: como transformar tudo isso.
Isto aponta para o fato de nós termos pouca consciência a respeito de nós mesmos. Mas… como adquirir consciência?
O primeiro passo é a auto-observação. Olhar para si próprio e buscar, sem julgamentos de certo e errado, bom ou mau, observar nossos comportamentos, nossa forma de pensar, nossas reações emocionais, nossas crenças.
O segundo passo para que o autoconhecimento possa acontecer é a presença de um espaço para a reflexão sobre si mesmo.
Porque me sinto tão ansioso? Porque tenho tanta dificuldade em dizer não? Que relações me fazem bem e quais me impedem de crescer? Porque tal pessoa me causa tanto desconforto? O que estou tentando evitar ao não me dedicar à aquilo que considero importante? Que medos me bloqueiam? O que me impede de viver a vida que quero?
Esse olhar para dentro e uma sincera reflexão sobre nós mesmos permite o emergir de novas percepções, novos insights. Podemos passar a reconhecer o que acontece dentro de nós, na dinâmica das nossas relações, e entendemos melhor a influência que nosso passado teve sobre quem nós somos hoje. Identificando nossas aspirações, nossa vocação e sonhos, podemos assumir um direcionamento mais focado em uma maior realização na vida.
Ao nos conhecermos melhor, estamos simultaneamente conhecendo melhor o funcionamento das pessoas que nos cercam. Passamos a ver que apesar de sermos tão diferentes, ao mesmo tempo, somos absolutamente semelhantes em alguns pontos básicos: todos queremos ser felizes, todos sofremos. Todos queremos evitar o sofrimento.
Entendendo o quanto é difícil superar nossas próprias dificuldades, acabamos por reduzir o julgamento e exigências exageradas com relação aos outros, pois entendemos que cada um tem suas dificuldades, igualzinho a nós.
O processo de autoconhecimento vai nos mobilizando a sair da estagnação e gerar movimento, crescimento, expansão. É possível reformular as posturas que adotamos a partir de escolhas mais conscientes. Não mais tão determinados por respostas automáticas, vamos nos tornando mais livres para experimentar uma nova forma de ser, mais autêntica, mais de acordo com nossos valores, mais significativa.
Isabela Corrêa
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