As baías de Paranaguá e Guaratuba estão recebendo policiamento aquático do Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde (BPAmb-FV) nesta temporada do Verão Paraná – Viva a Vida 2021/2022 para coibir crimes contra a vida marinha e proteger espécies com risco de extinção.
Os policiais militares percorrem dezenas de quilômetros diariamente fazendo abordagens a embarcações e a pessoas em vários pontos da região litorânea.
Durante o patrulhamento aquático, a atenção redobrada é para localizar redes de malha de pesca, tarrafas e outros acessórios ilegais que são instalados em pontos estratégicos das baías, a fim de capturar o maior número de peixes possível.
A prática afeta espécies que não são destinadas para comércio e consumo que acabam vítimas desse crime, como as tartarugas marinhas.
Segundo a comandante da 1ª Companhia do Batalhão de Polícia Ambiental, tenente Maria Cecília, o período de defeso é quando as espécies não podem ser retiradas do mar e comercializadas porque estão em época de reprodução.
Ela explica que existem restrições quanto à distância da pesca da costa, a técnica empregada, entre outros.
O Batalhão Ambiental reforça o trabalho e conta com uma embarcação de boa autonomia, que pode alcançar até mesmo o mar aberto, ampliando o raio de atuação dos policiais militares durante as operações de fiscalização.
“Neste período do verão, a Polícia Ambiental atua principalmente no combate a pesca do robalo e do camarão. Existem algumas peculiaridades para extrair o pescado”, afirma.
O trabalho já resultou em dezenas de quilos de peixes apreendidos e autos de infração ambiental lavrados durante o Verão Paraná – Viva a Vida 2021/2022 no Litoral.
A tenente diz que outra atuação da PM na proteção da fauna é com relação à extração de caranguejos nos mangues, um ecossistema que é preservado justamente por garantir o equilíbrio da produção de diversas espécies e por evitar problemas de erosão na costa.
EMBARCAÇÕES – O trabalho dos profissionais também visa verificar a legalidade das embarcações de pesca.
“Além da pesca ilegal, fiscalizamos os barcos, se estão cadastrados junto à Marinha, se o pescador tem cadastro e qual a modalidade de pesca permitida para ele, que precisam estar com a documentação em dia, a qual deve sempre estar no barco”, afirma a tenente.
Graças ao convênio com o IAT, os policiais militares podem fazer a autuação administrativa ao infrator.
“Fazemos a lavratura da multa e ele responde depois ao IAT. Se for flagrante, fazemos o encaminhamento à delegacia e, se for o caso, informamos ao Ministério Público sobre o crime ambiental e fazemos a autuação administrativa”, acrescenta.
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