“Nós temos agora, vai completar dois meses, 900 pessoas presas, tratadas como terroristas. Que não foi encontrado, quando foram presos, um canivete sequer com elas. E estão presas. Chefes de família, senhoras, mães, avós”, disse o ex-presidente nesta segunda (27) durante SA Summit 2023, na Flórida (EUA).
Bolsonaro comparou a história brasileira com a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores do candidato derrotado nas eleições de Donald Trump invadiram e depredaram o local.
O ex-presidente disse que nos Estados Unidos a “grande maioria” das pessoas está “respondendo ao devido processo” em liberdade.
“No Brasil, não. Não tem culpa, não tem testemunha. As pessoas, a grande maioria, sequer estava na praça dos Três Poderes naquele fatídico domingo, que nós não concordamos com o que aconteceu lá”, seguiu.
No sábado, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu que somente as visitas para fins acadêmicos, jornalísticos e “casos omissos” precisam de autorização da corte.
O magistrado lembrou que os presos pelos atos golpistas têm direito a visitas de acordo com as regras já estabelecidas no Distrito Federal, desde que elas não se enquadrem entre as exceções citadas.
Cerca de mil pessoas estão presas e respondem a acusações de invasão e depredação do Palácio do Planalto, STF e Congresso.
Há pedido de instalação de Comissão Parlamentar Mista de Investigação para esclarecimentos dos episódios: a oposição considera estranho a ausência da segurança específica dos Três Poderes e a facilidade de acesso aos locais depredados, estranhando ainda que o Governo Federal não considerou alertas do GSI dois dias antes do episódio.