Brasil alcança 350 pódios na natação e no atletismo em dia de bicampeões paralímpicos
A delegação brasileira alcançou duas marcas importantes no nono dia de competições em Paris 2024: 150 medalhas na natação e 200 medalhas no atletismo na história do megaevento. Além dos pódios nas duas modalidades, o Brasil também conseguiu medalhas no judô e no halterofilismo.
Agora, o Brasil soma 70 pódios (17 ouros, 22 pratas e 31 bronzes) e está em sétimo lugar no quadro geral de medalhas – a liderança é da China (83 ouros, 64 pratas e 41 bronzes). Se o critério adotado for o de total de medalhas, o Brasil está em quarto, atrás dos chineses, britânicos e norte-americanos.
Atletismo
- No oitavo dia de provas da modalidade, o Brasil conquistou três medalhas (duas de prata e uma de bronze) chegando à marca de 200 na história dos Jogos Paralímpicos.
- O pódio de número 200 veio com o paulista Thiago Paulino no arremesso de peso F57 (atletas que competem sentados). Ele ficou com a prata, com a marca de 15,06m. O iraniano Yasin Khosravi (15,96m) ficou com o ouro, e o indiano Hokato Sema (14,65m) completou o pódio.
- Quem também conquistou a prata foi a paulista Zileide Cassiano. No salto em distância, da classe T20 (deficiência intelectual), ela marcou 5,76m. O ouro ficou com a polonesa Karolina Kucharczyk (5,82m), e o bronze foi para a turca Fatma Altin (5,73m).
- A piauiense Antônia Keyla conquistou a medalha de bronze nos 1500m, da classe T20 (deficiência intelectual). Com o tempo de 4min29s40, ela estabeleceu o novo recorde das Américas. O ouro ficou com a polonesa Barbara Zajac, com a marca de 4min26s06. A ucraniana Liudmyla Danylina ficou com a prata, com 4min28s40.
- O fluminense Ricardo Mendonça, o paulista Christian Gabriel e o maranhense Bartolomeu Chaves avançaram para a final dos 200m, da classe T37 (paralisados cerebrais). A final acontece às 5h36 (Brasília) deste sábado, 7.
- Na prova dos 400m, da classe T47 (amputados de braço), o paulista Thomaz Ruan avançou para a final. Ele fez 48s68, o quarto melhor tempo geral das eliminatórias. A disputa pelo ouro acontece neste sábado, 7, às 16h (de Brasília).
Natação
- No nono dia de provas, dois atletas brasileiros subiram ao pódio (ouro e prata), e também garantiram uma marca importante na história da modalidade: 150 medalhas em Jogos Paralímpicos.
- O nadador catarinense Talisson Glock venceu os 400m livre da classe S6 (limitações físico-motoras). Ele finalizou a prova com o tempo de 4min49s55, novo recorde das Américas. A prata ficou com o italiano Antonio Fantin, (4min49s99), e o bronze com o mexicano Jesus Bermudez, que (5min07s00).
- A medalha 150 veio nos 100m costas da classe S14 (deficiência intelectual). O paulista Gabriel Bandeira conquistou a prata, com o tempo de 58s54, novo recorde das Américas. O ouro foi para o australiano Benjamin Hance (57s04) e o bronze para o britânico Mark Tompsett (59s21).
Judô
- Foram duas medalhas para o Brasil no segundo dia de competições: uma de ouro e uma de prata
- A paulista Alana Maldonado se tornou bicampeã paralímpica da categoria até 70kg da classe J2 (atletas que conseguem definir imagens). Na final, ela venceu a chinesa Yue Wang.
- A carioca Brenda Freitas conquistou a prata na categoria até 70kg da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz). Ela foi derrotada pela chinesa Li Liu na decisão.
Halterofilismo
- A amazonense Maria de Fátima Castro conquistou a medalha de bronze na categoria até 67kg. A atleta alcançou o resultado com um levantamento de 133kg (novo recorde das Américas). O ouro ficou com a chinesa Yujiao Tan, com 142kg (novo recorde mundial) e a prata com a egípcia Fatma Elyan, com 139kg.
Canoagem
- O Brasil garantiu três vagas diretas em finais A da canoagem nesta sexta-feira, após as eliminatórias.
- O piauiense Luis Cardoso Silva venceu sua bateria nos 200m caiaque KL1 (usa somente braços na remada) e avançou direto para a final A. Ele vai brigar por medalha na manhã deste sábado, 7, às 6h20 (Brasília).
- Fernando Rufino e Igor Tofalini venceram suas baterias na canoa VL2 (usa tronco e braços na remada) e avançaram direto para a final A. A prova decisiva será no domingo, 8. Rufino tenta o bicampeonato paralímpico, já que ele ganhou o ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
A delegação brasileira
Esta é a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil, superando os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. O número só não supera o registrado nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22 modalidades por ser o país-sede da competição.
Patrocínios
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do judô, natação, tênis de mesa e halterofilismo.
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Thiago Paulino , Jardênia Felix, Petrúcio Ferreira, Ricardo Mendonça, Talisson Glock, Antônia Keyla, Petrucio Ferreira, Izabela Campos , Maria de Fátima Castro, Gabriel Bandeira, Lídia Cruz, Patrícia Pereira, Ana Karolina Soares, Gabriel Araújo, Samuel Oliveira, Talisson Glock, Laila Susigan, Fernando Rufino, Igor Tofalini, Luiz Carlos Cardoso e Alana Maldonado são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 114 atletas.
Time São Paulo
Os atletas Jardênia Felix, Lucas Lima, Thiago Paulino , Débora de Lima, Harlley Pereira, Lucia Araújo, Zileide Cassiano, Talisson Glock e Alana Maldonado são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.