Carlos Lupi: temos que melhorar a arrecadação da Previdência, diminuir isenções abusivas e combater sonegadores

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, participou nesta quinta-feira, 26 de setembro, do programa “Bom Dia, Ministro”, uma coprodução da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom PR) e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Durante a entrevista, o chefe da pasta afirmou que é preciso melhorar a arrecadação do sistema previdenciário, diminuir isenções indevidas e combater os sonegadores.

“É cobrar as grandes dívidas de quem deve a Previdência e ampliar, por exemplo, a quantidade de trabalhadores com carteira assinada, para assim conseguirmos melhorar a arrecadação. Quando você incentiva os trabalhadores autônomos, os trabalhadores de aplicativos a ter confiança na Previdência, você também melhora a arrecadação. O foco principal no momento é extinguir as isenções abusivas que existem na economia brasileira ainda e cobrar quem deve”, detalhou.

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Lupi detalhou ainda os desafios do sistema previdenciário brasileiro, diante do envelhecimento da população e do déficit da Previdência. Na visão do ministro, há muito a ser feito para melhorar a arrecadação e diminuir a isenção indevida. “O regime previdenciário é um regime compensatório. Quem trabalha, trabalha para ajudar quem está aposentado. É obrigação para todo cidadão que ainda tem saúde, força, emprego, ajudar aqueles mais idosos que ajudaram a construir a nação grandiosa que nós temos hoje. Temos que ir em cima dos grandes sonegadores que estão na Justiça devendo mais de R$ 300 bilhões à Previdência Social, porque essa conta não tem que ficar com a parte mais fraca”, resumiu.

TELEMEDICINA — O Ministério da Previdência Social atendeu, entre os meses de abril e maio deste ano, mais de 15 mil segurados com o uso da telemedicina para requerimentos de Benefícios de Prestação Continuada (BPC-Loas). As localidades que realizam as perícias com uso de telemedicina são selecionadas quando ocorre uma ou mais das seguintes situações: ausência de perito médico lotado na agência, tempo de espera por perícia elevado na localidade e necessidade de longos deslocamentos por parte do segurado para receber atendimento.

O ministro Carlos Lupi ressaltou, na conversa com radialistas, que a perícia por telemedicina está encurtando distâncias e aproximando o atendimento ao cidadão, já que os segurados não precisam se deslocar até uma capital para passar por atendimento, por exemplo. “Nós já estamos adotando a telemedicina em várias regiões do Brasil, principalmente nas regiões mais carentes. Às vezes, a pessoa não tem como se locomover, não tem recurso para pagar o ônibus ou o carro que seja para levar até o médico. E a telemedicina é o caminho moderno, seguro, e que vai resolver grande parte do problema da perícia no país”, disse.
ATENDIMENTO EM ÁREAS REMOTAS — Lupi pontuou que, em áreas longínquas, o Governo Federal realiza uma espécie de mutirão para levar um grupo de funcionários para realizar o atendimento à população e diminuir a fila do INSS da região. “Isso está sendo feito há um ano, e já deu um excelente resultado. Por isso, o novo concurso que a gente vai fazer vai estar focado pela necessidade. Nós queremos que os novos médicos peritos sejam aprovados para ficar naquela cidade onde tem maior procura e necessidade”, enfatizou.

O Prevmóvel, serviço que leva atendimento a moradores de bairros onde não existe agência da Previdência Social, é um dos exemplos citados pelo ministro para facilitar o acesso da população. “São vans, carros, onde você, normalmente, tem computadores e funcionários, que vão a comunidades mais carentes levar os serviços da Previdência. Então, o funcionário entra no computador, vê qual é o teu número de matriz e o CPF, o que você quer, e acompanha para dar uma resposta. Tem sido um sucesso”, comemorou o ministro.

MEU INSS — De acordo com Lupi, o aplicativo Meu INSS já abrange quase 70% dos pedidos que chegam à pasta, e que estão sendo feitas melhorias para facilitar o uso da tecnologia. “A plataforma precisa ser melhorada, o Dataprev está trabalhando muito para melhorar o acesso para muita gente. Mesmo assim, hoje ela já bate quase 70% dos pedidos da Previdência Social”, detalhou.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República