O EG.5, nova cepa do vírus da Covid-19, conhecido popularmente como Éris, chegou ao Brasil e reacendeu o alerta sobre a doença.
O primeiro caso da variante foi identificado no Estado de São Paulo, no início do mês de agosto, em uma paciente de 71 anos. Hoje, já são dois casos em São Paulo, um no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal, indicando que há transmissão comunitária da EG.5.
“De acordo com os últimos relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Éris é mais transmissível, já que foi identificado um aumento na positividade desta variante nas amostras encaminhadas para análises”, destaca Fernando de Oliveira, infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do São Luiz Morumbi.
Na unidade, que pertence à rede D’Or e está localizada na zona Oeste de São Paulo, a taxa de positividade entre os exames de covid saltou de 5% para 15% ao longo do mês de agosto, nos atendimentos realizados no pronto-socorro.
“Apesar do aumento da transmissão, não foi identificado até o momento aumento dos casos graves, com internação em unidades intensivas e óbitos. Mas, é preciso ter atenção às medidas de prevenção, principalmente entre a população mais vulnerável, como idosos e pessoas com comorbidades”, alerta o especialista.
As recomendações se mantêm nos pilares já conhecidos: higiene das mãos e uso de máscara, principalmente no caso de sintomas ou em locais com grande concentração de pessoas e mal ventilados, especialmente para o grupo de risco. “Ao identificar sintomas, mesmo que leves, é importante buscar atendimento médico para fazer a investigação e adotar medidas para evitar a propagação do vírus”, orienta Dr. Fernando.
Outro ponto essencial é em relação à vacinação. A recomendação da Sociedade Brasileira de Infectologia é que todas as pessoas com mais de seis meses de idade devem ter pelo menos três doses de vacina contra Covid-19 realizadas. Grupos com fatores específicos devem ter doses adicionais, preferencialmente com a vacina bivalente.
“É importante destacar que todas as vacinas disponíveis apresentam ação eficaz na redução de quadros graves e mortes pela doença”, enfatiza o infectologista.
Outra variante em monitoramento
De acordo com boletins dos Centros de Controle de Doenças Americano e Europeu, e da OMS, outra subvariante classificada como “sob monitoramento” é a BA2.86, que causa preocupação em decorrência da grande quantidade de mutações na parte principal do vírus.
Já há registro de casos nos Estados Unidos, Europa e África, porém ainda sem muitas informações sobre o comportamento do vírus.
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