Cultura

Cecília Meireles, Cora Coralina e Marina Colasanti no 8 de março

No Dia Internacional da Mulher, além de discutir as questões do universo feminino e a causa feminista, é importante relembrar e enaltecer as mulheres que lutaram e deixaram suas marcas na história. Para que o mundo evoluísse, foi necessária muita batalha de pessoas fortes e destemidas que não hesitavam em meio a desigualdade social. Mulheres à frente de seu tempo.

Cecília Meireles, Cora Coralina e Marina Colasanti são belíssimos exemplos de potência feminina. Através da literatura, elas puderam se expressar e afirmar o papel da mulher na sociedade, mesmo em uma época mais conservadora.

Apesar de viverem realidades diferentes, as autoras possuem em comum a arte de revolucionar com suas escritas.

 

Para celebrar não apenas essas artistas inspiradoras, mas também a vida de todas as mulheres nesta data especial, a Global Editora selecionou três obras que são ótimas leituras para a ocasião. Confira:

 

1- Um País no Horizonte de Cecília – Cecília Meireles

 

A magnitude da poesia de Cecília Meireles já é bastante celebrada tanto nacional, como internacionalmente. Outro segmento da produção escrita da autora é sua produção no campo dos contos. Suas crônicas, também integram um capítulo modelo de nossa literatura. A presente publicação oferece a oportunidade aos leitores de conhecer um lado de Cecília ainda por ser conhecido. Os nove textos de Cecília Meireles aqui reunidos foram publicados na revista Observador econômico e financeiro entre fevereiro de 1939 e maio de 1940.

O que temos nesta edição são ensaios/reportagens concebidos pela escritora nas quais ela toca de forma profunda em questões centrais de sua época como: o cotidiano desafiador do professor (tanto os do magistério como no nível superior), as barreiras para a formação de um sistema de ensino que prepare adequadamente os jovens para a vida profissional, as barreiras enfrentadas pelas mulheres para firmar seu lugar na sociedade brasileira, a importância da moda na vida das pessoas, a necessidade dos trabalhadores terem um período de descanso em benefício de sua saúde, etc.

 

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Ficha Técnica:

Título: Um País no Horizonte

Autor: Cecília Meireles

Editora:Global

Edição: 1ª

Páginas: 232

Cor: 4 x 1

Formato: 16 x 23 cm

ISBN: 978-65-5612-187-1

Preço sugerido: R$ 59,00

 

Sobre Cecília Meireles

Cecília Meireles nasceu no dia 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro. Não chegou a conhecer o pai, falecido antes de seu nascimento. Aos 3 anos de idade, perdeu a mãe. Órfã, foi criada pela avó materna, Jacinta Garcia Benevides. Casou-se, em 1922, com Fernando Correia Dias, artista plástico com quem teve três filhas. Dias cometeu suicídio em 1935, vítima de depressão. Viúva, Cecília se casou novamente em 1940, desta vez com Heitor Vinícius da Silveira Grilo, professor e engenheiro agrônomo. Faleceu em sua cidade natal, em 9 de novembro de 1964.

A autora foi poeta, ensaísta, cronista, folclorista, tradutora e educadora. Em 1919, publicou o seu primeiro livro de poemas, intitulado Espectros. Em 1934, organizou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro. Em 1939, foi agraciada com o Prêmio de Poesia Olavo Bilac, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL), pelo livro Viagem. Dentre tantos prêmios que recebeu, destacam-se o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em 1962; o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, concedido pela Câmara Brasileira do Livro pelo livro Poemas de Israel em 1963; o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro Solombra, em 1964; e, postumamente, o Prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto de sua obra em 1965.

 

2- O Tesouro da Casa Velha – Cora Coralina

Poeta em tempo integral, de sensibilidade sempre aberta à vida, Cora Coralina escreveu também em boa prosa, como se comprova em O tesouro da Casa Velha. Livro da velhice, redigido depois dos 90 anos, reúne 18 contos, vários deles baseados em experiências pessoais e todos com a marca pessoal de encanto e magia de Cora Coralina.

 

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Ficha Técnica:

Título: O Tesouro da Casa Velha

Autor: Cora Coralina

Editora:Global

Edição: 6ª

Páginas: 144

Cor: 4 x 1

Formato: 16 x 23 cm

ISBN: 978-85-260-2143-3

Preço sugerido: R$ 59,00

 

Sobre Cora Coralina

 

Cora Coralina é o pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto (1889-1985). Nasceu na cidade de Goiás, antiga Villa Boa de Goyaz, filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto. Foi criada às margens do rio Vermelho, em uma casa comprada por sua família no século XIX, quando seu avô ainda era uma criança. Aos 15 anos de idade, Ana se tornou Cora, derivativa de coração. Coralina veio depois, como uma soma de sonoridade e tradução literária.

Poeta e contista brasileira de prestígio, Cora se tornou um dos marcos da nossa literatura. Iniciou sua carreira literária aos 14 anos com o conto Tragédia na Roça, publicado no Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás.

Casou-se com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Brêtas e se afastou de Goiás por 45 anos. Ao voltar às suas origens, viúva, iniciou uma nova atividade, a de doceira. Além de fazer seus doces, Aninha, como também era chamada, escreveu a maioria de seus versos nas horas vagas ou entre panelas e fogão.

Cora publicou o seu primeiro livro aos 76 anos e despontou como uma das maiores expressividades da poesia moderna. Em 1982, recebeu o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás. No ano seguinte, foi a vencedora do concurso Intelectual do Ano do Troféu Juca Pato e a primeira mulher a receber tal honraria. Em 1984, foi eleita Símbolo da Mulher Trabalhadora Rural pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).Após a morte, em 1985, amigos e parentes se reuniram e criaram a Associação Casa de Cora Coralina, entidade de direito privado e sem fins lucrativos que mantém o Museu Casa de Cora Coralina.

 

3 – Eu Sozinha – Marina Colasanti

Eu sozinha, obra inaugural de Marina Colasanti, é um livro de solidão. A solidão como companheira, desde o nascimento na África até o tempo presente num apartamento em Ipanema. Afasta-se da autobiografia porque não conta a história de uma vida, mas transmite a marca da solidão de uma mulher jovem que caminha só, mora só, viaja só, trabalha só, mesmo quando há ao lado a ilusão dolorosa de outras proximidades.

O livro é organizado em dois planos de narrativa paralelos, sendo os capítulos pares relativos a momentos presentes, enquanto os ímpares são autobiográficos. “O que desejava, através dessa estrutura, era mostrar que a solidão se constrói desde o início, estejamos ou não acompanhados, e que desde o início nos acompanha.”, explica Marina.

 

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Ficha Técnica:

Título: Eu Sozinha

Autor: Marina Colasanti

Editora:Global

Edição: 2ª

Páginas: 120

Cor: 4 x 1

Formato: 16 x 23 cm

ISBN: 978-85-260-2392-5

Preço sugerido: R$ 52,00

Sobre Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu em 1937 na cidade de Asmara, capital da Eritreia. Residiu posteriormente em Trípoli, na Líbia, mudou-se para Itália e, em 1948, transferiu-se com a família para o Brasil, onde vive até hoje na cidade do Rio de Janeiro. É casada com o também escritor Affonso Romano de Sant’Anna.

Artista plástica, de formação, ingressou no Jornal do Brasil, dando início à sua carreira de jornalista. Desenvolveu atividades em televisão, editando e apresentando programas culturais. Foi publicitária. Traduziu importantes autores da literatura universal.

Seu primeiro livro data de 1968, hoje são mais de cinquenta títulos publicados no Brasil e no exterior, entre os quais de poesia, contos, crônicas, livros para crianças e jovens e ensaios sobre os temas literatura, o feminino, a arte, os problemas sociais e o amor. Hora de alimentar serpentes e mais de 100 histórias maravilhosas são algumas de suas obras consagradas. Por meio da literatura, teve a oportunidade de retomar sua atividade de artista plástica, tornando-se sua própria ilustradora. Sua obra tem sido tema de numerosas teses universitárias.

É uma das mais premiadas escritoras brasileiras, detentora de vários Jabutis, do Grande Prêmio da Crítica da APCA, de Melhor Livro do Ano da Câmara Brasileira do Livro, do prêmio da Biblioteca Nacional para poesia e de dois prêmios latino-americanos. Tornou-se hors-concours da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).

Redação JBA Notícias

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