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Centro que atende fauna silvestre em Curitiba faz quatro anos com 8 mil atendimentos

Em quatro anos de funcionamento, mais de 8,6 mil animais silvestres tiveram uma nova chance graças ao atendimento do Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) de Curitiba. O espaço, primeiro nestes moldes no Estado do Paraná, completa quatro anos de funcionamento neste sábado (21/1). A estrutura faz parte do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. 

Resultado de um convênio com o Instituto Água e Terra (IAT), (antigo Instituto Ambiental do Paraná), assinado ainda em 2018, que disponibiliza recursos e insumos para viabilizar a manutenção dos animais, o Centro recebe animais feridos pelos mais diversos motivos para atendimento. Mais da metade dos que se recuperaram por lá puderam ser soltos na natureza. Outros foram encaminhados para instituições parceiras e certificadas pelo Instituto.

O grande número de atendimentos e o sucesso das recuperações, reforça o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo, dá uma ideia da relevância do CAFS de Curitiba. “A cidade tem uma condição propícia para a convivência com os animais silvestres, com grande área verde, e a população é bastante sensibilizada e engajada na causa da proteção”, avalia.

Além dos cidadãos, que levam animais vítimas de atropelamentos, quedas e até mesmo de cortes por cerol usado indevidamente em pipas, o CAFS também é o destino dos que são apreendidos em situações de posse irregular e tráfico pelos órgãos de fiscalização.

Para o biólogo do setor de Fauna do IAT, Allyfer Ziemmer, a troca de experiências e o início do trabalho com as equipes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba foram de extrema importância para o avanço do cuidado com a fauna no Estado. “Foi a partir desse modelo que conseguimos expandir e hoje temos cinco unidades no Paraná”, revela.

Em recuperação

No momento, cerca de 50 animais, em sua maioria aves, estão em tratamento e recuperação. A área anexa ao Museu de História Natural Capão da Imbuia conta com recepção, atendimento veterinário e  espaços destinados ao treino de voo para essas espécies.

Esse vai ser o destino da ave que caiu no quintal da aposentada Lígia Ignaszewski, moradora do Capão da Imbuia e prova do respeito da população curitibana com os animais. “Cuidei dela até agora, mas ela está debilitada. A clínica veterinária indicou que eu trouxesse para cá”, explicou.

Chegadas e partidas

Na semana da comemoração do aniversário, 20 animais foram soltos em uma área de mata nativa preservada em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Entre eles, sete bem-te-vis, três sabiás, um sanhaço, dois canários, duas rolinhas, um filhote de socó, um carcará, um gavião-carijó, um ouriço e um teiú (lagarto).

Os animais que não se recuperam totalmente, ficam com sequelas ou são impossibilitados de voltar para a natureza, são encaminhados para instituições parceiras, como os zoológicos. O próprio Zoológico de Curitiba já foi o destino de alguns destes animais.

 

Serviço

Centro de Apoio à Fauna Silvestre
Funcionamento: de segunda a domingo, das 9h às 12h e das 13h30 às 15h.
Local: prédio anexo ao Museu de História Natural do Capão da Imbuia – Rua Professor Nivaldo Braga, 1369 (acesso lateral do museu).

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