ChatGPT: risco ou segurança cibernética?
*Por Waldo Gomes, Diretor de Marketing e Relacionamento da NetSafe Corp
Em tempos de ChatGPT, muito falamos em Inteligência Artificial –– e caso você ainda não tenha se perguntado sobre os feitos, efeitos e conclusões que podemos tirar sobre a sociedade com base nessa tecnologia, está perdendo uma gama de reflexões e visão de futuro. Ela pode ser o gatilho de uma virada de chave.
A plataforma, que sai na frente em termos de avanços tecnológicos, tem se tornado mais popular, principalmente entre alunos, musicistas e professores, por produzir textos, poemas, músicas completas e até mesmo linguagem de programação. Mas será que o seu uso é seguro? Será que os seus dados estão protegidos quando faz uma pergunta ao robô?
A verdade é que ainda estamos em uma fase muito primitiva do ChatGPT, o que nos leva a ter ainda poucas conclusões sobre o tema. Pela plataforma ser disponibilizada de forma online e não solicitar nenhum tipo de dado do usuário para a sua utilização, de forma direta, as suas informações estão seguras.
Porém, é justamente o fato de criar códigos de programação que, indiretamente, apresenta riscos a nossa segurança cibernética. Isso porque, eles podem ser criados e utilizados por pessoas más intencionadas na internet, para aplicar golpes ou roubar dados com maior facilidade, ou seja, vírus e os chamados malwares podem ser criados e manuseados para comprometer grandes sistemas, a segurança de grandes empresas para vazar dados se seus clientes, entre outras ações do tipo.
Em termos de informação — e em como ele pode ser uma ameaça para a integridade humana –, um dos problemas da tecnologia, além dos vícios de linguagem e a veracidade das informações presentes nos textos, é a possibilidade de criação e disseminação de notícias falsas na internet.
Em conclusão, ainda é necessário se atentar e o Brasil segue para trás nesse quesito. Segundo relatório divulgado pelo MIT Technology Review Insights, o país é um dos que menos avança em relação a defesa cibernética. No ranking do Índice de Defesa Cibernética figura entre os 5 com progresso mais lento, o que mostra tamanha desinformação do social e a necessidade de que todos os riscos cheguem aos jornais, salas de aula, na conversa de bar e na boca do povo.