A ex-governadora Cida Borghetti foi homenageada pela Assembleia Legislativa na sessão solene que comemorou o Dia da Criação do Paraná.
A sessão foi proposta pelo deputado Ney Leprevost (União Brasil) em alusão à Lei Imperial nº 704 de 29 de agosto de 1853.
Cida Borghetti discursou em nome dos os ex-governadores e destacou que o esforço das gerações e dos diferentes povos permitiu construir uma base sólida do Estado que é referência no Brasil e no Mundo em várias áreas.
“Desde os primeiros colonizadores, passando pelos imigrantes até os visionários que transformaram nossos campos e serras em uma terra fértil e próspera, cada geração contribuiu para moldar o que somos”, disse.
“Todos contribuíram para construir a nossa cultura e identidade. É a força coletiva da nossa população que nos enriquece, nos faz fortes, inovadores e resistentes, e nos impulsiona rumo à grandeza”, acrescentou.
Cida também agradeceu a homenagem e a oportunidade de falar em nome dos ex-governadores. A ex-governadora disse que a solenidade permite celebrar a união do passado, presente e futuro.
“Neste Dia do Paraná, renovamos nosso compromisso de honrar o legado daqueles que vieram antes de nós. Que possamos continuar a trabalhar juntos, com coragem e determinação, para que as próximas gerações colham os frutos do que semeamos hoje”.
TERRA DAS GENTES – Além de Cida Borghetti, diversas personalidades da sociedade paranaense foram homenageados pela contribuição ao Estado do Paraná em diferentes áreas.
O deputado Ney Leprevost presidiu a sessão solene e destacou que o Paraná se diferencia dos demais por ter sido colonizado por pessoas das mais variadas etnias. “O ex-governador Bento Munhoz da Rocha Neto dizia que ‘o Paraná é a terra de todas as gentes’ e essa é uma grande verdade, porque aqui miscigenaram-se os mais diversos povos que convivem com espírito solidário, construtivo para fazer do Paraná a quarta economia do país”.
DATA – O Paraná foi criado pela Lei Imperial nº 704 de 29 de agosto de 1853, mas o comunicado de seu desmembramento da província de São Paulo ainda levou alguns meses para se espalhar pelo território. Somente com a chegada de Zacarias de Góis e Vasconcelos em 19 de dezembro de 1853 é que a nova província passa a ter um governo próprio. Sua gestão à frente da província do Paraná durou até 3 de maio de 1855.
Durante seu comando, instalou a Assembleia Provincial (correspondente a atual Assembleia Legislativa), inaugurou a sede do governo, convocou eleições e ordenou a construção da Estrada da Graciosa. Em 15 de julho de 1854 o primeiro parlamento paranaense foi instalado e em 27 de julho foi votada a primeira lei, a que estabelece Curitiba como capital, além de criar as Comarcas de Paranaguá, Curitiba e Castro.
O presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGPR), desembargador Paulo Roberto Hapner comentou que “Naquele tempo existia uma briga política entre liberais e conservadores. Os liberais estavam apoiando a Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul, então, para promover um anteparo para que o levante gaúcho não avançasse, foi criada a província do Paraná. Além disso, tínhamos interesses com a Argentina e Paraguai que fazíamos fronteira, e se fazia necessário abrir uma estrada de Guarapuava até as Missões para aumentar o fluxo de tropas de gado que subiam para Sorocaba”.
A mesa foi composta pelo proponente e presidente sessão solene, deputado Ney Leprevost (União Brasil); o Arcebispo Emérito de Curitiba, Dom Pedro Fedalto; o reitor da Universidade Federal do Paraná, professor doutor Ricardo Marcelo Fonseca; o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Paraná, Gilberto Giacóia; o secretário de estado da Fazenda do Paraná, Renê Garcia; a secretária de estado da Cultura do Paraná, senhora Luciana Casagrande Pereira; ex-governador Orlando Pessutti; ex-governadora Cida Borghetti; ex-governador Mario Pereira; o desembargador Jorge Xisto Pereira; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGPR), representando a Comissão Organizadora das Comemorações dos 170 anos do Paraná, desembargador Paulo Roberto Hapner e o presidente do Movimento Pró-Paraná Marcos Domakoski.