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Comissão de transportes conhece sistema de gestão das garagens das empresas de ônibus

As instalações da garagem do Consórcio Pioneiro, formado por quatro empresas que operam o transporte coletivo da capital paranaense, foram visitadas pela Comissão Especial Para Discutir o Novo Contrato do Transporte Coletivo Tarifa Zero da Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

Os vereadores foram recebidos pelo CEO da Auto Viação São José, uma das concessionárias que pertencem ao grupo, Dante Franceschi Filho. 

O objetivo da agenda técnica foi conhecer a operação do serviço público.

O colegiado foi criado para discutir o novo contrato do transporte coletivo da cidade e a viabilidade da implementação da tarifa zero.

A Comissão Especial do Transporte foi proposta em 2021 por meio de requerimento (051.00004.2021) aprovado por unanimidade pelo Legislativo no dia 03 de abril deste ano.

E esta foi a segunda agenda técnica realizada pelo grupo desde sua instalação.

A primeira aconteceu em julho, quando membros do colegiado conheceram os sistemas de transporte público de Belo Horizonte (MG) e Caucaia (CE).

A Auto Viação São José é uma das quatro que compõem o Consórcio Pioneiro, que detém a concessão do lote 3 do serviço público.

Em maio, o colegiado especial recebeu Dante Franceschi Filho, que afirmou aos vereadores que a tarifa técnica “não cobre o risco da atividade empresarial”.

À época, o diretor da viação também apontou para a necessidade de mais fontes de custeio para as isenções, para que a “conta do transporte coletivo” feche.

Na visita técnica, o diretor apresentou os números da concessionária, que faz a operação de 34 linhas do sistema de transporte coletivo de Curitiba.

Na garagem localizada no Fanny, a Viação São José detém 101 dos 290 veículos que ficam ali.

São 493 colaboradores, dos quais 229 são motoristas e 75 cobradores.

No local, além da oficina, e do lava-jato dos ônibus, também há o setor de controle de tráfego e sala de treinamentos para os funcionários.

Dante Franceschi Filho explicou aos membros do colegiado especial que os consórcios monitoram a prestação do serviço e a qualidade do atendimento dos colaboradores.

No departamento de tráfego, por exemplo, é feita a gestão de escala para que os ônibus cumpram os horários definidos pela  Urbanização de Curitiba (Urbs).

Este trabalho é necessário para que as empresas não sejam multadas por descumprir o contrato.

Segundo o CEO, a multa “mais pesada” seria a linha não iniciar seu trajeto pela manhã, com o carro no horário – em torno de R$ 2.500,00.

Elementos para o parecer

Para os membros da comissão, a agenda técnica cumpriu seu objetivo, que foi o de conhecer o dia a dia da operação do transporte público e identificar as dificuldades enfrentadas pelas empresas operadoras.

 “Conhecemos um pouco mais os bastidores da operação, como, por exemplo, os ônibus, as demandas, a oficina, todo este universo das garagens”, afirmou Bruno Pessuti (Pode), relator do colegiado especial.

Para o vice-relator, Dalton Borba (PDT), Curitiba tem um sistema complexo e com “operacionalidade diferenciada”, por isso conhecer o que ocorre dentro do sistema irá ajudar a comissão a propor melhorias para o próximo contrato de licitação, “para tornar o transporte coletivo mais barato”. “Estamos buscando fazer com que o contrato permita ao usuário uma tarifa módica, fazer com que a cidade mantenha a integração dos veículos com a região metropolitana. Principalmente, queremos uma tarifa mais justa, visando até mesmo uma tarifa zero, se for possível”, completou Pessuti.

Segundo o presidente do colegiado, Herivelto Oliveira (Cidadania) existem formas de reduzir o valor da passagem para o usuário, para que o serviço seja mais atrativo. Diminuindo o valor da tarifa, o vereador espera acabar com o “ciclo vicioso” que Curitiba enfrenta: com a redução dos números de passageiros a cada ano, que tem como consequência o aumento da tarifa. “Vamos usar o trabalho da comissão nesta questão”, atestou.

“O próximo contrato tem que ser feito a muitas mãos, e levar em consideração vários aspectos. Mas o ponto de partida, é que esta passagem, conseguindo pensar em algo justo, é que seja de R$ 4,50, R$ 4,00. Daí para baixo é o que a gente vai buscar para tentar chegar àquele velho sonho da tarifa. Alguns dizem que é impossível, mas a gente entende que é uma questão nacional”, analisou Herivelto Oliveira.

Comissão Especial do Transporte

O colegiado é formado por oito parlamentares, sendo Herivelto Oliveira, presidente, e Serginho do Posto (União), vice-presidente. A relatoria está com Bruno Pessuti e a vice-relatoria com Dalton Borba. Também são membros os vereadores Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), Jornalista Márcio Barros (PSD), Professor Euler (MDB) e Rodrigo Reis (União).

A atual concessão do serviço público vence em 2025 e o grupo tem o prazo de 120 dias para elaborar um relatório que possa subsidiar a construção da nova licitação.

As reuniões haviam sido suspensas em julho, durante o recesso parlamentar, e caso o prazo de funcionamento da comissão especial não seja prorrogado, o parecer deverá ser concluído até meados de setembro.

As agendas da Comissão Especial do Transporte têm servido para que os vereadores conheçam o funcionamento do sistema de transporte público da cidade e os detalhes do atual contrato.

Visitas técnicas às garagens das empresas de ônibus, debates com universidades e especialistas que estudam o sistema de Curitiba e viagens para conhecer os sistemas de transporte coletivo de outras cidades continuam no radar do colegiado.

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