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Brasil

Conferência Diálogos Amazônicos traz reflexões sobre o futuro da Amazônia

Em discurso de abertura, presidente do CIEAM ressalta que “A vocação da Amazônia é a indústria”

Na última sexta-feira, 08/11, a FGV EESP recebeu a conferência Diálogos Amazônicos. O evento reuniu autoridades e lideranças empresariais locais e nacionais para debater o futuro econômico e sustentável da Amazônia brasileira, como o presidente do Conselho Superior do CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Luiz Augusto Barreto Rocha; a coordenadora da Comissão de Assuntos Legislativos do CIEAM e diretora de desenvolvimento de negócios, Rebecca Garcia; Régia Moreira Leite, coordenadora da Comissão de ESG do CIEAM e diretora da Impressoras Amazônia; Julio Koga, conselheiro do CIEAM e vice-presidente industrial da Moto Honda da Amazônia e  Denis Minev, diretor-presidente da Bemol.

Durante os debates, os executivos compartilharam suas perspectivas sobre os desafios e oportunidades para o PIM (Polo Industrial de Manaus) e toda a região amazônica. Para Luiz Augusto, a vocação da Amazônia é a indústria. “O Amazonas, ao lado de São Paulo e Santa Catarina, tem a maior arrecadação de impostos sobre produção e, mesmo com incentivos, a ZFM (Zona Franca de Manaus) tem mais eficiência em gerar tributo proporcionalmente ao PIB dos demais estados”, explica.

De acordo com a Sedecti (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação), dados do segundo trimestre de 2024 referentes ao PIB do Amazonas mostram que a região alcançou um volume de R$ 42,9 bilhões, o que indica um crescimento de 6,4% em comparação ao primeiro trimestre.  Já os estudos do PEA (Painel Econômico Amazonense) mostram que o estado do Amazonas tem 546 mil empregos, dos quais 130 mil são diretos do PIM. Esse cenário garante a preservação de 97% da cobertura florestal do Amazonas. O estado movimentou durante o ano de 2023 mais de R$ 172,6 bilhões.

O evento reforçou o papel da indústria na construção de um futuro mais sustentável e inovador para a Amazônia.  Os painéis abordaram temas cruciais, como a defesa territorial, bioeconomia e investimentos, proporcionando uma oportunidade única de aprendizado e networking para profissionais, empresários e estudantes.

Com uma agenda de discussões incluindo políticas públicas, desenvolvimento regional, inovação e sustentabilidade, a conferência destacou o valor da sociobiodiversidade e o potencial econômico da Amazônia, consolidando um ambiente de debate e cooperação, não só esclarecendo os objetivos da ZFM e o seu reconhecimento público, mas também reafirmando o compromisso da região com um modelo de desenvolvimento que valoriza a floresta em pé e respeita a biodiversidade amazônica.

“O Diálogos Amazônicos tem o desafio de reduzir as desinformações sobre a ZFM. Todos os especialistas estão aqui com o propósito de esclarecer, de fato, o que é a Amazônia e defender incansavelmente a biodiversidade e o meio ambiente”, ressalta Luiz.

Para ele, o compromisso com a ZFM não é apenas sobre números e estatísticas, mas é principalmente sobre as vidas que são impactadas diariamente por meio da Floresta Amazônica. “Penso nas famílias que encontram estabilidade e oportunidades de empregos gerados por meio do nosso PIM graças à Floresta Amazônica. Além de histórias muito ricas, como pais e mães que conseguem dar uma vida digna e educação de qualidade aos seus filhos devido a esses empregos”, reflete o presidente do conselho do CIEAM.

“Cuidar da Amazônia é ajudar o Brasil a cumprir seus compromissos internacionais de metas climáticas, da redução de gases do efeito estufa e, com isso, contribuir para a redução do aquecimento global. Cuidar da ZFM e de todo território amazonense é cuidar de mais de 20 milhões de brasileiros que lá vivem, é reduzir a enorme desigualdade regional brasileira”, finaliza Luiz.

A série Diálogos Amazônicos tem o patrocínio do CIEAM, da Bic da Amazônia, da Coimpa Industrial, da Honda Componentes, da Copag da Amazônia, da MK Eletrodoméstico Mondial, da UBC da Amazônica, da Visteon da Amazônia, da Essilor da Amazônia SINAEES (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas), da Jaime Benchimol, da Águas de Manaus, da Super Terminais, da Midea Carrier, da Abraciclo (Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), do SIMMEM (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus), da PCE Embalagens, da Placibrás da Amazônia, da FIEAM (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) e da Impressora Amazonense.

Sobre o CIEAM

O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) é uma entidade empresarial com personalidade jurídica, ligada ao setor industrial, que tem por objetivo atuar de maneira técnica e política em defesa de seus associados e dos princípios da economia baseada na Zona Franca de Manaus (ZFM).  Implementada pelo governo federal em 1967, com o objetivo de viabilizar uma base econômica no Amazonas e promover melhor integração produtiva e social entre todas as regiões do Brasil, a Zona Franca de Manaus é um modelo de desenvolvimento regional bem-sucedido que devolve aos cofres públicos mais da metade da riqueza que produz. Atualmente, são 600 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), que geram mais de 500 mil empregos, diretos e indiretos, e garantem a preservação de 97% da cobertura florestal do Amazonas. Em 2023, faturou mais de 172,6 bilhões.

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