Corregedor-nacional de Justiça afasta juíza e desembargadores por ações na Lava Jato
A ex-titular da 13ª vara de Curitiba Gabriela Hardt, da Lava Jato, e os desembargadores Thompson Flores, Danilo Pereira Júnior Louraci Flores de Lima que atuam no Tribunal Regional Federal da quarta região, o TRF-4, com sede em Porto Alegre, foram afastados das funções junto ao Sistema Judiciário.
A decisão é do corregedor-nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e foi dada em primeira mão por Daniela Lima, apresentadora do programa Conexão do canal a cabo Globo News.
Os envolvidos são investigados por desrespeito à ordem processual, violação do código da magistratura, prevaricação e até burlar decisões do Supremo.
A decisão será levada para validação dos demais conselheiros do CNJ nesta terça-feira, 16 da abril. Nesta data também haverá julgamento do senador Sérgio Moro.
O Conselho julgará a inspeção extraordinária aberta para analisar possíveis irregularidades no andamento da Operação Lava Jato na Justiça e uma reclamação contra Moro e Gabriela Hardt.
Conforme as informações, Hardt foi quem fez a homologação do trato que viabilizou a criação da fundação privada que seria abastecida com recursos da Lava Jato e teria integrantes da força-tarefa entre seus gestores.
Para o corregedor, ela atuou em desacordo com a Lei Orgânica da Magistratura Nacional e Código de Ética da Magistratura.
Na decisão, há apontamento de que a juíza já admitiu ter discutido previamente decisões com integrantes da extinta força-tarefa e violações “ao dever funcional de prudência, de separação dos poderes, e ao código de ética da magistratura”.
Já os desembargadores Thompson Flores, Danilo Pereira Júnior (atual titular da 13ª vara de Curitiba) e Louraci Flores de Lima foram apontados pelo corregedor por desobediência a decisões do STF. O pedido é para análise de não conformidade com as decisões da corte foi feito à Corregedoria pelo ministro Dias Toffoli, ele mesmo autor de ordens que teriam sido descartadas.