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Segurança

Assassino da escola de Cambé preparou atentado durante quatro meses

O autor do atentado no Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, poderia causar crime maior, matando outras pessoas: ele planejou o ato durante quatro anos, comprou o revólver há 45 dias e esteve na escola 30 dias antes para estudar o local.

O assassino tinha um caderno com anotações para ataques a escolas e estava sob tratamento de esquizofrenia.

As revelações são do delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Fernando Ribeiro.

O delegado também afirmou que o autor revelou, durante depoimento, que o ataque à escola ocorreu como forma de retaliação aos episódios de bullying supostamente sofridos por ele no período em que estudou na instituição.

O suspeito frequentou o colégio por pelo menos sete anos e saiu em 2014.

“O objetivo dele era atacar jovens que tivessem essa faixa etária porque na cabeça dele, ele estaria retaliando aquele sofrimento”, acrescentou.

Foram disparados 16 tiros em direção das vítimas e o assassino foi contido por um professor que foi treinado para agir pela polícia militar, após o atentado de Blumenau. Ele carregou a arma três vezes.

Ele foi imobilizado antes de tentar suicídio, revelou à polícia.

Um menor de 13 anos foi apreendido por envolvimento no episódio e no começo da noite ocorreu a prisão de outro adulto que teria auxiliado o assassino.

As vítimas não tinham nenhuma relação com o autor dos disparos.

VÍTIMAS

Os dois estudantes atingidos pelos tiros disparados pelo ex-aluno durante o ataque eram namorados e colegas de sala. Ex-coroinha em uma igreja da cidade, Karoline Verri Alves, de 17 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Ela participava do grupo de jovens da Paróquia Santo Antônio de Cambé, onde seus pais são coordenadores.

“A jovem era atuante na Igreja”, disse a paróquia.

Karoline cursava o 3.º ano do ensino médio e era colega de sala do namorado, L.A.S., de 16 anos. O Colégio Estadual Professora Helena Kolody tem 41 turmas e 634 alunos ativos, segundo a Secretaria da Educação do Paraná. A escola atende turmas de ensino fundamental e médio.

O adolescente segue internado em “estado gravíssimo” e os médicos do Hospital Universitário de Londrina tentam estabilizar o quadro de saúde do jovem.

 

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