Curtas-metragens do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,Goiás e Amapá são os ganhadores da sétima edição do Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro
A sétima edição do Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro anunciou as produções premiadas.
O evento, que tem o objetivo de incentivar a produção e a cultura cinematográfica em todo o país, contou em sua programação com 48 curta-metragens de estudantes de instituições de ensino superior de 14 estados brasileiros, sendo Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Pará, Bahia, Ceará, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco, Goiás, Amapá e Distrito Federal, que fizeram parte das mostras Panorama e Competitiva, no qual os curtas competem para levar o troféu “Passagem”, que representa a resiliência e resistência da arte do cinema independente.
“A sétima edição do Metrô marcou a consolidação do festival, que é um dos principais incentivadores do cinema universitário do Brasil. Recebemos mais de 475 inscrições de todo o país, em que selecionamos 48 produções para serem exibidas durante os dias de realização do evento, com exibições gratuitas na Cinemateca de Curitiba”, comenta Wellington Sari, um dos idealizadores e diretores do Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro.
“O cinema universitário nos dá uma visão geral sobre o futuro da produção cinematográfica no país. Os estudantes de hoje são cineastas de destaque de amanhã, com suas ideias inéditas, roteiros irreverentes e experimentações variadas”, comenta Gabriel Borges, diretor artístico e curador do festival.
Ganhadores do Troféu “Passagem” e Menção Honrosa
Na noite do domingo (1º), foram revelados os três curtas-metragens que levaram o Troféu Passagem para casa. Os ganhadores são “Carcinização” (Dir. Denis Souza | Rio Grande do Sul | Universidade Federal de Pelotas | 10’), que gira em torno de três amigos que estão passando por mudanças em suas vidas – Liz quer mudar o estilo de música que toca, Mari quer trancar a faculdade e P1 quer virar um caranguejo; “Sagrada Travesti do Evangelho” (Dir. Júlia F. Cândida | Goiás | Instituto Federal do Goiás | 19’), que traz os recentes pesadelos de Manuela, que suspeita que sua alma estaria morta. Será que fazer um filme sobre isso resolveria?; e “Sombras de Macumba na Luz da Memória” (Dir. Mysterio | Rio de Janeiro | Universidade Federal Fluminense | 15’); em que segredos enterrados entre as páginas antigas da Hemeroteca emergem, revelando um antigo Rio de Janeiro imerso em mistério e magia, onde sombras ecoam cantos luminosos e rituais ancestrais se eternizam.
Os curtas premiados foram avaliados por um time de jurados, formado por Antônio Gonçalves Júnior, diretor geral do Olhar de CInema – Festival Internacional de Curitiba, um dos mais importantes eventos voltados ao cinema independente do Brasil; a cineasta Clara Chroma, que integra o movimento Chorumex, de cinema experimental de baixíssimo orçamento, e uma das organizadores do Festival de Chorume, que exime filmes anarco-amadores-experimentais, desde 2015; a curadora e cineasta Flavia Candida, egressa do curso de Cinema da UFF, em que dirigiu o curta “O Metro Quadrado”, que recebeu o Prêmio especial do Júri no 35º Festival de Brasília do Brasileiro; e a Mestre em Cinema e Artes do Vídeo, Ju Choma, que também é membro do Grupo de PEsquisa em Arte, Cultura e Subjetividades (GPACS – Cnpq/Unespar).
O curta “Sorriso Amarelo” (Dir. Giulia Maria Roberta | Paraná | Universidade Estadual do Paraná | 20’) recebeu Menção Honrosa pelo júri. A produção traz Rita, que, após terminar um relacionamento, reencontra velhos amigos e tenta colocar em dias as mudanças de sua vida.
Além do júri principal, o Metrô ainda contou com jurados universitários, que receberam a missão de premiar uma das produções do festival. O curta premiado é de Amapá. “Pisca-Pisca”(Dir: Alerrando Pelaes Marques, Ana Beatriz Costa de Souza, Fernando de Carvalho Vaz, Gustavo Almeida dos Anjos, Deivid Souza Brazão, Ingrid Carol Maia dos Santos, Joabe Barata do Carmo, Maiane Estefany Rocha Fernandes, Manoel Vicente Cruza da Costa, Maria Fernanda Sanches, Zaquias dos Santos Pereira e Vitória Nascimento Farias | Amapá | Viração Educom | 17 minutos) é um documentário-cartográfico, em que jovens moradores de Ferreira Gomes, município rural amapaense que abriga três hidrelétricas,levantam depoimentos sobre o serviço de energia elétrica no estado. Sob suas lentes, ângulos e olhares, os jovens narram a realidade de conviver com a falta de energia em um lugar onde o abastecimento deveria ser constante.
Premiados do Metrô Lab
Houve também premiação para os as produções selecionadas para o laboratório de projetos do Metrô, o Metrô Lab. O Prêmio do Júri foi para o curta-metragem “O Tronco” (Dir. Yasmine Evaristo | Minas Gerais | CEFET ), em que uma família do interior de Minas Gerais tem a sagrada rotina de tomar café juntos. A avó, o pai, Lázaro e suas irmãs, Maria e Marta, compartilham momentos de alegria antes do trabalho na lavoura. A avó falece e, meses depois, o pai também. No caminho de volta da lavoura para sua casa, Lázaro desmaia na estrada, atormentado pela fome e visões de um tronco misterioso e, ao despertar, vê um homem enigmático fumando charuto. Retornando para casa, encontra com os entes falecidos, ambos vestidos de branco. Ao entrar, vê seu corpo sendo velado e percebendo que morreu.
Menção Honrosa para “Corpo Ansioso” (Dir. Wandyru Figuerêdo do Nascimento | Pernambuco | UFPE), cuja temática se passa em 2030. Um candidato de extrema-direita vence as eleições presidenciais com a proposta de modificar o sistema de cotas nas universidades, justificando que a população branca representa apenas 40% dos estudantes universitários. Para ingressar na faculdade, Benjamin precisa implantar um chip em sua cabeça por uma semana para comprovar que o racismo estrutural o afetou individualmente.
Oficinas e produção de curtas em tempo real
Além das exibições na Cinemateca de Curitiba, o Metrô ainda promoveu oficinas especiais para os projetos selecionados, com foco em temas relevantes da sétima arte, como a Oficina de Crítica Cinematográfica, o Metrô Lab, laboratório que fornece consultorias nas mais diversas áreas cinematográficas para estudantes que desejam transformar seus projetos em filmes; a Oficina de Audiovisual para adolescentes; e a Oficina Prática de Realização de Filmes Contra o Baixo Astral. Ministrada pelo cineasta William Biagioli, a atividade prática promoveu a realização de obras audiovisuais coletivas, desenvolvidas no período de realização do festival. As produções foram exibidas durante a cerimônia de premiação e alguns dos resultados podem ser conferidos no canal oficial do Metrô no Youtube.
A sétima edição do Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro é realizada por meio da Lei Paulo Gustavo no Paraná. Acompanhe as novidades pelo site oficial: www.metrouniversitario.com.br ou pelas redes sociais: Instagram | @metrouniversitário
Serviço:
7ª edição do Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro
Data: 27 de agosto a 1º de setembro de 2024
Local: Cinemateca de Curitiba (R. Pres. Carlos de Carvalho, 1174, bairro São Francisco)
Programação gratuita
Site oficial: www.metrouniversitario.com.br
Instagram: @metrouniversitario
Youtube: https://www.youtube.com/c/
Equipe Edição 2024
Direção Geral: Christopher Faust e Wellington Sari
Produção Executiva: Anderson Simão
Direção Artística: Gabriel Borges
Curadoria: Gabriel Borges, Vitória Liz e Iury Peres Malucelli
Assistência de Produção Executiva: Mia Marzy
Design Gráfico: Lívia Zafanelli
Arte Cartaz: Gustavo Magalhães
Coordenação Mídias Sociais e Site: Anthony Tko
Técnica De Projeção: Bey
Coordenação MetrôLAB: Henrique dos Santos e Caroline Biaggi
Curadoria MetrôLAB: Cássio Kelm e Larissa Nepomuceno
Júri: Antônio Júnior, Clara Chroma, Flávia Cândida e Ju Choma
Júri Universitário: Giovanna Bohrer Bertoni, Glauber Machado da Silva, Luiz Eduardo Kogut,
Patricia Silva da Ressureição, Pedro Reis Rocha e Victor Rocha Souza
Júri MetrôLAB: Anne Lise Ale, Betinho Celanex e Patricia Saravy
Oficina de audiovisual para adolescentes: Evandro Scorsin
Oficina crítica: Bernardo Oliveira
Oficina realização: William Biagioli
Direção de produção: Rana Moscheta
Confecção troféu: Hugo Mendes
Assessoria de imprensa: Diogo Bueno, Felipe Almeida e Maximiliam Santos – Tip Performance de Mídia
Vinheta: Pedro Vilo
Cenografia: Lara Maria
Assistentes de Cenografia: Amanda Bonfim e Sofia Fonseca
Monitores: Amanda Simonini, Ana Clara Osinski, Giovanna Ballen, Kim Fort, Marina Olichevis, Milena Cansian, Reinaldo Meireles e Túlio Rocha
Intérpretes de LIBRAS: Fluindo Libras – Beatriz, Rhaul de Lemos e Thaisa Souza