Daniel Alves é condenado a quatro anos e meio de prisão
O Tribunal Provincial de Barcelona anunciou nesta quinta-feira que o lateral-direito brasileiro enfrentará uma pena de prisão de quatro anos e seis meses, conforme relato do Mundo Deportivo.
A decisão ocorre 14 meses após as primeiras denúncias contra o jogador.
O jogador de 40 anos compareceu à 21ª seção do tribunal em relação ao caso datado de dezembro de 2022, quando foi acusado de estuprar uma mulher em um banheiro da boate Sutton.
A sentença foi proferida nesta quinta-feira.
Enquanto o Ministério Público buscava uma pena de nove anos de prisão para Daniel Alves, a acusação liderada pela advogada Ester García insistiu em uma condenação de 12 anos de prisão, além da mesma indenização solicitada pelo Ministério Público, no valor de 150 mil euros.
Ao longo dos últimos meses, o ex-jogador da seleção brasileira apresentou várias versões, entre pedidos de desculpas e justificativas de que o ocorrido foi consensual.
No entanto, ele não escapou da condenação, enfrentando diversos testemunhos e até imagens de câmeras de vigilância que o incriminam.
O julgamento de Alves, que durou três dias e concluiu em 7 de fevereiro, contou com o depoimento emocional do jogador, onde ele negou a acusação de agressão sexual, afirmando que a relação com a denunciante foi consensual.
A decisão judicial levou em conta o pagamento da multa de R$ 900 mil (150 mil euros) (com ajuda da família Neymar) como atenuante de pena. O valor será destinado à vítima por danos morais e lesões causadas.
Daniel Alves terá liberdade vigiada por cinco anos depois de cumprir os 4 anos e 6 meses em regime fechado.
A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (22) pelo Superior Tribunal de Justiça da Catalunha, 15 dias após o fim do julgamento do caso, que aconteceu entre os dias 5 e 7 de fevereiro, em Barcelona.
O brasileiro também está proibido de se aproximar da casa ou do local de trabalho da vítima. Ele deve manter uma distância de ao menos 1 quilômetro e não se comunicar com ela, por qualquer meio, por nove anos e seis meses.
O ex-jogador foi condenado, ainda, à pena de inabilitação especial por exercício de emprego, cargo público, profissão ou comércio relacionado com menores por nove anos e seis meses.