No Brasil, estima-se que 65 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer de próstata no triênio 2020 a 2022, correspondendo a 62 novos casos a cada 100 mil pessoas, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA)[1]. Embora seja o câncer mais comum entre os que têm próstata, depois do câncer de pele não melanoma, o preconceito e a desinformação ainda fazem com que homens não procurem um médico e fiquem sem realizar exames periódicos, contribuindo para que 20% dos casos de câncer de próstata sejam diagnosticados em fase avançada[2].
Para incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata, o oncologista Fernando Maluf, Diretor Médico Associado do Centro de Oncologia da BP, Membro do Comite Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Albert Einstein, Co-fundador do Instituto Vencer o Cancer e Membro fundador do Grupo EVA, Autor de artigos científicos e de mais de uma dezena de livros publicados no Brasil e no exterior, Professor Livre Docente, pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, desmistifica os principais tabus relacionados à doença.
Não ter sintomas significa que eu não tenho câncer de próstata.
Mito – Em geral, o câncer de próstata é silencioso, ou seja, em estágio inicial não apresenta sintomas específicos². Por ter crescimento lento, sintomas como fluxo urinário fraco ou interrompido, vontade de urinar de noite, sangue na urina, disfunção erétil e dor no quadril, costas ou coxas podem demorar para se manifestar e significar que a doença já está em estágio avançado². Por isso, é imprescindível ter acompanhamento médico a partir dos 50 anos de idade.
O exame de toque retal é apenas um dos exames que preciso realizar para diagnóstico da doença.
Verdade – Os principais exames para diagnosticar câncer de próstata são o toque retal e dosagem de PSA (Antígeno Prostático Específico), um exame de sangue que indicará se há um aumento benigno da próstata ou de cancro. Caso um desses exames levante suspeita da presença de um tumor, deve ser realizada uma biópsia da próstata. É importante frisar que os exames são complementares e ambos devem ser realizados.
Só devo me preocupar em realizar os exames preventivos se um familiar próximo for diagnosticado com a doença.
Mito – É indicada a realização dos exames PSA e toque retal a partir dos 50 anos de idade, caso não tenha histórico familiar, pois existem outros fatores de risco para seu desenvolvimento, como: idade, raça, dieta, obesidade e síndromes genéticas². Já pessoas que tenham caso de pai e irmãos diagnosticados com câncer de próstata devem iniciar a investigação entre os 40 e 45 anos, devido ao maior risco de desenvolver a doença².
Investigar a mutação do câncer de próstata é importante para realizar um tratamento personalizado e pode contribuir para diagnóstico precoce de gerações futuras.
Verdade – A descoberta da mutação não só beneficia o paciente com a possibilidade de realizar um tratamento mais assertivo, reduzindo o risco de progressão da doença, o risco de morte e aumentando a sobrevida global, como pode contribuir para o diagnóstico precoce das gerações futuras. Nós sabemos que 15% dos pacientes com câncer de próstata apresentam mutação BRCA1, BRCA2 ou ATM, e, nesses casos[3], um tratamento personalizado, específico para essas mutações, pode trazer diversos benefícios aos pacientes. Para descobrir a mutação é necessário realizar um teste genético, conhecido como teste HRR, um exame realizado em amostra tumoral. Inclusive, pessoas com histórico familiar de mutação de BRCA2, gene também presente no câncer de mama, têm um risco elevado de desenvolver tumores de próstata mais agressivos e em idades mais jovens². Por isso, nesses casos, os homens devem começar a realizar os exames preventivos com 40 anos². Para descoberta da mutação em pacientes com câncer de próstata metastático, a AstraZeneca oferece teste genético de forma gratuita pelo programa ID.AZ, por meio do pedido médico. É preciso conversar com o especialista sobre essa possibilidade.
Utilizar testosterona pode potencializar o risco da doença.
Verdade – Apesar de a maioria dos estudos não apontar para uma relação direta entre o câncer de próstata e a reposição de testosterona entre os homens com níveis baixos do hormônio, existe um risco potencial de desenvolver câncer de próstata pelo uso indevido de anabolizantes².
A retirada da próstata torna o homem impotente.
Mito – A retirada da próstata, também conhecida como prostatectomia radical, é uma das opções de tratamento para o câncer de próstata². É válido pontuar que ela torna o paciente infértil, não realizando mais a ejaculação. Entretanto, o paciente não fica impotente e a sensação do orgasmo não é alterada².
É possível curar o câncer de próstata.
Verdade – O câncer de próstata quando rastreado em estágio inicial tem até 97% de chance de cura². Por isso, é extremamente importante vencer o medo e se informar em relação a esta doença, que já poderia ter uma baixa taxa de mortalidade, caso os homens cuidassem mais e melhor de sua própria saúde.
Sobre a AstraZeneca
A AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica
Para mais informações, visite: www.astrazeneca.com.br e siga a empresa no Instagram @astrazenecabr.
[1] Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estimativa 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/
[2] MALUF, Fernando Cotait. VENCER O CÂNCER DE PRÓSTATA. 2ª edição. São Paulo: Dendrix, 2020.
[3] Abida W. et al. PNAS 2019; 116:11428-436.
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