A empresa de mídia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está processando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Segundo a empresa, por censurar de forma ilegal vozes de direita nas redes sociais, ferindo a Primeira Emenda da Constituição americana.
A notícia foi revelada nesta quarta-feira (19/2) pelo jornal americano The New York Times e confirmada pela BBC News Brasil.
O grupo empresarial Trump Media & Technology Group (TMTG), do qual Trump é sócio majoritário, entrou com processo contra Moraes em um tribunal federal em Tampa, no Estado da Flórida, na manhã desta quarta-feira.
A empresa afirma em um comunicado que “juntou-se ao Rumble [uma plataforma de vídeo baseada na Flórida] para entrar com uma ação judicial para impedir as tentativas do juiz da Suprema Corte brasileira, Alexandre de Moraes, de forçar o Rumble a censurar contas pertencentes a um usuário brasileiro baseado nos EUA”.
Em nota, o CEO e presidente da TMTG, Devin Nunes, afirmou que “a TMTG está firmemente comprometida em defender o direito à liberdade de expressão”. Nunes disse que “isto não é slogan, é a missão principal desta empresa.
A rede social Rumble abriga canais de influenciadores como Monark, Paulo Figueiredo e Allan dos Santos, que tiveram perfis bloqueados no YouTube por determinações da Justiça brasileira.
Fora do Brasil desde 2023, a empresa anunciou no início deste mês que retomará o funcionamento no país.
A Trump Media & Technology Group administra a Truth Social, a rede social de Trump. Ambas as plataformas dizem pregar a liberdade de expressão.
Na manifestação judicial da empresa de Trump, a qual a BBC News Brasil teve acesso, os advogados da TMTG citam a queda de braço do bilionário Elon Musk, dono da rede X, com Moraes e o STF e justificam a medida ao dizer que “desde 2022, o ministro Moraes teria ordenado a suspensão de quase 150 contas, visando críticos do atual presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva, incluindo legisladores conservadores, jornalistas, juristas e até músicos”.
A denúncia contra Bolsonaro ocorreu ontem e a ação contra Alexandre de Moraes estaria ligada a isso.
Segundo o New York Times, a ação é “incomum” e “extraordinária” e tem o objetivo de dar salvaguardas às empresas contra decisões de Alexandre de Moraes.
A justiça da Flórida deverá decidir também em e Aple que utilizam a plataforma Rumble. relação a terceiros, como Google



