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Empreendedorismo

Empresa de Venture Builder indica como iniciar os investimentos para 2023

Segundo dados da plataforma Distrito, em outubro de 2022, as startups brasileiras receberam US$ 376,4 milhões em 54 rodadas de investimento, o que representa um aumento de 159% em relação ao registrado em setembro. Este é o melhor resultado desde junho, segundo a plataforma. No entanto, esses números ficaram abaixo do captado no mesmo período de 2021, no qual as startups levantaram US$ 924,8 milhões em 80 rodadas.

Pensando nesse cenário, Pietro Bonfiglioli, co-fundador da Fisher – empresa líder e referência em Venture Building no país, traz um panorama com algumas dicas para iniciar o investimento em 2023.

Cenário semelhante a 2022 e como se preparar

Segundo Pietro Bonfiglioli, fundador da Fisher – empresa líder e referência em Venture Builder no país, o mercado deve ficar bem parecido com o que se tem visto neste segundo semestre de 2022. “Muitos fundos estão focados em ajudar as startups do atual portfólio ao invés de investir em novas empresas, o que não é o melhor pensando em early-stage, e com processos de análise de investimento mais longos. Mas não é o fim do mundo, porque o volume de investimentos está próximo ao que vimos em 2019 e 2020”, explica Pietro. “Levantar dinheiro ainda é possível, só que a ‘barra está mais alta’ e o leverage (poder de barganha) está mais nas mãos dos investidores do que dos empreendedores, o que acaba trazendo os valuations para patamares mais conservadores”,  comenta o fundador da Fisher.

“Para nós, como VB, obviamente também somos impactados, só que de uma forma mais branda. Temos uma rede robusta de investidores próximos que já nos conhecem e já investiram em outros negócios criados por nós, o que facilita captações futuras. Além disso, sempre costumamos captar com níveis de valuation mais conservadores, próximo ao que o mercado tem operado atualmente. Outro ponto, é que já temos uma experiência coletiva de ter passado por outros momentos de crise. Isso é muito importante para saber como se preparar e atuar nesses momentos, suportando e dando tranquilidade aos nossos empreendedores”, reforça Pietro.

Oportunidades para 2023

“As oportunidades para as startups que conseguirem passar por esse ‘vale’, serão de encontrar um mercado com menos concorrência “do outro lado”. Além disso, é uma oportunidade na contratação de talentos. Para os investidores, pode ser uma oportunidade de investir em bons negócios a preços menores”, afirma o fundador.

O principal foco de startups geralmente, é o crescimento acelerado e no entanto, em um cenário de incertezas e redução dos investimentos, como o atual, a conservação do caixa e o aumento de pista (runway) vira prioridade. “Obviamente as startups não podem parar de crescer, caso contrário, o caixa acaba e ela não estará em um estágio maduro para uma próxima captação. Mas entre crescer três vezes ao ano, queimando bastante caixa e crescer duas vezes ao ano, conservando mais o caixa e aumentando o runway, a segunda opção tende a ser a mais segura neste momento”, afirma Pietro.

Como ficará o ecossistema

“Os layoffs são uma parte dura desse novo momento. Por alguns anos, o modelo de crescimento acelerado levou também ao crescimento do quadro de funcionários das empresas. Em um momento de busca por eficiência, a redução nos custos da folha virou uma necessidade para muitos negócios”, afirma Pietro. Esse crescimento recente, também levou a uma inflação acelerada nos salários, principalmente nos times de produto e tecnologia. Para startups que estão contratando, pode ser um bom momento para montar bons times com um custo menor.

Já para se obter uma previsão sobre futuras aquisições e fusões no país, Pietro acredita ser difícil precisar, mas não acha que será algo como visto em 2021. A semelhança entre os dois momentos é o M&A por necessidade, em que a empresa comprada precisa de capital para se sustentar e acaba encontrando no M&A uma maneira de dar continuidade aos negócios, ao passo que para o lado comprador, é uma oportunidade de fazer uma aquisição mais barata. A principal diferença, no entanto, é a disponibilidade de capital. Em 2021 as startups e empresas de tecnologia estavam com os cofres cheios e ritmo acelerado de crescimento, podendo direcionar recursos para aquisições, acelerando o core e também novas frentes. Agora, a disponibilidade de recursos diminuiu e o foco está na eficiência.

Conselhos para o investidor neste novo cenário no Brasil

“De forma geral, é um momento de cautela e ao mesmo tempo de oportunidade. Para o investidor, o mercado está mais barato, com chances de investir em bons negócios a múltiplos consideravelmente menores do que no ano passado. Mas também é um momento de maior risco, com muitas startups próximas a ficarem sem caixa. O investidor mais experiente vai saber identificar uma boa oportunidade (uma startup com um bom produto, com crescimento e um modelo de negócio sustentável, mas precisando de uma captação). Já para o investidor, que é menos experiente no setor, eu aconselharia esperar”, finaliza Pietro Bonfiglioli.

Sobre a Fisher

Fisher é uma Venture Builder que nasceu em 2017 e co-fundou 7 startups ao longo de sua história, construindo um portfólio de mais de R$ 300 milhões.  É uma empresa líder e referência em Venture Building no país, que auxilia empreendedores e empresas a transformar conhecimentos e ativos estratégicos em negócios de tecnologia escaláveis. Sendo a primeira venture builder brasileira selecionada para a GSSN (Global Startup Studio Network), a mais renomada rede de Startup Studios do mundo.

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