Entenda como os fogos de artifício prejudicam os animais
Final de ano chegando e a preocupação da maioria dos tutores é com o conforto de seus pets na hora dos fogos de artifício. No Rio Grande do Sul existe a Lei 15.366, que proíbe a queima e soltura de fogos ruidosos, porém tem pouca adesão da população. Essa regulamentação estadual prevê R$10 mil de punição para quem for pego descumprindo a lei.
Segundo o médico veterinário Ruben Lundgren Cavalcanti, que também é CEO do grupo Hospitalar Pet Support, o barulho assusta muito os animais. Isso acontece, pois eles possuem uma capacidade de ouvir muito mais eficiente do que os seres humanos. “A audição dos pets é bastante sensível, por isso barulhos causam tanto incômodo. Os fogos de artifício deixam eles estressados, agressivos e assustados, o que acaba gerando acidentes e até descompensação em pacientes cardiopatas”, salientou.
Quando ficam assustados com os barulhos dos fogos, alguns pets podem tentar fugir, e acabar se perdendo de casa, pulando de locais altos ou sendo atropelados na rua. Quando chegam no auge da ansiedade podem perder as unhas das patas de tanto raspar nas paredes e portas. Alguns chegam a morder objetos da residência e, até mesmo, as próprias patas, o que pode gerar machucados profundos.
O Gerente Técnico do Grupo Hospitalar Pet Support, Luís Felipe Schoingele Nunes, separou algumas dicas para melhorar o conforto dos pets neste momento delicado. Segundo ele, o ideal é consultar um veterinário antes de eventos estressantes, pois existem medicações que podem ajudar na ansiedade dos animais. “Esses remédios funcionam, mas precisam ser administrados dias antes do evento estressor. A consulta é essencial para que a gente consiga definir um protocolo para cada animal”, acrescentou.
Outra dica é colocar algodão nos ouvidos para abafar o barulho, porém, é necessário cuidado, pois o pet pode acabar comendo e o tutor não pode esquecer de retirar. Além de optar sempre pelos lugares mais silenciosos da casa e jamais deixar os animais sozinhos.