Escola de Curitiba promove aulas de campo semanais inspiradas na vida de Paulo Leminski
Alunos de 6 a 11 anos visitam pontos da cidade que fazem parte da história do poeta, que faria 80 anos em 2024
No dia 24 de agosto de 2024, Paulo Leminski completaria 80 anos. Reconhecido como um dos maiores nomes da literatura contemporânea, Leminski foi poeta, escritor, compositor e professor. Nasceu e morreu em Curitiba, onde passou a maior parte de sua vida, deixando um legado cultural que atravessa gerações.
Em homenagem a esse legado, a Escola Interpares lançou um projeto de aulas de campo dedicado ao poeta. “Há três anos levamos nossos alunos para aulas de campo por Curitiba, com intuito de ensiná-los a valorizar e ocupar o espaço público. Esse projeto se chama Letramento na Cidade. Em 2024, acrescentamos a ele a história de Leminski, com passeios temáticos sobre a vida do artista”, explica Dayse Campos, diretora da escola.
Guiados pelos professores Vinícius Fávero e Yanka Carvalho, os alunos da Interpares já passaram pela história do poeta em locais como a Maternidade Victor Ferreira do Amaral (onde ele nasceu), na Rua XV de Novembro (onde ele costumava caminhar), no Passeio Público, antigos locais onde residiu e pontos marcantes que referenciam sua obra, como o grande grafite localizado na Marechal Deodoro.
“Ainda estão nos nossos planos visitar pontos diversos, vitais para sua trajetória e produções. Leminski era um homem que vivenciava a cidade intensamente, frequentando bares, livrarias e bibliotecas. Procuraremos experienciar tudo isso com os alunos”, conta Fávero.
“Nessas visitas, realizamos intervenções, como a fixação de lambes com seus poemas, e abordamos as pessoas para compartilhar sobre a importância do poeta para a cidade”, conta o professor.
O objetivo é que as crianças não apenas conheçam a obra de Leminski, mas que a vivenciem e possam propagá-la. “O projeto ajuda a criar, junto às crianças, um referencial cultural, geográfico e histórico do local onde vivem. É uma imersão nas culturas que permeiam a região, nos pontos de referência da cidade e em seus espaços de memória, como monumentos e locais de sincretismo”, acrescenta Dayse.