Em 2022, o governo do México passou a exigir vistos de turismo para brasileiros que entrassem em seu território. No entanto, a decisão criou uma série de dificuldades para aqueles que desejam visitar ou trabalhar no país. Além de afetar negativamente as relações comerciais e diplomáticas entre os dois países, o movimento pode prejudicar as oportunidades de intercâmbio cultural e turístico, dificultando o acesso a oportunidades de trabalho e estudo no México.
As novas regras já estão apresentando diversos problemas para brasileiros que não sabiam da novidade e contam com uma conexão no país mexicano. Eles alegam que estão sendo detidos, obrigados a pagar taxas inexistentes e tem seus documentos e celulares confiscados, além de sofrerem constantes discriminações.
De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, o problema teve origem no ano passado, quando o México indicou dificuldades na fiscalização de passageiros vindos da América do Sul. “Isso causou uma enorme pressão por parte do governo americano, que pediu atitudes para conter a onda de imigração ilegal. Com isso, entrou em vigor a necessidade de um visto, até mesmo, para conexões no país. Apesar da medida extremamente restritiva, o governo brasileiro não realizou as mesmas exigências para a população mexicana que visita o Brasil, ao contrário das medidas adotadas recentemente para os EUA, Japão, Austrália e Canadá”, relata.
Com isso, é importante que brasileiros que pretendem viajar ao país ou apenas precisem de uma conexão, agendem uma visita ao consulado Mexicano para a solicitação de um visto. “A taxa para o procedimento é de 51 dólares e tudo deve ser feito no consulado mais próximo do endereço residencial do solicitante. Pessoas que possuem visto americano, canadense, japonês ou europeu contam com a isenção dessa necessidade. No entanto, o processo é alvo de muitas reclamações por ser extremamente burocrático, além de contar com um site pouco intuitivo para usuários menos experientes”, declara.
As regras para conexão exigem que os passageiros não saiam dos aeroportos mexicanos durante seu período de estadia. “Além disso, as autoridades pedem que as pessoas não fiquem no país por mais de 24 horas. Adotando um movimento mais radical para evitar qualquer tipo de imigração ilegal, os mexicanos estão retendo o passaporte e deixando os brasileiros em uma salinha, apelidada de chiqueirinho. É uma situação complexa para aqueles que estão viajando e são obrigados a passarem pelo México”, lamenta Toledo.
Após a adoção das exigências de visto, o fluxo de brasileiros passando pelo México apresentou uma grande queda. “Dados apontam um declínio de 60% no número de brasileiros visitando o país, causando um prejuízo de aproximadamente um bilhão de dólares para as companhias aéreas. Com isso, houve uma redução de 15% nos voos com destino ao México”, finaliza o especialista em Direito Internacional.
Sobre Daniel Toledo
Daniel Toledo é advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.
Sobre o escritório
O escritório Toledo e Advogados Associados é especializado em direito internacional, imigração, investimentos e negócios internacionais. Atua há quase 20 anos com foco na orientação de indivíduos e empresas em seus processos. Cada caso é analisado em detalhes, e elaborado de forma eficaz, através de um time de profissionais especializados. Para melhor atender aos clientes, a empresa disponibiliza unidades em São Paulo, Santos e Houston. A equipe é composta por advogados, parceiros internacionais, economistas e contadores no Brasil, Estados Unidos e Portugal que ajudam a alcançar o objetivo dos clientes atendidos. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.
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