Depois de três meses participando de várias atividades que oferecem apoio à empregabilidade, capacitação profissional e descoberta de habilidades, 12 mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade na Regional Boqueirão e são atendidas pela Fundação de Ação Social (FAS) vão se formar no projeto FAS para Elas. A cerimônia será nesta sexta-feira (11/11), no auditório da Rua da Cidadania Boqueirão, a partir das 16h.
Para o momento importante, o grupo terá antes uma manhã de beleza, com direito a corte de cabelo e penteado que serão feitos em uma escola de cabeleireiro do bairro e maquiagem. Tudo organizado pela equipe do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Iguape, no Boqueirão, onde as mulheres são acompanhadas e participam das atividades.
Desde que o FAS para Elas começou a ser desenvolvido no Cras Iguape, em 4 de agosto, as mulheres participam de um percurso de atividades que começou com noções socioeducativas, que preparam as pessoas para assumirem papéis sociais, e seguiu com ferramentas do programa Mobiliza, também ofertado pela FAS para descoberta de habilidades para o mundo do trabalho.
A última fase do percurso acontece durante toda esta semana, com aulas de informática ministradas no Liceu de Ofícios da Rua da Cidadania Boqueirão, em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). No primeiro dia de aula, nesta segunda-feira (7/11), as mulheres aprenderam sobre o uso do mouse e digitação, e, até a próxima sexta, conhecerão o Word, formatação de textos, marcadores, numerações e símbolos.
Sirlei de Chaves, 55 anos, faz parte do grupo FAS para Elas e está animada com as aulas de informática. “Eu estou adorando tudo isso, logo eu que não contava mais que um dia faria um curso”, conta ela, que nunca tinha mexido em um computador.
Casada e mãe de duas filhas, de 18 e 23 anos, Sirlei trabalha atualmente como recicladora e faz artesanato para complementar a renda. Segundo ela, participar do FAS para Elas foi um renascimento. “Eu estava com ansiedade e depressão e as meninas do Cras me chamaram, foi uma bênção”, diz.
Sirlei conta que desenvolveu os problemas emocionais durante a pandemia da covid-19, quando perdeu a mãe para a doença e também foi contaminada. Antes da pandemia, ela era cuidadora de idosos.
A assistente social Adriana Souza e a educadora social do Cras Iguape Adriana Dalabrida ficaram satisfeitas ao verem as mudanças no comportamento de Sirlei desde que começou a participar do FAS para Elas. “Quando ela chegou aqui, não sorria, e hoje vemos que ela está animada com tudo que está aprendendo”, conta Adriana Dalabrida.
Miriam Elizabeth dos Santos, 55 anos, entrou no FAS para Elas a convite da sobrinha. “Eu nunca tinha ido na FAS e fiquei surpresa com a competência das equipes e como tantos serviços são disponibilizados para as pessoas”, conta.
Artesã, casada e mãe de duas meninas, de 10 e 14 anos, Miriam diz que o FAS para Elas mudou a vida de toda a família e que pretende fazer vários cursos ofertados pela FAS daqui para a frente.
Para Adriana Souza, o FAS para Elas desperta potenciais que muitas participantes desconhecem. “É um vento fresco para elas e para nós, profissionais, que buscamos esse protagonismo nas pessoas que atendemos”, diz.
Lançado como piloto no fim de 2021, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Caximba, na Regional Tatuquara, o FAS para Elas é desenvolvido atualmente em nove regionais da cidade.
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