Saúde

Fevereiro Laranja: a importância da conscientização e da solidariedade para prevenção à leucemia

Campanhas como estas reforçam a importância do diagnóstico precoce e são fundamentais para ampliar o acesso ao tratamento e fortalecer o apoio às famílias

Fevereiro Laranja tem o propósito fundamental de alertar sobre a prevenção e o combate à leucemia, um dos tipos de câncer mais comuns no Brasil, especialmente entre crianças e adolescentes. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o número estimado de novos casos de leucemia no Brasil entre 2023 e 2025 é de 11.540, sendo 6.250 em homens e 5.290 em mulheres.  

A campanha reforça a necessidade do diagnóstico precoce e incentiva a doação de medula óssea, um ato de solidariedade que pode salvar vidas. 

“Os sintomas da leucemia podem ser facilmente confundidos com outras doenças, o que pode retardar o diagnóstico. Por isso, é essencial estar atento a sinais como palidez inexplicável, fadiga persistente, febre ou infecções frequentes, sangramentos sem causa aparente e dores nos ossos e articulações”, destaca a Profª. Angelita Visentin Gregorczuk, coordenadora do curso de Enfermagem do UniBrasil.

A importância da doação de medula óssea  

O transplante de medula óssea é uma das principais formas de tratamento para pacientes com leucemia. Contudo, encontrar um doador compatível é um desafio, devido à raridade da compatibilidade genética. 

“O Fevereiro Laranja reforça a necessidade de ampliar o número de doadores cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). A doação é um ato de solidariedade que pode salvar vidas”, enfatiza Angelita.

Para se tornar um doador, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em boas condições de saúde e procurar um hemocentro para realizar o cadastro. O processo é simples e pode fazer toda a diferença na vida de quem precisa.

Conscientização e solidariedade  

A campanha Fevereiro Laranja não apenas alerta para a importância do diagnóstico precoce, mas também busca ampliar o conhecimento sobre a doença e incentivar a solidariedade.

“A informação é uma ferramenta poderosa na luta contra a leucemia, permitindo que mais pessoas tenham acesso ao tratamento adequado e aumentando as chances de recuperação”, ressalta a professora.

A participação da sociedade é fundamental, seja por meio da disseminação de informações, doação de sangue e medula óssea ou apoio a instituições que auxiliam pacientes com leucemia. “Somente com a união de esforços será possível reduzir o impacto da doença e salvar vidas”, finaliza Angelita.

Para mais informações sobre a leucemia e como se tornar um doador de medula óssea, visite o site do INCA: https://www.inca.gov.br

Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância 

O mês de fevereiro conta também com o Dia Internacional de Luta contra o Câncer na Infância, uma data dedicada a conscientizar sobre a importância do acesso a tratamentos adequados, além do apoio essencial às crianças e suas famílias durante essa jornada. O diagnóstico precoce e o tratamento especializado são decisivos para aumentar as chances de cura e garantir mais qualidade de vida aos pequenos pacientes.

Em 2024, o INCA estimou que seriam diagnosticados 4.230 novos casos de câncer em meninos e 3.700 em meninas.  Além disso, o Instituto calculou que, de 2023 a 2025, o país poderá registrar quase 8 mil casos por ano de câncer entre crianças e adolescentes. 

Segundo a Profa. Angelita, o diagnóstico precoce é decisivo para aumentar as chances de cura e garantir mais qualidade de vida aos pequenos pacientes.

“Os sintomas do câncer infantil podem ser confundidos com doenças comuns na infância, como febre persistente, palidez, cansaço, dores ósseas e perda de peso. Isso acaba retardando a suspeita clínica e atrasando o início do tratamento”, explica a professora.

Ela ainda ressalta que as desigualdades no acesso à saúde agravam o problema. “Muitas crianças, especialmente em regiões menos desenvolvidas, enfrentam dificuldades para obter atendimento médico adequado, o que resulta em diagnósticos tardios e menores chances de cura”, finaliza Angelita.

Redação JBA Notícias

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