O presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcelos, ressaltou que a reunião faz parte de uma mobilização promovida pela entidade, desde abril, para discutir o planejamento da infraestrutura paranaense, tendo como foco as projeções de crescimento do setor produtivo.
“O que chamou a atenção nessas reuniões prévias é que os industriais colocavam uma previsão de crescimento muito grande até 2030. Então, se estamos tendo problemas atualmente, isso pode se agravar nos próximos anos, por isso é fundamental planejar a infraestrutura logística portuária, retro portuária, ferroviária e rodoviária necessária para suportar esse crescimento”, explicou.
Para Vasconcelos, a falta de uma previsibilidade sobre os projetos de expansão da infraestrutura logística pode inclusive inibir novos investimentos produtivos no Estado.
“Ou nós entendemos o que realmente o setor produtivo precisa, ou teremos que mandar um sinal para o setor produtivo parar de produzir. Então, precisamos calibrar o entendimento entre aquilo que o setor produtivo está projetando e aquilo que temos de planejamento a médio e longo prazo na infraestrutura”, completou.
Diferença bilionária
Para ter mais subsídios sobre essa demanda por infraestrutura, a Fiep contratou um estudo com o objetivo de mapear o transporte de cargas atual no Paraná e as perspectivas de crescimento nos próximos anos.
Um dos cálculos apresentados durante a reunião pelo consultor Luiz Henrique Dividino mostra que, atualmente, o produtor paranaense gasta cerca de US$ 97 para exportar uma carga de 1 tonelada para a Ásia – um dos principais mercados dos produtos paranaenses.
Desse valor, 62% se referem ao custo logístico interno, para levar essa carga do interior até os portos, enquanto os outros 38% são do transporte do porto até a Ásia.
Nas projeções, caso o Paraná possuísse uma logística de transporte intermodal eficiente, os custos para exportar essa mesma carga cairiam para US$ 82.
Levando em conta o montante total exportado pelo Paraná via Porto de Paranaguá em 2023, a economia gerada por essa melhoria na infraestrutura poderia chegar a praticamente R$ 1,6 bilhão ao ano.
“Esse dinheiro ninguém ganha, esse dinheiro é jogado fora todo ano”, destacou Dividino.
Entre os segmentos que sentem na prática o impacto desse custo logístico está o das cooperativas.
Presente na reunião, o superintendente do Sistema Ocepar, Robson Mafioletti, destacou que as cooperativas paranaenses movimentam anualmente em torno de 40 milhões de toneladas de cargas.
“São produtos de médio e baixo valor agregado, então a logística tem que estar funcionando adequadamente, não ter nenhuma interrupção, para que a gente possa escoar no mercado interno, mas principalmente para exportação”, disse, ressaltando ainda que as cooperativas vêm em constante crescimento.
“O cooperativismo tem um plano de crescimento desde a década de 1970. Agora em 2023 chegamos a R$ 200 bilhões de faturamento conjunto e temos projetos enormes de agroindústrias. Se não houver investimentos em infraestrutura, podemos ir mais devagar”, explicou.
De acordo com o estudo encomendado pela Fiep, entre esses investimentos necessários estão aqueles já previstos no novo modelo de concessão de rodovias do Paraná.
Além disso, outros projetos precisam ser debatidos profundamente e com urgência.
Entre eles, a ampliação e melhoria de eficiência da estrutura ferroviária, convergindo os investimentos que devem ocorrer com a renovação ou nova licitação da chamada Malha Sul com as ações da Ferroeste.
Além disso, considera fundamental a liberação da construção de três portos privados no litoral do Paraná, projetos que ainda esbarram especialmente em questões de licenciamento.
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