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Frente Parlamentar promove visita ao Museu Planeta Água

Vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), que compõem a Frente Parlamentar da Ciência, Tecnologia e Inovação, promoveram uma visita na manhã dessa sexta-feira (17) ao Museu Planeta Água, localizado nas antigas instalações de tratamento de água da Sanepar, no bairro Tarumã. O vereador Herivelto Oliveira (Cidadania), presidente da frente, esclareceu que o grupo tem buscado conhecer locais cujas atividades estejam ligadas à ciência e à tecnologia.

“Nesse sentido, o Museu Planeta Água da Sanepar é uma referência e é interessante assinalar que, quando falamos de água, estamos também falando do uso desse recurso, dos problemas decorrentes da má utilização da água e, também, do fato de que a água está em vias de se tornar escassa. O entendimento quanto a essas características da água é importante para que os vereadores possam lidar com os problemas relativos ao tema com propriedade”, afirmou Herivelto Oliveira.

Para o presidente da Câmara, Marcelo Fachinello (PSC), a visita ao Museu Planeta Água vale pelo contato dos vereadores e de seus assessores com o museu, que é moderno e interativo, mostrando os bilhões de anos de história da água e também o tratamento e a distribuição de água em nossa cidade. “Todos devemos conhecer a importância da água; esse bem finito que deve ser usado com consciência e de forma racional. A visita serve para que os vereadores possam transmitir tais conhecimentos aos seus eleitores”, disse Fachinello.

Estavam presentes à visita os vereadores Herivelto Oliveira, Professora Josete (PT), Rodrigo Reis (União), Marcelo Fachinello (PSC), Bruno Pessuti (Pode), Nori Seto (PP), Marcos Vieira (PDT) e Sidnei Toaldo (Patriota).

Curiosidades
Maria Celeste Corrêa, jornalista e curadora de conteúdo do museu, disse que o projeto foi coordenado por Wil Caravanti. A escolha da sede, em 2018, recaiu sobre uma antiga instalação da Sanepar no bairro Tarumã, onde, desde 1945, funcionou um centro de tratamento de água. O local é aberto a visitantes e funciona de modo interativo, fato que atrai o interesse do público, em especial das crianças. No Museu, o visitante pode encontrar informações sobre as principais massas de água do planeta como oceanos, rios e geleiras.

A jornalista Maria Celeste destacou o item que mais chama atenção no museu: o esqueleto de uma baleia azul feito com materiais plásticos recicláveis. “Trata-se de uma referência a uma baleia azul encontrada morta e que tinha em seu interior centenas de quilos de plástico e outros materiais de lenta degradação”, disse ela.

De acordo com as explicações de Maria Celeste, uma grande parcela da água existente no planeta Terra provém do espaço e aqui chegou por meio de meteoros e meteoritos. Uma das telas expostas no museu mostra uma árvore sumaúma, também conhecida como a árvore rainha da Amazônia. Ela conserva dentro de si uma quantidade de água descomunal. Conforme explicou a jornalista, se houver seca ao seu redor, a árvore Sumaúma automaticamente libera toda a água que está no seu interior para ajudar plantas e animais ao seu redor. Para Maria Celeste, a floresta amazônica funciona de modo que seus componentes estão interligados.

“Ao mesmo tempo, temos os chamados ‘rios voadores’, que são massas de água que se deslocam em forma de vapor do Oceano Atlântico em direção à América do Sul. Quando essas correntes de ar confrontam a Cordilheira dos Andes, são redirecionadas para o Brasil, provocando chuvas que ajudam na fertilização do solo”, explicou.

Problemas
O museu não mostra apenas curiosidades positivas sobre a água, como sua origem e uso. Ele também expõe situações de contaminação e perigo à vida humana. Imagens de tragédias ambientais, como as da contaminação com 4 milhões de litros de óleo no rio Iguaçu em 2000, dos lixos nos manguezais em Cubatão em 2015 e do vazamento de óleo na Baía de Guanabara em 2018, são provas de que a manutenção desse recurso deve ser uma preocupação constante. O uso da água também traz implicações para a indústria, pois muitos produtos demandam altas quantidades do líquido para sua fabricação.

A escolha cotidiana dos produtos que não provocam tais questões é mostrada aos visitantes do museu, bem como as consequências das mudanças climáticas que podem gerar enchentes por um lado ou, no extremo oposto, secas que podem durar anos. Outra curiosidade que o visitante pode saber em sua visita é a porcentagem de água contida em seu próprio corpo. Uma espécie de balança traz esse número com base na altura, no peso e na idade da pessoa.

*Notícia revisada pelo estudante de Letras Brunno Abati
Supervisão do estágio: Alex Gruba

Redação JBA Notícias

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