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Gabi, uma vida de muita fé e superação

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Gabriele Luize Burack é uma vencedora.

Aos 14 anos, baixa visão do olho direito, 20 por cento da visão e no olho esquerdo apenas movimento de muito perto, dez cirurgias, incontáveis consultas médicas, terapias mil, controle diário da pressão do olho mediante aplicação de cinco tipos de colírios, superou diagnósticos terríveis já nos primeiros meses de vida. Tudo isto a transforma numa jovem simpática, boa conversa depois que desata a timidez, com palavras e frases corretas, visão política interessante, gosta de escrever.

Lê obras adaptadas, embora goste muito de escutar as pessoas contando histórias.

“Li o mesmo livro que meu pai, Dom Casmurro, um clássico, e discuto com meu pai o conteúdo porque interpreto dum jeito e ele de outro”.

É bem humorada.  “Você não viu? Até eu vi”.

Tem sonhos.

Matriculada no curso de Administração do Instituto Federal de Curitiba, aguarda abertura de vaga na unidade de Pinhais por causa da facilidade de transporte, a empresa do pai está no município vizinho.

Muita fé cristã.

Adolescente com enorme fé em Deus reconhecida na convivência diária por amigos, colegas de escola e da Paróquia Maria Mãe da Igreja.

É acólita, já foi coroinha, ajuda na celebração das missas, “ando para cima e para baixo, conheço mais do que a minha própria casa, tenho dificuldades em lugares que não conheço. Pela fé, estou servindo. Não há nada igual, amo este serviço. Falo a todo mundo: a partir de oito anos, seja coroinha, se for adolescente, seja acólito. Não há nada igual, ajoelhado na frente do altar e ver a transubstanciação de perto, cara a cara. Não há nada igual. Não saio por nada, se algo não estiver dando certo, vou ao coordenador e digo que preciso de ajuda, corrijo e não saio por nada.No começo, pensei: é muito lindo, mas se não der certo, eu saio. Agora não saio por nada”.

De coroinha para acólita, enfatiza Gabi, “é uma promoção”.

Uma conversa com os pais é sempre repleta de muita emoção. João Burack enche os olhos de lágrimas quando recorda as dificuldades desde os primeiros meses de vida, as fases detalhadas motivam entendimento de ação divina. Dona Rosi também se emociona. O primeiro grande problema de saúde foi a descoberta de emangioma, tumor benigno, que aos poucos foi corroendo o lado esquerdo do rosto até uma definição médica de que ela não sobreviveria uma semana mais em função do problema.

“Pai, não sofra, sua filha não vive uma semana mais”, disse o médico aos pais. Eles não se acomodaram e buscaram alternativas, apesar da impossibilidade da marcação de nova consulta no sistema SUS. Na saída de consulta no Hospital Evangélico, conseguida por queda no sistema de controle, uma médica residente apareceu na vida da família e receitou medicação à base de corticoide, num momento em que a infecção tomava desde o cérebro até o peito.

No meio das dificuldades para cirurgia, em função dos riscos e da mortalidade para crianças, a medicação à base de corticoides curou Gabriele.

A médica Fernanda Jorge não estava mais no hospital, a passagem foi rápida.

 “Para nós, foi um sinal da presença divina. A doutora Fernanda apareceu e sumiu, uma presença temporária que resolveu um problema grave. Uma médica nova, uma passagem veloz por nossas vidas, uma orientação médica oportuna e a cura. A cirurgia decidida por médicos, a negativa em contratar trabalho de anestesias, todos consideravam impossível a sobrevivência, período complicado. Soubemos que crianças submetidas a cirurgias com o problema de Gabi morreram. Não fizemos a cirurgia, ela está viva e alegrando nossas vidas”, resume o pai.

Aí, surgiu o glaucoma, provavelmente em função do tratamento com cortisona. Muitas horas de hospital, muitas vezes por semana. Sempre com sedação. Num desses dias, atendimento de rotina no centro cirúrgico, ao invés de ser em consultórios. A demora foi explicada depois: Gabriele foi considerada clinicamente morta e por estar no centro cirúrgico a recuperação permitiu aos pais considerarem um segundo sinal de Deus, um milagre.

No momento seguinte, após orações, conversas, uma amiga sugere consulta com médico e cirurgião japonês, que estava nos EUA. o atendinento foi no Hosital de Clínicas, no Centro de Visão. Em quatro dias, uma cirurgia no método deste especialista japonês.

Gabi não consegue ler letras comuns.

Os tratamentos todos foram feitos no sistema SUS, a infindável série de exames, consultas e cirurgias  segundo os pais não seriam possíveis sem o sistema.

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Frei Gilson, amigo e conselheiro. “Gabriele é especial na manifestação da fé cristã”

TERRA SANTA

 “Eu não sei dizer como surgiu a vontade de viajar pelo motivo de buscar meu milagre. Ir para a Terra Santa deveria ser o sonho de todo cristão, pisar onde Jesus pisou. Quando a gente ouve frei Gilson falar sobre a viagem, a gente quer ir. Eu pensei que iria e alcançaria meu milagre, enxergar de novo. Eu não queria pelo turismo, queria voltar enxergando. Eu dizia: rezem por mim, vou voltar enxergando. Eu fui e voltei e nada mudou. Quando isso vai se concretizar aos olhos humanos? Não cabe a mim e nem aos outros saberem. Isto se tornou confuso para muitas pessoas. As pessoas não entendem que o tempo de Deus é diferente do nosso. Ele sabe o que significou a minha presença”.

A viagem à Terra Santa numa excursão da Paróquia Maria Mãe de Deus abriu muita coisa marcante, a figura de Gabriele recebeu atenção especial, após renovação dos votos de batismo no Rio Jordao: um soldado muçulmano surgiu do nada e revelou que ela o fez chorar apenas acompanhando a caminhada dela para renovação dos votos do batismo.

“Quando a gebnte estava indo embora, após renovar votos do batismo, tudo lindo, tudo maravilhoso, chegou um soldado do nada, do nada para mim, todo mundo tinha visto ele lá e eu não. Ele disse que nunca alguém tinha feito ele chorar como eu fiz. Ele me viu caminhando, ninguém disse nada para ele, e ele me deu uma insignia de sua farda como lembrança. Ele me abraçou, chorou de novo. Ele voltou mais tarde, me abraçou de novo, pediu para tirar uma foto e me deu um terço de presente. O gesto dele me despertou uma sensação de responsabilidade, levar a palavra de Deus às pessoas que convivem comigo”, conclui Gabi, que também chamou atenção especial pela participação numa procissão em que rezou uma dezena do terço em português.

 A Gabriele fez junto com a guia, procissao que caba na Gruta da Anunciação, uma gruta fechada por grades, sem acesso para o público.

Frei Bruno Varriano, frade franciscano brasileiro, Guardião e Reitor da Basílica da Anunciação, em Nazaré, Israel, levou à Gruta da Anunciação, para uma benção especial porque o acesso de público ali não é permitido.

 Antes, um garoto que estava cantando em italiano na celebração, ficou impressionado com uma adolescente rezando o terço

Este garoto era muçulmano e estava tentando o batismo na igreja católica.

Dias depois,um seminarista tambem se aproximou e entregou um terço para Gabriele, dizendo que viveu sensação especial quando a viu rezando a Ave Maria.

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