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Governo de SP aumenta ações de combate a incêndios florestais em parceria com iniciativa privada

O Governo de São Paulo vai ampliar o enfrentamento às queimadas em parceria com a iniciativa privada.

Entidades de setores florestais, produtores de açúcar, energia elétrica, gás, água e concessionárias de rodovias disponibilizaram suas estruturas de monitoramento e combate ao fogo ao estado em reunião que contou com a participação do governador Tarcísio de Freitas e secretários no Palácio dos Bandeirantes.

A cooperação será intensificada nos próximos dias com a integração das empresas no Plano de Contingência montado na operação SP Sem Fogo, e possa ser o início de um plano maior de cooperação de resiliência climática.

“A gente aumenta nosso potencial de trabalho. Nosso objetivo é integrar o setor público e o privado, entender as necessidades de cada área e unir a força do estado com a força da iniciativa privada para trazer boas políticas públicas que ajudem a população. Essa reunião foi emergencial por conta da estiagem bem grave. Vamos nos estruturar e pensar em como agir no futuro”, afirma o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, o coronel PM Henguel Ricardo Pereira.

A cooperação ocorre em momento de agravamento das condições climatológicas favoráveis aos incêndios.

O número de focos de calor cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano na comparação com 2023.

Além disso, cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelos incêndios em 317 municípios.

A secretária do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, ressaltou a importância de se unir esforços contra as queimadas. 

“Vamos fazer isso de forma mais organizada, integrando as informações e os meios do poder público e da iniciativa privada.”

A União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), por exemplo, conta com 10 mil brigadistas e 2 mil caminhões pipa disponíveis para combater incêndios nos canaviais.

Já a Florestar, associação do setor produtor de florestas plantadas, reúne empresas que podem oferecer infraestrutura e tecnologia para atuar em conjunto com o governo no monitoramento de áreas florestais, plantações e Unidades de Conservação.

Outro setor importante a ser mobilizado é o de concessionárias de rodovias.

Com os incêndios, trechos foram interditados por conta da baixa visibilidade nas pistas.

Nesse sentido, as concessionárias prestaram serviços de informação à população. Além disso, as empresas também usam o sistema de monitoramento via câmeras das rodovias para mapear novos focos de incêndio.

Os esforços da iniciativa privada se somam a um trabalho permanente do Governo do Estado de enfrentamento aos incêndios florestais.

A operação SP Sem Fogo foi responsável por treinar em maio quase 2 mil agentes para o combate ao fogo, com participação inclusive de agricultores.

Em junho, a operação entrou na fase vermelha, com atenção máxima ao período com menos chuvas e previsão de calor extremo.

A reunião também teve a participação do secretário de Abastecimento e Agricultura, Guilherme Piai. “Colocamos nossa secretaria à disposição. Essa coordenação deve ser muito bem mapeada, como vamos fazer esse trabalho de forma organizada. Temos muita capilaridade com as Casas de Agricultura”, disse o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

A comunicação também será um ponto central no combate aos incêndios.

O governo de São Paulo vai distribuir nos próximos dias quase 500 mil panfletos e cartazes como parte da campanha de conscientização do problema para a população.

Além do enfrentamento às queimadas, o uso consciente da água no período de estiagem é abordado em outra campanha divulgada atualmente.

Previsão para os próximos dias

A situação das queimadas no estado de São Paulo se agravou entre 2 de agosto e 3 de setembro, período em que 245 municípios foram atingidos pela incidência de fogo, 48 deles em alerta máximo.

Além disso, a estiagem ainda persiste no estado fazendo de setembro um mês crítico e propiciando piora no cenário dos incêndios.

De acordo com a meteorologista da Defesa Civil Desiree Brant, a previsão pelo menos para os primeiros 20 dias de setembro é de tempo seco. Uma massa de ar seco deve impedir a chuva, favorecer temperaturas elevadas, reduzir a umidade do solo e aumentar o risco de fogo.

“A partir de meados de setembro, devemos ver os primeiros sinais de chuva. As precipitações não devem ser volumosas, mas serão os primeiros sinais, o que deve diminuir esse momento crítico”, diz a meteorologista.

A expectativa só melhora mesmo no mês de outubro.

Redação JBA Notícias

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