“Como aconteceu ao longo de 2023, nos primeiros meses do ano a performance de vendas da Iguatemi cresceu 8,7 p.p. acima da média do setor, segundo dados da ABRASCE. Isso mostra a força da nossa marca e a qualidade do portfólio da Iguatemi, composto por ativos bem posicionados nos segmentos de renda mais resilientes às adversidades econômicas”, comenta Guido Oliveira, CFO da Companhia. Para ilustrar o bom desempenho do indicador, as vendas mesmas áreas (SAS) cresceram 10,3% no trimestre, acima das vendas mesmas lojas (SSS), que tiveram alta de 7,3% sobre um ano antes – o que comprova o efeito positivo da qualificação do mix de lojas sobre a produtividade da área bruta locável (ABL) da empresa.
O desempenho reportado acompanha a evolução de indicadores vitais para o negócio. A Companhia apresentou novamente uma diminuição no custo de ocupação para 12,5%, 0,7 p.p. abaixo do 1T23, permitindo manter a redução no nível de descontos concedidos (o menor nível em 10 anos) e leasing spreads positivos nas renovações e novas locações, em média de 6% ano contra ano para os contratos vencidos neste período. A inadimplência líquida encerrou o período em 2,1%, uma queda de 2,2 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado.
Esses movimentos contribuem para o crescimento dos aluguéis – que subiram 5,5% em mesmas lojas (SSR) e 3,7% em mesmas áreas (SAR) sobre o 1T23, ambos com crescimento real sobre a média do reajuste aplicado nos últimos 12 meses de 5,1 p.p. e 3,3 p.p., respectivamente. Já a taxa de ocupação manteve uma trajetória de crescimento, chegando a 94,1% no trimestre, 1,4p.p. maior em relação ao mesmo período do ano passado, um trimestre historicamente marcado por saídas de lojistas. “As inaugurações no 1T24 foram 60% maiores do que a média dos últimos 5 anos para o trimestre. Também tivemos recorde de assinaturas de contratos que serão implementados ao longo dos próximos meses, fruto da acertada estratégia comercial adotada em 2023”, comenta o CFO da Iguatemi.
A Companhia buscou um crescimento de 8% em sua receita líquida, com margem EBITDA de 78,9% na unidade de shoppings. A Receita Bruta de shoppings foi de R$ 316 milhões no 1T24, aumento de 6,7% em relação ao mesmo período de 2023. A Receita de Aluguel, composta por Aluguel Mínimo, Aluguel Percentual (overage) e Locações Temporárias, teve crescimento de 1,4% em relação ao 1T23, representando 75% da receita bruta de shoppings.
A Iguatemi S.A. encerrou o trimestre com uma dívida total de R$ 3,3 bilhões, queda de 0,8% em relação ao trimestre anterior, com prazo médio em 4,3 anos e custo médio de 107,3% do CDI. A disponibilidade de caixa alcançou R$ 1,6 bilhão no período, levando a uma dívida líquida de R$ 1,7 bilhão, 1,2% menor em comparação ao 4T23. O múltiplo Dívida Líquida/EBITDA Ajustado encerrou em 1,84x, uma queda de 0,08x versus o 4T23. No consolidado, a margem EBITDA Ajustado foi de 74,1% e o Capex atingiu R$ 151,5 milhões em manutenção/reinvestimento em seus ativos e projetos em andamento.
As operações da i-Retail e Iguatemi 365 somaram uma receita bruta de R$ 25,8 milhões no trimestre, uma queda de 14,6% versus o 1T23, e a receita líquida chegou a R$ 18,9 milhões, queda de 15,7% sobre o mesmo período do ano passado. Os Custos e Despesas apresentaram diminuição de 30,7% sobre o 1T23, redução que se deve à estratégia de melhoria da rentabilidade do Iguatemi 365. Dessa forma, a partir do último trimestre, a operação de varejo se consolida de maneira rentável dentro da estratégia da Companhia, com resultado positivo de $ 0,1 mi no 1T24.
Destaques do trimestre
Durante o trimestre, a Companhia seguiu investindo na otimização de seu portfólio e ativos. Em janeiro, a Iguatemi realizou a aquisição de 10% no I Fashion Outlet Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, em uma transação de R$24,5 milhões, com um cap rate de 9,5%. Com o movimento, a empresa atinge 51% de participação na propriedade. Ainda, a Iguatemi anunciou que o complexo Market Place passará por um processo de retrofit, que irá integrá-lo ainda mais ao dia a dia das pessoas. O projeto traz o que há de mais contemporâneo para complexos multiusos e modernizará o que é considerado um dos primeiros projetos desse tipo no país. Além disso, alinha as tendências de urbanismo e sustentabilidade mais recentes ao empreendimento. As obras estão previstas para iniciar em 2025.
A empresa ainda apresentou ao mercado o projeto de expansão do Iguatemi Brasília. Com obras previstas para 2025, a primeira fase do projeto adicionará 15,5 mil m² à área atual do empreendimento, totalizando 50,1 mil m² de ABL. O novo espaço será dividido em dois pavimentos conectados integralmente ao empreendimento atual, criando também uma área de Open Mall. Serão 90 novas lojas que adicionarão ao mix do shopping operações de entretenimento, lazer e um espaço exclusivo para eventos, além de fortalecer a curadoria diferenciada com lojas de luxo inéditas em uma nova ala no shopping. O investimento total será de R$ 236 milhões a 100%.
No dia 12 de março, a Iguatemi voltou a realizar seu Investor Day depois de 15 anos. Em um evento híbrido, a Companhia recebeu investidores e analistas no Cubo JK para uma manhã de painéis com exposições do comitê executivo, além de uma entrevista com os acionistas controladores da empresa, que mostraram toda a robustez da Iguatemi, novos projetos e alavancas de valor.
Ainda, entre os destaques, o Iguatemi One, programa de relacionamento da rede, ganhou a funcionalidade Eventos no aplicativo, que resultou em mais de 480 experiências gastronômicas, 1.200 ativações em promoções de lojistas e mais de 1.300 resgates de viagens e experiências externas. O resgate de benefícios tem contribuído para as vendas nos empreendimentos – os dados do trimestre mostram que 34% dos clientes fazem compras nos shoppings do grupo no mesmo mês do resgate dos benefícios. Isso contribui para uma maior venda identificada, que no 1T24 cresceu 57% ante o 1T23.
Para os próximos meses, a Companhia mantém sua posição de otimismo. “Fechamos o primeiro trimestre no caminho certo para a entrega do nosso guidance de resultado, atingindo crescimento de 8,0% na receita líquida, com margem EBITDA de 78,9% na unidade de shoppings. No consolidado, entregamos uma margem EBITDA de 74,1% e CAPEX de R$ 51,5 milhões”, reforça Guido Oliveira. O executivo reitera que a Iguatemi segue bem posicionada, com balanço patrimonial sólido, portfólio resiliente e de alta qualidade. “Continuaremos na busca pela otimização dos nossos empreendimentos, monetização do landbank e mantendo o breakeven da operação de varejo”, reforça o CFO.
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