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João Luiz Fiani estreia peça em homenagem ao compositor paranaense Lápis

Desde o ano de 2007, que João Luiz Fiani vem dedicando boa parte de seu trabalho a resgatar fatos históricos e prestar homenagem a grande fatos e nomes da história do Paraná, direcionando diversos de seus projetos para registrar e enaltecer a cultura do povo paranaense.

O primeiro foi em 2007, contando a história da Colônia Cecília, depois vieram espetáculos como Esmeralda – A Vida de Lala Scheneider, O Contestado – A Guerra dos Fanáticos, Maria Bueno, As Mocinhas da Cidade, que contava a vida e obra de Belarmino e Gabriela e, mais recentemente, O Galhofeiro, que mostrava a trajetória dos Irmãos Queirolo, importante família circense do nosso estado.

“Sempre encarei como uma das minhas missões, prestar homenagem a artistas do estado que me acolheu e onde desenvolvo minha arte há mais de 40 anos”, conta, Fiani.

E agora Fiani faz uma justa, merecida e emocionante homenagem a um dos principais artistas de nosso estado: Palminor Rodrigues Ferreira, o “Lápis”, grande cantor, compositor e instrumentista paranaense. O texto foi escrito em parceria com Marcyo Luz, que também interpreta o personagem título no espetáculo.

“Para mim, como músico e ator, é mais que uma honra interpretar o papel deste grande artista”, comenta Marcyo Luz.

Nascido em uma família humilde, Lápis era o caçula de 21 irmãos, muito cedo, por volta dos 11 anos, ganhou um violão de um de seus irmãos e, aos 12 anos de idade, já tocava pandeiro em apresentações na Rádio Marumbi, sendo que aos 18 anos compôs sua primeira música, “Vestido Branco”. Antes de dedicar-se integralmente à música, Palminor teve alguns empregos burocráticos, sendo que um deles foi nos Correios, onde ganhou de um de seus chefes o apelido de Lápis, por ser “fino, alto e preto”.

Dedicado especialmente ao samba, Lápis, foi parceiro de outros grandes nomes da música paranaense, como Paulo Vítola e Celso Loch (o Pirata), mas também atuou ao lado de grandes nomes nacionais compondo e produzindo músicas para Paulinho da Viola, Originais do Samba, Eliana Pittman, Dóris Monteiro e apresentou-se ao lado Jorge Benjor.

Gravou discos, participou de festivais de música e de espetáculos musicais, sendo o mais famoso deles, “Funeral para um Rei Negro” que apresentou no Teatro Guaíra, sob direção de Oraci Gemba

Chegou a obter sucesso internacional com uma turnê pela Europa onde apresentou-se em mais de 80 casas de shows, quando tinha apenas 24 anos.

Lápis costumava dizer: “Se faço música para o povo, tenho que entender e viver suas necessidades. Isso faz parte da vida.” Teve uma vida boêmia, na qual convivia com artistas, mas também se interessava pelas lutas dos trabalhadores, fazia apresentações beneficentes, para arrecadar verba para crianças desamparadas.

Apesar de ter tido uma trajetória muito relevante, morreu jovem e pobre, mas com muitos amigos, com apenas 36 anos de idade.

“Com esta singela homenagem, quero resgatar para o público a memória desse nome fundamental para a música do nosso Estado”, comenta Fiani.

O espetáculo, conta também com a direção musical de Celso “Pirata” Loch, que compôs dez canções especialmente para a ocasião.

Com estreia no dia 20 de dezembro, o espetáculo ficará em cartaz até o dia 30, com apresentações de segunda a quinta, com 3 sessões diárias, às 16h, 18h e 20h. Com caráter social, o ingresso para o espetáculo será um brinquedo novo que será doado para a CUFA – Central Única das Favelas.

SERVIÇO – Lápis – Espetáculo com texto de João Luiz Fiani e Marcyo Luz e direção de João Luiz Fiani. Em estilo musical, o espetáculo conta a história de Palminor Rodrigues Ferreira, o “Lápis”, um dos maiores nomes da música paranaense. De 20 a 30 de dezembro, de segunda a quinta com 3 sessões diárias às 16h, 18h e 20h. O ingresso é um brinquedo novo a ser doado para as CUFA – Central Única das Favelas. No Teatro Lala Scheneider – Rua 13 de Maio, 629 – Inf

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