Empreendedorismo

Kwai divulga estudo inédito sobre a força dos jovens de classe média no Brasil

Se os jovens de 16 a 34 anos da classe média fossem um Estado, obtendo a segunda maior renda do Brasil, ficando atrás apenas do Estado de São Paulo. 

Eles fazem parte de uma geração de nativos digitais que anseiam pelas conexões, se preocupam com a sociedade como um todo e são consumidores criativos, que estão cada vez mais próximos das marcas. Ou seja: os representantes do presente e do futuro do Brasil. 

O dado faz parte da pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva, num projeto contratado pelo Kwai for Business , plataforma de negócios do Kwai , app de criação e compartilhamento de vídeos curtos. O estudo procura ilustrar quem é esse público, definindo suas características, seus comportamentos e sua importância para os diferentes segmentos da economia brasileira.

A classe média no geral representa nada menos do que 70% da população, contabilizando mais de 116 milhões de brasileiros, sendo 41,4 milhões de jovens.

“Há um entendimento bastante claro de que este público é um dos principais segmentos em termos demográficos e de consumo em território nacional. Nosso objetivo com esse estudo é detrinchar os hábitos de consumo e entender melhor a relação dele com os aplicativos e as redes sociais”, comenta Paulo Fernandes, diretor da Kwai para Negócios nas Américas. 

De acordo com a pesquisa, que entrevistou cerca de 1.500 brasileiros entre 16 e 34 anos, a classe média têm as redes sociais como segundo ativo mais importante da sua vida, perdendo apenas para os aplicativos de banco entre os mais jovens, e plataformas de mensagens instantâneos para a geração de 35+.

Autoimagem e identidade 
O estudo esmiúça como a classe média se autodefine. Quem tem idade entre 16 e 34 anos dentro desse segmento destaca a dimensão racial (41%), a idade (47%) e o gênero (58%) como características importantes na definição da própria identidade. Entre uma população com mais de 35 anos, esse ranking muda um pouco e fica composto da seguinte forma: papel na família (52%) em primeiro lugar, seguido por gênero (50%) e trabalho/profissão (48%).

Principais interesses e consumo
Entre os assuntos considerados como importantes para essa geração, a música (60%) se classifica em primeiro lugar, e 7 entre cada 10 jovens da classe média consideram de suma importância conhecer novos artistas. Carreira (57%) e bem-estar (56%) completam o top 3 da lista de interesses. 

No quesito de identificação, o grupo se reconhece mais com as marcas do que os mais idosos, sendo que 72% evidenciam que têm uma que define a sua identidade. O estudo também ressalta que, enquanto a classe média de até 34 anos se identifica mais com marcas esportivas, aqueles do mesmo estrato com 35 anos ou mais preferem as que estão fornecendo à tecnologia.

A pesquisa também revela que a principal categoria de consumo entre os jovens desse segmento é o vestuário (60%). Higiene e beleza (54%) e alimentos para preparar (54%) compõem a lista empatados em segundo lugar.

Bancarização 
Outro ponto preciso nesse diagnóstico é como esse público se relaciona com as finanças. No que se refere ao acesso a serviços financeiros, a combinação de contas entre bancos digitais e tradicionais é uma opção mais comum tanto para os jovens quanto para os mais velhos. Porém, entre os últimos é mais frequente o uso exclusivo das instituições tradicionais e entre os primeiros é mais corriqueiro o acesso exclusivo aos digitais.

Apenas 12% dos jovens possuem contas abertas apenas em bancos tradicionais, 28% em bancos digitais, 50% possuem embaixadas e 10% declararam não ter conta em nenhuma instituição financeira.

“Essa geração representa um mercado com muito potencial no Brasil. Eles são um público mais digitalizado, mais escolarizado e mais econômico comparados ao total da população. Esses jovens querem espaços e plataformas onde se sintam representados, 84% disseram se identificar com marcas que trazem elementos do seu dia a dia e 77% preferem marcas que valorizam a cultura local do país”, comenta Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

Metodologia da pesquisa
As entrevistas para a pesquisa quantitativa foram realizadas entre os dias 1 e 19 de setembro de 2022, com 1.500 pessoas, com ou mais de 16 anos, dos 26 estados e do Distrito Federal – ao todo são 27 unidades federativas. As cotas para a amostra foram: região, escolaridade, gênero, idade e classe social. Os dados foram ponderados por região, escolaridade, idade e sexo segundo os parâmetros do Pnad 2021, IBGE. Além disso, foram considerados da classe média a população com renda per capita entre R$ 534,00 e R$ 4.556,00.

 

Sobre o Instituto Locomotiva
Fundado em 2016, o Instituto Locomotiva nasceu para transformar dados em estratégias e ações para que empresas, instituições públicas e organizações do terceiro setor dialogam com uma população cada vez mais forte e exigente. O instituto desenvolve pesquisas e estudos com variedades de metodologias, colocando-se ao lado dos cidadãos e consumidores como porta-voz de suas demandas.

Redação JBA Notícias

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