Uma parcela de 29,9% de empresários aposta na estabilidade dos negócios e outros 25,6% não possuem opinião sobre o assunto. As expectativas desfavoráveis para o 2º semestre de 2023 somam 16,9%.
O índice entre aqueles que esperam crescimento em suas receitas (27,7%) é o menor da série histórica da pesquisa, iniciada em 2001. Na segunda metade de 2022 o grau de otimismo do empresariado do Paraná correspondia a 49,7% e foi para 36,1% no 1º semestre deste ano.
“O fator preponderante apontado na pesquisa é a estabilidade com relação ao faturamento das empresas nos setores de comércio, serviços e turismo neste semestre. O cenário macroeconômico dos últimos meses tem apresentando melhora com a desaceleração da inflação e aumento do PIB, o que tende a gerar reflexos positivos durante o segundo semestre. Com relação aos desafios, notou-se uma preocupação grande com relação ao levantamento anterior no tocante à carga tributária, o que se pode também atribuir a atual tramitação do tema no Congresso Nacional. No que diz respeito ao mercado de trabalho, quesito que o Paraná tem se destacado, aumentou a tendência de manutenção dos postos de trabalho nos segmentos levantados”, analisa o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt.
Expectativa positiva por porte
Os microempreendedores individuais são os mais confiantes no Paraná, com 33,3% de expectativas favoráveis. Entre os dirigentes de empresas de pequeno porte, 28,6% estão confiantes, bem como 27% entre as microempresas. Entre os gestores de empresas de médio e grande porte, 24,3% estão seguros de que vão obter melhores resultados nos meses restantes do ano.
Expectativa positiva por setor
O turismo é o setor com maior expectativa favorável, com 29,5%. O comércio fica na sequência, com 28,6% de projeções positivas, e no setor de serviços o grau de otimismo abrange 26,3% dos empresários.
Investimentos
Dos empresários ouvidos pela Fecomércio PR e pelo Sebrae/PR, 29,4% pretendem investir. Outros 51,6% afirmam que não farão investimentos nos próximos meses e 19% ainda não se decidiram.
Para o diretor-técnico do Sebrae/PR, César Reinaldo Rissete, os resultados ligados à manutenção e aumento do faturamento, além da expectativa sobre a equipe de colaboradores, demonstram cenário favorável para os próximos meses.
“Mesmo com otimismo moderado, é possível notar que quem empreende vê potencial de melhora, principalmente quando um em cada três negócios pretende realizar algum investimento. Além disso, o aquecimento da economia e a perspectiva de crescimento dos negócios econômicos no Brasil são fatores de impacto no mercado e devem refletir em nosso estado”, aponta Rissete.
As áreas beneficiadas com investimentos serão a de modernização de instalações, máquinas e equipamentos, propaganda e marketing, capacitação da equipe e nova linha de produtos ou serviços. Neste semestre, observa-se maior disposição em destinar mais recursos em maquinário e instalações, informática e tecnologia da informação, nova empresa ou segmento e frota de veículos.
Expectativa favorável por região
Curitiba e Região Metropolitana concentram o maior índice de empresários confiantes para a segunda metade do ano, com 32,3%, valor ligeiramente menor do que os 35,1% registrados no início do ano.
Por sua vez, Maringá possui 28,6% de empreendedores confiantes; em Ponta Grossa os otimistas somam 27,6%; em Londrina, 24,4%; na região Oeste são 21,2% e, no Sudoeste são equivalentes a 20,5%.
Principais dificuldades
A principais dificuldades apontadas pelos empresários paranaenses para o 2º semestre são praticamente as mesmas elencadas no início do ano, porém com aumento nas preocupações relacionadas principalmente à carga tributária, mão de obra qualificada, falta de incentivo governamental, instabilidade econômica e acesso ao crédito.
Quadro funcional
A maioria dos entrevistados, 71,9%, afirma que manterão ou aumentarão o quadro de funcionários, sendo que 47,4% esperam seguir como estão e 24,5% enxergam possibilidade de crescimento. O índice de novas contratações caiu em relação ao 1º semestre, passando de 27,4% para 24,5% neste semestre.
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