Manifestantes ocuparam a avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25) para participar de um ato em apoio a Jair Bolsonaro.
O ex-presidente convocou a manifestação pelas redes sociais e disse que deseja, no evento, “se defender de todas as acusações” feitas contra ele nos últimos meses. Bolsonaro se tornou investigado em 8 de fevereiro pela Polícia Federal por suspeita de participar de uma tentativa de golpe de Estado que o manteria no poder após as eleições de 2022.
“O povo brasileiro não merece viver esse momento, onde tão poucos, pouquíssimos, causam tanto mal entre nós. Nós ainda podemos fazer muito pela nossa pátria. A liberdade é um bem maior, mas ao longo de meus quatro anos como presidente da república, nós aprendemos que esse bem não é pétreo, não é eterno”.
Michelle Bolsonaro abriu a série de discursos programados para o ato.
A ex-primeira-dama, que é também presidente do PL Mulher, abriu sua fala com uma oração e chorou.
“Eu sei que nosso Deus do alto dos céus irá nos conceder o socorro. Não tem sido fácil, mas estamos de pé. Eu vivo um dia de cada vez”.
Silas Malafaia, patrocinador do evento, citou a Bíblia e falou contra o ministro Alexandre de Moraes, que, segundo o pastor, disse que a extrema direita tem que ser combatida na América Latina. Como o ministro do STF tem lado? (…) Isso é uma vergonha! É uma afronta ao povo!”
Ele também convocou os manifestantes a cantar o Hino da Independência do Brasil.
Os apoiadores de Bolsonaro costumavam levar cartazes e faixas com ataques ao Supremo Tribunal Federal em protestos bolsonaristas, como relembrou o jornal O Globo.
Os manifestantes levaram neste domingo (25) bandeiras do Brasil e de Israel ao ato.
Também participam da manifestação Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), prefeito da capital paulista, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador de Goiás.
Tarcísio de Freitas disse que Bolsonaro nunca pegou nada ara si e sempre respeitou Israel.