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Manutenção inédita na maior estação elevatório de esgoto do Paraná

A Estação Elevatória de Esgoto (EEE) Piraquara, da Sanepar, passou nos dias 17 e 18 de fevereiro por uma intervenção inédita desde que foi implantada, há 12 anos.

É a maior estrutura de bombeamento de esgoto da Companhia no Paraná.

Com capacidade de 900 litros por segundo (l/s) e vazão média diária de 750 l/s, recebe 40% de todo o volume diário de esgoto que chega à Estação de Tratamento Atuba Sul, em Curitiba, que é a segunda maior ETE do Estado.

A manutenção é necessária para garantir o bom funcionamento dos equipamentos, que sofrem desgaste natural com o tempo de operação.

O trabalho foi planejado e executado pelas equipes da Sanepar, com apoio de terceirizados e acompanhamento de técnicos em Segurança do Trabalho da Companhia.

Ao todo, cerca de 50 profissionais se revezaram por mais de 40 horas no serviço. O processo envolveu a rede coletora de esgoto parcial ou total dos municípios de Curitiba, Colombo, Campina Grande do Sul, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais, o que representa uma grande movimentação de efluente, já que a Piraquara é uma elevatória-tronco.l

A estrutura de Piraquara é uma das 22 elevatórias de Curitiba e RMC e recebe por gravidade esgoto da rede coletora da Capital e de outros municípios da região, e é o último ponto de chegada do efluente até a ETE Atuba Sul.

Para a execução do serviço foi necessário coordenar a interrupção e o desvio do fluxo de esgoto da EEE Piraquara com o funcionamento de outras elevatórias.

Agente de Suporte Operacional, Rafael Aparecido Paglia é um dos vários técnicos da Gerência de Tratamento de Esgoto que participaram da ação. Ele explica uma parte do trabalho que possibilitou a parada total necessária à operação.

“Alinhamos o funcionamento e a interrupção do fluxo de elevatórias de Quatro Barras, Piraquara, São José dos Pinhais e Pinhais. A elevatória Weissópolis, em Pinhais, foi usada para escoar a vazão desviada da rede coletora da Piraquara para mitigar o extravasamento nos pontos críticos”, contou.

“Para isso, utilizamos uma bomba de lóbulos estacionária com vazão média de 200 l/s. A elevatória Maracanã, em Pinhais, também precisou de intervenção para que o fluxo não comprometesse os trabalhos. Todo este procedimento foi para podermos baixar o nível do poço da elevatória Piraquara e fazer o bloqueio total do fluxo”, completou.

“Dentre as várias intervenções executadas na estrutura, no poço de 10 metros de profundidade foram feitas a troca do pedestal da bomba 1, a manutenção no recalque e no tubo-guia de duas das três bombas do sistema, além de manutenção nas bombas 1 e 3. Cada uma das três bombas pesa duas toneladas. A limpeza da elevatória durou pelo menos seis horas, necessitou de quatro caminhões e resultou na retirada de mais de 40 toneladas de areia”, acrescentou o eletricista da Gerência Eletromecânica de Curitiba, Rafael Rodrigo Fiori.

O trabalho foi planejado e executado por equipes da Macrossistemas da Gerência de Tratamento de Esgoto e de Esgoto da Gerência Eletromecânica de Curitiba.

Foi a primeira vez que manutenções corretiva e preventiva tão complexas foram feitas na maior elevatória de esgoto da Sanepar.

“Das primeiras inspeções à execução, foi um trabalho arquitetado ao longo de mais de um ano. O planejamento antecipado de cada etapa do trabalho, todos os cuidados que tomamos para desviar o fluxo do esgoto para a ETE, com o mínimo impacto ao meio ambiente ou à rede da Sanepar, tudo trouxe como resultado um serviço extremamente satisfatório, concluído sem intercorrências, no prazo e com qualidade, e a experiência e o empenho da equipe foram o principal ingrediente da realização do serviço sem imprevistos”, disse o coordenador de Manutenção Eletromecânica Esgoto da GEMCT, Rodrigo Fonseca Moreira.

Redação JBA Notícias

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