Mercado de pizzarias segue aquecido, com consumidor mais exigente pela qualidade e sabor
Participação crescente de camadas sociais que representam 84% da população fomenta profissionalização do setor das pizzas
O segmento das pizzarias é um dos que mais cresce no setor alimentício brasileiro. Um levantamento da Associação de Pizzarias Unidas do Brasil (APUBRA) aponta que, de 2008 a 2022, o número de estabelecimentos no País cresceu 603%, passando de cerca de 12 mil para 112 mil. E isso é reflexo, também, da paixão nacional por pizza – que, inclusive, tem no dia de hoje uma data reservada no calendário especialmente para ela.
Ainda de acordo com a APUBRA, 95% das pizzarias são classificadas como microempresas e 54% como MEI, o que demonstra como o segmento ajuda a impulsionar o pequeno empreendedor e a economia interna.
As projeções da Food Consulting apontam para um faturamento total do segmento no País na casa dos R$ 22 bilhões por ano, o que significa que cada pizzaria fatura, em média, R$ 45 mil por mês. De acordo com o Instituto ConPizza, são comercializadas aproximadamente 1,5 milhão de pizzas por dia no Brasil.
“O cenário é muito favorável. O crescimento atualmente está em torno de 15 a 20%. Cerca de 70% dos consumidores pertencem às classes C, D e E, 20% da classe B e 10% da classe A. Então, o mercado que mais cresce e movimenta o setor de pizzarias é o das classes C, D e E”, diz Ronaldo Ayres, conhecido como ‘Sr. Pizza’, parceiro da Farinha de Trigo Mirella.
Segundo ele, um fato curioso desse cenário é que a parcela de consumidores das classes C, D e E é a responsável, também e principalmente, pelas constantes mudanças no mercado de pizzas, pois são esses consumidores que mais ‘aprenderam’ a comer pizza, que adquiriram mais conhecimento sobre o prato e, consequentemente, tornaram-se mais exigentes em relação às opções e qualidade da produção.
Essas três camadas sociais representam, segundo levantamento da Tendências Consultorias, 84% do total da população brasileira, o que dá uma dimensão do público em potencial para o consumo desse alimento no País.
Que este é um mercado extremamente atraente, não há dúvidas. Porém, como qualquer negócio, ele exige, acima de tudo, qualificação profissional, o que envolve um sistema constante de treinamento e a utilização de produtos de alta qualidade para se manter competitivo frente aos concorrentes.
“Hoje em dia, para se manter no mercado, cada dono de pizzaria ou pizzaiolo tem que se renovar a todo momento, usando a criatividade dentro do seu ‘laboratório’. Com as altas das mercadorias fica difícil para o dono repassar os preços aos clientes”, aponta.
Falta de mão de obra qualificada
O Sr. Pizza ressalta que o grande gargalo do setor ainda é a falta de mão de obra qualificada. “Por isso temos observado cada vez mais a implantação de novas tecnologias, justamente para suprir essa ausência de profissionais”.
Mas, uma oportunidade vista por ele, é a abertura de novas vagas para pessoas de 40 a 60 anos de idade. “Elas ainda têm muita energia, têm muita bagagem. E é interessante observar que nos Estados Unidos esse movimento já vem acontecendo. Então, está na hora de movimentar o setor por aqui também, ‘abrindo um leque’ para profissionais dessa faixa etária”, argumenta.
Nesse sentido, participar de feiras do setor e cursos ajudam não só na capacitação para o ofício como também atualizam os conhecimentos daqueles que produzem diariamente o segundo alimento consumido no mundo, tendo em vista que a pizza perde apenas para o hambúrguer nos lares e restaurantes.
Matéria-prima de qualidade garante sucesso com o cliente
A escolha de matérias-primas de qualidade é uma das dicas do Sr. Pizza para o sucesso do negócio. Nesse campo, Ayres comenta que há diversas marcas italianas que enxergam o Brasil como um mercado potencial e em expansão e, por isso, exportam seus produtos para cá. Mas ele reforça que o país já é capaz de produzir matéria-prima de qualidade, bem como já produz.
“Quanto a esse assunto, um ótimo exemplo é a farinha Mirella, do Grupo Ocrim. Sou parceiro da marca há quase 20 anos e é uma linha que se adequa muito bem às pizzas de longa fermentação, por exemplo, sendo mais leve, agradável e com melhor digestibilidade. Inclusive, acredito que ela está em um nível superior às internacionais, pois é produzida com um trigo de alta qualidade em um processo que privilegia todo o potencial do grão”, compartilha.
Para finalizar, o especialista compartilha algumas dicas importantes para quem deseja empreender no ramo. “O primeiro passo é buscar conhecimento, além de treinamentos e qualificações da mão de obra. O segundo passo é estar sempre conectado com a tecnologia e inovação, pois isso te diferencia, te destaca e te torna competitivo em meio a tantas opções. E o terceiro é optar por sempre trabalhar com produtos de excelência, de marcas idôneas, de empresas que buscam certificações e se preocupam com o que será oferecido ao público final”.
Sobre a Ocrim
Tradição e qualidade são pilares do Grupo Ocrim, indústria de farinha de trigo, produtos para panificação, confeitaria e uso doméstico, além de massas, biscoitos e ração animal. Com 71 anos de história e pioneira na região Norte, detém oito marcas e é uma das principais empresas de moagem de trigo do Brasil.
Sólido, dinâmico e correto com o meio ambiente, tem moinhos em São Paulo (SP), Belém (PA) e Manaus (AM), uma fábrica de massas e biscoitos em Ananindeua (PA) e uma fábrica de ração em Manaus. A rigorosa cadeia produtiva garante a excelência do portfólio, composto pelas farinhas Mirella, Trigolar, Ambra e Amorati, biscoitos Trigolino e Zalppi, massas Ricosa, Trigolino, Ambra, Amorati e rações Family Plus.