As montadoras do Paraná estão aplicando férias coletivas para enfrentar a queda nas vendas de veículos.
Está difícil de projetar o que acontecerá até o fim do ano com o mercado de veículos leves.
As causas para a queda nas vendas, com números muito fortes para o começo do ano,
Um dos pontos relevantes foi a rápida subida de preços, reflexo da combinação de fatores como inflação e consequente salto dos juros de financiamento para até perto de 30% ao ano, custos de componentes,
escassez de chips, problemas logísticos e também novas exigências sobre emissões, consumo de combustível e itens de segurança passiva e ativa.
O fenômeno é mundial, muitas montadoras deixaram de fabricar modelos durante a pandemia devido à falta de insumos como os semicondutores − responsáveis por parte do funcionamento do seu circuito elétrico.
Além disso, houve um aumento da demanda dessa peça para produção de chips que as pessoas utilizam em eletrodomésticos, celulares e computadores, o que dificulta ainda mais a disponibilidade desse material para o setor automobilístico.
Segundo a consultoria Jato Dynamics, nos últimos cinco anos, o preço médio saltou 85% e, atualmente, se situa em R$ 135 mil.
A média ponderada deve ficar abaixo disso, já que os modelos mais baratos ainda têm peso relevante.
Se o critério for o de número de salários mínimos (SM) para adquirir um carro, o aperto aumentou de 28 SM para 50 SM no mesmo intervalo.
Tudo isso afetando as vendas de carros zero no país.
No começo do ano passado as vendas já registravam queda .
Um sinal preocupante de revendedoras é que o fato ocorreu após a escalada tanto de preços quanto do custo de financiamento dos automóveis, o resultado negativo se deu num momento de maior disponibilidade de produtos nas lojas, dada a puxada na produção das montadoras no fim do ano passado
Esta segunda-feira marca o início do período de férias coletivas, anunciadas pelas montadoras
Volkswagen e
General Motors (GM) para milhares de trabalhadores do interior paulista.
A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Peugeot e Citröen, também liberou dois turnos de trabalho nesta segunda, com retorno previsto para o dia 6 de abril.