O Brasil enfrenta um cenário econômico desafiador para 2025, as condições internacionais não são favoráveis, com uma perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos, maior protecionismo, inflação mais elevada e uma valorização do dólar. Essas pressões externas criam um ambiente difícil para o crescimento do país.
Em 2024, o Brasil vivenciou um cenário de grande volatilidade cambial, por isso, o dólar chegou a atingir R$6,80, uma valorização de 27% em relação ao ano anterior (2023), refletindo uma incerteza generalizada no mercado financeiro. A política fiscal, associada às tensões externas, como o aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, causou uma fuga de capitais, pressionando o valor da moeda brasileira.
A desvalorização do real foi motivada pela crescente demanda por dólares, o que, por sua vez, impactou diretamente os custos e as margens de lucro das MPEs. “Com um cenário de maior estabilidade política e fiscal, é possível que o real se valorize em 2025, desde que o governo consiga transmitir confiança e implementar políticas consistentes”, afirma Joseph Couri, presidente do SIMPI.
As pressões inflacionárias devem manter a inflação ao redor de 5%, e o Banco Central, apesar de aumentar os juros, ainda enfrenta dificuldades para atingir a meta de inflação de 3%, o que tem gerado mais efeitos negativos do que positivos para a economia.
O mercado de câmbio continuará sendo um tema central para o mercado financeiro. O Economista Gustavo Loyola afirma ainda que o dólar justo no dia de hoje seria em torno de R$5,00, embora as tensões internas e externas ainda possam causar volatilidade. No entanto, outro desafio significativo para 2025 será o controle da inflação.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) superou a meta do governo, alcançando 4,87% até novembro, o que levou o Banco Central a manter a taxa de juros elevada em 12,25% ao ano até o final de 2024. Segundo a Pesquisa de Economia Bancária da Febraban, mais de 80% das instituições bancárias acreditam que a taxa Selic pode atingir 15% ao ano até junho. “A taxa de juros elevada continua a impactar negativamente o crédito e o consumo, principalmente para as Micro e Pequenas Empresas e MEI, que têm mais dificuldade de acesso a recursos financeiros com a taxa de juros atuais e com tendências a aumentar”, explica Couri.
Em 2025, a expectativa é de que o Banco Central continue com sua política de juros elevados, dificultando a recuperação do consumo e dos investimentos. A inflação, se mantida nesse nível, também afetará o poder de compra dos consumidores, pressionando os negócios de menor porte a ajustar seus preços e estratégias.
Embora o cenário macroeconômico seja desafiador, há sinais positivos em algumas frentes. A taxa de desemprego no Brasil alcançou um mínimo histórico de 6,1% em 2024, e a criação de empregos formais teve um desempenho positivo, com um saldo de 2,2 milhões de novas vagas, segundo o Governo Federal. Para 2025, a expectativa do mercado financeiro é de que haverá crescimento do PIB entre 1,5% e 2%, afirma o economista Felipe Prince, mas setores como o agronegócio ainda podem apresentar oportunidades, especialmente se as condições climáticas forem favoráveis.
“O grande desafio de 2025 não será o crescimento do PIB, mas a possível escalada da Selic para 15%, que sufoca o crédito e inviabiliza a expansão dos Pequenos Negócios. Com juros tão altos, investir, contratar e até manter o fluxo de caixa se torna um desafio diário”, alerta Couri.
As Micro e Pequenas Empresas e MEI, que representam a maior parte do mercado de trabalho no Brasil, têm um papel crucial no processo de recuperação econômica. “Apesar dos desafios econômicos, as Micro e Pequenas Empresas e MEI têm grande potencial de impulsionar o crescimento e gerar novos postos de trabalho. O desafio será em encontrar soluções inovadoras, melhorar a gestão e se adaptar ao novo ambiente”, ressalta Joseph Couri.
A expectativa é de que 2025 seja um ano de desafios para a economia brasileira. Por isso, os empresários de Micro e Pequenas Empresas e MEI, em particular, precisarão enfrentar a pressão de uma economia com juros altos e restrição de crédito, enquanto buscam adaptar-se a um mercado em transformação.
Sobre o SIMPI
Com 35 anos de atuação, o SIMPI sempre atuou na defesa incondicional das Micro e Pequenas Empresas e dos MEI’s. O SIMPI realiza o programa de TV ‘A Hora e a Vez da Pequena Empresa’, veiculado em rede nacional pela Rede Vida, COMBRASIL e outros 48 canais comunitários, com grande engajamento nas redes sociais, somando mais de 8 milhões de visualizações mensais.
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