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Esporte

Mil histórias na inauguração do acervo de Sicupira no Memorial dos Esportes

O evento para confirmar a doação de parte do acervo do ex-jogador e ídolo do Athletico, Barcímio Sicupira para o Memorial do Esporte Paranaense, foi oportunidade para os presentes ouvirem muitas histórias  engraçadas, muitos elogios ao craque em campo e também como comentarista e ser humano.
O evento “Ei, Craque”, promovido pela Secretaria do Esporte do Paraná, reuniu jornalistas, ex-jogadores, convidados e a família do “Craque da 8”.
Em formato de mesa redonda interativa, mediada pelo radialista e apresentador Osmar Antônio, o encontro teve a participação de convidados, como os ex-jogadores e ex-técnicos, Capitão Hidalgo, Levir Culpi, Alfredo Gottardi, Zequinha e Nivaldo, que estiveram com Sicupira em clássicos do futebol paranaense na década de 1970.
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Capitão Hidalgo elogiou a inteligência de Sicupira, que se movimentava em campo para fugir de confrontos com zagueiros duros e assim marcava gols, além da lealdade como adversário nas disputas dos Atletibas.
Nivaldo, ex-jogador rubro-negro, lembrou do exemplo de Sicupira para estudar, enquanto Zequinha e Alfredo Gottardi abordaram as qualidades técnicas, o gosto pelo truco e o jogo do dominó, com cuba libre.
José Domingos Borges Teixeira citou o início da carreira de Sicupira, a ida do Coritiba para o Ferroviário em 1.962 e os destaques como artilheiro no inicio da carreira com destaques para uma especialidade, o gol de bicicleta.
ei-craque-sicupiraLevir Culpi citou a convivência com o pescador Sicupira e suas “histórias mentirosas”, enquanto o desembargador Antônio Loyola destacou conhecer Sicupira ainda na equipe de basquete da Sociedade Thalia, antes de tentar carreira no Coritiba como juvenil, ficando na reserva até que o pai, capitão Sicupira, o levou para o Ferroviário.
O comentarista Valter Xavier destacou um gesto do craque Sicupira fora de campo. Num período difícil de sua vida, capotou o carro que usava como representante comercial e não teve condições, nem crédito para comprar um carro novo. Sicupira comprou o carro em seu nome, financiou e no final do pagamento das prestações por Xavier, passou o veículo para o nome do amigo.
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O acervo doado conta com recortes de jornais, camisas, fotos históricas, entre outros documentos. Agora, vão fazer parte do Memorial do Esporte Paranaense, que fica em Curitiba, administrado pela secretaria estadual.
Mariana, filha de Sicupira falou em entrevista à Rádio Banda B, emissora que o ex-jogador foi comentarista, sobre o acervo doado.

– Ele tinha uma churrasqueira cheia de troféus e outras coisas, tinha guardadas várias camisas de cada time em que jogou, tinha também troféus de truco, entre outras coisas. Aí eu ofereci para o Centro de Memória, eu sabia que podiam aproveitar muito mais do que a gente.

Sicupira faleceu em 2021, como jogador, ele iniciou seu caminho no Athletico em 1968 e atuou por oito anos na equipe. Até hoje é o maior artilheiro da história do Furacão, com 158 gols marcados.

O secretário Helio Wirbiski, explica que o Ei Craque é um espaço criado para preservar e valorizar as pessoas, profissionais e personagens que contribuíram para história do esporte do Estado.

“Quem faz história deixa um legado e a iniciativa da família do Sicupira em doar parte de seu acervo ao nosso Memorial do Esporte é louvável. O evento é uma forma de compartilharmos esse belo gesto com o público amante do futebol”, diz.

Wirbiski ainda comenta sobre os feitos do craque da camisa 8. “Ele serviu de inspiração para muitos outros paranaenses se dedicarem ao futebol, foi um jogador diferenciado, que se notabilizou vestindo as camisas de clubes como o Ferroviário, o Botafogo do Rio, Botafogo de Ribeirão Preto, Corinthians e Athletico Paranaense. Depois, foi um dedicado diretor de futebol do Colorado e se destacou também como comentarista de rádio e televisão”, lembra.

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