Seis sugestões à Prefeitura de Curitiba foram aprovadas pelos vereadores da capital do Paraná nessa quarta-feira (15), ao término da sessão plenária. A venda de miniaturas dos ônibus da Linha Turismo, para ajudar no financiamento do transporte público, e a instalação de portais nos bairros da cidade, com espaço para exploração publicitária, foram os dois requerimentos mais debatidos hoje na Câmara Municipal de Curitiba (CMC).
Amália Tortato (Novo) contou em plenário como seu primo, de cinco anos, ficou empolgado após uma visita ao Museu do Transporte, mantido pela empresa Volvo, e saiu de lá com uma miniatura do ônibus biarticulado. “Ele me disse que queria também uma miniatura do ônibus de dois andares da Linha Turismo”, disse a vereadora, que foi pesquisar a respeito e descobriu que há alguns anos, na linha de produtos Leve Curitiba, essas peças já eram vendidas aos turistas (205.00018.2023).
“A venda das miniaturas seria uma fonte de receita extra tarifária para o sistema de transporte, que é deficitário, equilibrado graças a subsídios da Prefeitura de Curitiba”, justificou Amália Tortato, lembrando que tem insistido em formas alternativas de financiamento do sistema, como a colocação de publicidade nos ônibus e venda do naming rights das estações-tubo, por exemplo. Oscalino do Povo (PP) elogiou a proposta e o Museu do Transporte, enquanto Osias Moraes (Republicanos) destacou que a venda do bibelô levaria à divulgação de Curitiba no país todo.
Portais dos Bairros
Na mesma linha de sugerir formas alternativas de renda ao Executivo, o vereador Eder Borges (PP) compartilhou com o plenário uma conversa que teve com empresários da cidade, do ramo da comunicação visual, que sugeriram a ele a ideia de Curitiba ter portais na entrada dos principais bairros. “Construídos em parceria com a iniciativa privada, eles trariam a história da cidade com informações turísticas e espaço para publicidade”, explicou o parlamentar (205.00042.2023).
A ideia foi comemorada por Rodrigo Marcial (Novo) e Rodrigo Reis (União), mas, em especial, acerca do uso de painéis de LED como suporte para a exploração publicitária dos novos portais. “Há alguns anos, esse tema foi debatido e encontrou resistência na Secretaria do Urbanismo. No Centro Histórico, [a publicidade em painéis] poderia pagar a manutenção dos prédios. Com certeza, empresas teriam interesse em explorar a publicidade [nesses locais]”, concordou Reis.
Parque do Barreirinha
O vereador Leonidas Dias (Solidariedade) teve o apoio da Câmara Municipal para sugerir à Prefeitura de Curitiba a instalação de um espaço para comercialização de alimentos no parque Barreirinha (205.00038.2023). “O parque é um importante espaço da região Norte que precisa ganhar mais vida. A instalação do comércio lá pode ser [nos] moldes do que já tem nos parques Barigui, Tingui e Bacacheri”, disse. Dias destinou R$ 160 mil em emendas para a revitalização da área.
Três emendas do vereador Professor Euler (MDB) tiveram o aval da CMC. Na primeira, ele sugere ao Executivo o plantio de árvores ao redor das pistas de prática esportiva que contornam o parque Barigui (205.00033.2023). Na outra, a adoção de uma nova sinalização visual na Rodoferroviária de Curitiba, com numeração sequencial nos pilares (205.00040.2023). “Ela pode ser igual ao dos aeroportos, com letras e números, ajudando usuários de aplicativos de transporte e comerciantes a se localizarem. Não altera a parte estética e é muito simples de ser feita”, argumentou.
Na última das suas emendas, Euler pediu que a Prefeitura de Curitiba busque uma solução para o entroncamento das ruas Renato Pollati, José Benedito Cottolengo e Luiz Ronaldo Canalli no Campo Comprido (205.00041.2023). Nessa discussão, Tico Kuzma (Pros) pediu a palavra para reportar que a topografia da região dificulta intervenções na região. “A prefeitura já fez um projeto, mas ele foi rejeitado pelos moradores, por causa das mudanças na direção das vias”, relatou Kuzma, que elogiou a sugestão em razão de ela reavivar o debate sobre o problema da área.
Apesar de não serem impositivos, os requerimentos aprovados na CMC são uma das principais formas de pressão do Legislativo sobre a Prefeitura de Curitiba, pois são manifestações oficiais dos representantes eleitos pela população e são submetidos ao plenário, que tem poder para recusá-los ou endossá-los. Por se tratar de votação simbólica, não há relação nominal de quem apoiou a medida – a não ser os registros verbais durante o debate, que ficam disponíveis à população no canal do YouTube ou nas notas taquigráficas.
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