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Política

Ministro André Mendonça nega transferência relatoria dos processos de acordos de leniência para Gilmar Mendes

 


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, recusou um pedido para transferir a relatoria dos processos relacionados a acordos de leniência da Lava Jato para o ministro Gilmar Mendes.
A ação foi movida pelos partidos PSOL, PCdoB e Solidariedade, que buscavam suspender as multas aplicadas a empresas processadas na operação Lava Jato.
Os partidos alegaram que Gilmar Mendes deveria ser o relator por prevenção, uma vez que ele já havia relatado um mandado de segurança relacionado a um acordo de leniência que estabeleceu a Controladoria-Geral da União (CGU) como o único órgão responsável pelas negociações com as empresas.
As multas aplicadas somam mais de R$ 8 bilhões.
André Mendonça destacou que a distribuição do processo foi regular no Supremo e que não havia qualquer identidade entre a ação sobre as multas e o mandado de segurança relatado por Gilmar Mendes, que tratava da declaração de idoneidade de uma empresa e não dos pagamentos.
Gilmar Mendes é crítico da Lava Jato e dos acordos negociados pelo Ministério Público Federal (MPF).
 

Após recusar a ação, André Mendonça enviou o despacho para a presidente do Supremo, ministra Rosa Weber.

Observadores políticos estranham o pedido feito pelos partidos e desconfiam do verdadeiro interesse por trás da ação.

Entendem que o verdadeiro interessado seria o PT e que a indisposição de Gilmar Mendes está relacionada a delações que incluem representantes do judiciário entre os beneficiados pelos desvios de corrupção.

MORO

O senador Sérgio Moro (União-PR) reagiu às falas do decano do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes contra ele.

Em entrevista ao programa Amarelas On Air, da revista VEJA, afirmou que a maior contribuição do governo Bolsonaro foi ter tirado Moro de Curitiba e “tê-lo devolvido ao nada”.

O decano do STF ainda afirmou que Moro e outros agentes da Lava Jato “gostam muito de dinheiro”.

Na mesma entrevista, Gilmar Mendes reiterou suas críticas ao ex-juiz e à Operação Lava-Jato.

Moro expressou sua insatisfação com as “mentiras e ofensas” feitas por Mendes a seu respeito, e lamentou a quebra de decoro judicial por parte do magistrado.

“Lamento nova quebra de decoro judicial, que não reflete a tradição do Supremo Tribunal Federal. Definitivamente, não tenho a mesma obsessão pelo ministro Mendes”, afirmou o senador.

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