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Cultura

Nunca foi à feirinha? Então, vá!

Oswaldir Ehlke Scholz

Caixinha de fósforo com uma rica e detalhada representação do presépio, papéis de bala, em profusão, estruturados em vestido de festa, panos de pratos ricamente bordados, pêssankas ucranianas, conjunto de xícaras para café ou chá com requintada pintura a mão, peças de roupas artesanais, bijuterias para todos os gostos, telas e painéis pintados – ou com tinta acrílica ou a óleo, peças em gesso e resina para decoração, brinquedos em feltro… e muito, muito mais!

Esse muito mais está por conta da imensa variedade de produtos que a chamada “Feirinha do Largo da Ordem” oferece a turistas e curitibanos. Artigos para colecionadores, como selos e moedas, bem como uma nutrida opção gastronômica, são outros atrativos que agradam em cheio a todos aqueles que visitam a maior feira do gênero no Brasil.

A feira de arte e artesanato funciona aos domingos, no horário das 9 às 14 horas, e reúne cerca de 900 expositores de artesanato e mais de 100 de Artes Plásticas, de acordo com informações obtidas no IMT – Instituto Municipal de Turismo, órgão responsável pelo evento.

A história das feiras de artesanato em Curitiba começou a ter importância no final da década de 1960, quando funcionava na Praça Osório, então conhecida como “feirinha hippie”. No início dos anos 70, um grupo de artistas populares instala-se na Praça Zacarias para divulgar sua arte. À mercê do tempo, sem apoio governamental, os artesãos expunham seus produtos sobre panos esticados na calçada. Nos idos de 1972, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. fixa, então, a feira no Largo da Ordem.

Nos dias de hoje, o “mapa” da feira engloba as ruas São Francisco, Mateus Leme, Largo da Ordem, Claudino dos Santos, Praça Garibaldi, Jaime Reis, Dr. Muricy, Dr. Kellers e seus prolongamentos. Tangrian Santos, coordenadora das feiras de artesanato de Curitiba, esclarece que o nome oficial da chamada feirinha do Largo da Ordem é “Feira de Arte e Artesanato Garibaldi”.

A título de curiosidade, o largo era o espaço onde os tropeiros descansavam seus cavalos quando vinham do interior e de outros estados, em meados do século XVIII. No centro desse espaço há um bebedouro que servia para saciar a sede dos animais. No entorno do largo muitos prédios de caráter histórico foram construídos para atender atividades comerciais requeridas, na época. Ali também se encontra a igreja mais antiga de Curitiba, a Igreja da Ordem, construída em 1737.  Erigida junta à Praça Coronel Enéas, é separada da Catedral Metropolitana apenas por uma quadra. A Igreja da Ordem, terceira de São Francisco das Chagas, é o edifício mais antigo de Curitiba, ainda existente, e abriga o Museu de Arte Sacra de Curitiba, uma boa (e surpreendente) opção para visita.

Ao longo do tempo, a feira se tornou um dos programas atrativos para as manhãs de domingo no centro histórico de Curitiba.  Se você ainda não conhece a Feira de Arte e Artesanato Garibaldi acolha o meu convite. Reúna-se ao contingente estimado de 20 a 25 mil pessoas que encontram nesse espaço a oportunidade de socialização, convivência humana e desfrute de produtos culturais.

Tomo a liberdade, em especial, de convidá-lo – caríssimo leitor – para dar uma espiada em meu expositor de telas e painéis, situado na pracinha em frente à Sociedade Garibaldi. Minha pintura é figurativa. Retrata a figura humana, elementos e objetos da natureza.

Oswaldir Ehlke Scholz
Oswaldir Ehlke Scholz

OSWALDIR EHLKE SCHOLZ  Mestre em Administração. Atuou como professor universitário na FAE, lecionando a disciplina de Teoria Geral de Administração. Foi Superintendente-Executivo do Centro de Integração Empresa-Escola, no Paraná – CIEE-PR. Escritor. Artista Plástico. Lapeano, 77 anos.

 

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