Cultura

Olhar de Cinema bate recorde de público e já contabiliza mais de 10 mil pessoas

Desde a última quarta-feira (12), a 13ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba está ocupando as salas de cinema da capital paranaense com longas e curtas-metragens nacionais e internacionais.

Mais de 10 mil pessoas já foram conferir as produções durante os primeiros dias da programação, que vai até o dia 20 de junho.

A abertura oficial da edição ocorreu na Ópera de Arame com a estreia do aguardado longa de Marcelo Gomes, “Retrato de um Certo Oriente”, em um telão de mais de 470 polegadas. A sessão exclusiva contou com um público de mais de 1.500 pessoas que assistiram em primeira mão a adaptação da obra de Milton Hatoum“Relato de um Certo Oriente”, ganhador do Prêmio Jabuti. Tanto o autor, quanto o cineasta estiveram presentes na premiére, que contou com cineastas e convidados de todo o Brasil.

Recorde de público e próximas exibições

Por mais um ano, o Olhar de Cinema bateu recorde de ocupação de um único dia das salas do Cine Passeio.

“Estamos com alta adesão do público no Olhar de Cinema para as mais variadas mostras. Desde quarta-feira, estamos com várias sessões esgotadas de estreias de filmes já aguardadas pelos cinéfilos de plantão, assim como de clássicos reapresentados em versão restaurada no cinema. Ainda temos várias exibições pela frente nas salas de cinema, assim como diferentes seminários sobre assuntos variados da sétima arte, que são abertos ao público e transmitidos de forma online”, comenta Antônio Gonçalves Júnior, diretor do Olhar de Cinema.

Até a quinta-feira (20), o festival exibe várias produções, como a estreia nacional do filme “Praia Formosa”(Brasil | 2024 | 90’), primeiro longa de ficção da cineasta Julia De Simone, que conta a história de Muanza, uma mulher oriunda do Reino do Congo, que foi traficada para o Brasil no século XIX e desperta nos dias atuais no Rio de Janeiro; a estreia mundial de “Um Dia Antes de Todos os Outros” (Brasil | 2024 | 73’), de Fernanda Bond e Valentina Homem, que explora as relações de cuidado entre mulheres, refletindo sobre a quem pertence a tarefa do cuidado, social e historicamente, na sociedade; e da estreia da versão digitalizada do curta “A Guerra do Pente” (Dir. Nivaldo Lopes | Brasil | 1986 | 45’), que aborda um dos mais conhecidos acontecimentos históricos da capital paranaense.

Confira abaixo todas as sessões para os próximos dias:

DIA 17/06 (segunda-feira)

Mostra Competitiva Brasileira

– “O Rancho da Goiabada, ou Pois é Meu Camarada, Fácil, Fácil Não é a Vida” (Dir. Guilherme Martins | Brasil | 2024 | 72’)

Sinopse: Em trânsito entre a área urbana e a rural, entre os “subempregos” e a informalidade na capital paulista, e os “boias-frias” nas plantações de cana do interior do estado, o filme se encontra com diferentes camadas de subalternização do proletariado contemporâneo. Construindo como dispositivo a interação de um personagem fictício com contextos e figuras da realidade, Guilherme Martins expande a proposta desenvolvida em seu curta-metragem quase homônimo para abordar de maneira mordaz, ainda que bem humorada, perenes questões sociais brasileiras.

Sessões: 17 de junho, às 15h45, no Cine Passeio Ritz;

 

– “O Sol das Mariposas” (Dir. Fábio Allon | Brasil | 2024 | 105’)

Sinopse: Após a partida do seu marido, Marta luta para manter funcionando o seu sítio de café, resistindo aos avanços de um emergente agronegócio pelo interior do Paraná da década de 1970. Na medida em que sua relação com a colega Juliana se torna mais forte, vai ficando mais claro que o ambiente adverso e conservador ao seu redor é um risco tão grande quanto a promessa das geadas de um inverno inclemente. Neste que é seu primeiro longa ficcional em direção solo, Fábio Allon ousa ao propor uma narrativa histórica com fortes tintas dramáticas, explorando paisagens pouco filmadas das áreas rurais do Paraná.

Sessões: 17 de junho, às 14h15, no Cine Passeio Luz;

– “Praia Formosa” (Dir. Julia De Simone | Brasil | 2024 | 90’)

Sinopse: Dando prosseguimento a uma extensa pesquisa audiovisual a partir da região portuária do Rio de Janeiro, Julia De Simone realiza um primeiro longa ficcional que mistura tempos ao redor da região do Cais do Valongo. Tomando como protagonista Muanza, mulher nascida no Congo e trazida ao Brasil pela escravização, o filme vagueia por encontros entre personagens e paisagens que reforçam tanto a permanência cruel das raízes coloniais brasileiras quanto a resiliência e os laços formados pela população afro-brasileira, com atenção especial às mulheres.

Sessões: 17 de junho, às 21h35, no Cinemark Mueller;

– “Caravana da Coragem” (Dir. Pedro B. Garcia | Brasil | 2024 | 24’)

Sinopse: Três amigos, de diferentes regiões do Distrito Federal, se encontram em um parque à noite e contam seus medos, detalhando-os. O filme dirigido por Pedro B. Garcia percorre a cidade rabiscando as imagens enquanto o áudio ecoa, misturando-se ao anseio de vida e movimentação.

Sessões: 17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;          

*Este curta será exibido com “Mawtini”, “Mamántula” and “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério”

– “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério”(Dir. Clari Ribeiro | Brasil | 2024 | 21’)

Sinopse: Trabalhando novamente com uma imaginação transfuturista, o cinema de Clari Ribeiro produz um Rio de Janeiro que, em 2054, precisa combater uma “Ordem da Verdade” a partir da formação de um clã liderado pela travesti Dahlia, a cobra Salacione e várias bruxas e bruxos que, juntes, farão essa “liga da justiça” neon tropical contra os caçadores de seres místicos. Usando os códigos do cinema de gênero (a ficção científica, o horror), o filme se propõe a exceder o gênero como identidade (o futuro será trans, ou não será). Participação especial de Helena Ignez e Zezé Motta.

Sessões: 17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;

*Este curta será exibido junto com “Minha Pátria”, “Caravana da Coragem” e “Mamántula”

Mostra Competitiva Internacional

– “As Noites Ainda Cheiram a Pólvora” (“The Nights Still Smell Of Gunpowder” | Dir. Inadelso Cossa | Moçambique, França, Alemanha,Portugal |2024 | 92’

Sinopse: É noite em Moçambique. As marcas e cicatrizes da guerra civil ainda estão vivas. Borrando as linhas entre ficção e realidade, entre arquivos, relatos e encenação, Inadelso Cossa visita sua avó. Neste austero retrato de sua região natal, o cineasta confronta as memórias desbotadas de sua família e de seu país, investigando as fotografias, escutando as memórias e revirando o passado em busca de ouvir os fantasmas de outros tempos.

Sessões: dia 17 de junho, às 14h, no Cinemark Mueller;

– “Pepe” (“Pepe” | Dir. Nelson Carlos De Los Santos Arias | República Dominicana, Namíbia, Alemanha, França| 2024 | 122’)

Sinopse: O narrador diz ser um hipopótamo. Ele não sente o passar do tempo, mas conta de seu passado. Pepe, o primeiro e único hipopótamo morto nas Américas, interpretado por diferentes vozes e idiomas ao longo do filme, transmite pela oralidade histórias dos lugares por onde passou. Nelson Carlo de Los Santos Arias apresenta com senso de humor e inventividade apurados um filme que se reinventa a todo instante entre dispositivos, abordagens, relatos e memórias de África às Américas.

Sessões: 17 de junho, às 18h45, no Cinemark Mueller;

– “Mamántula” (“Mamántula” | Dir. Ion de Sosa | Espanha, Alemanha | 2023 | 45’)

Sinopse:Uma criatura sedenta por sangue e sexo está a solta. Ela seduz, se satisfaz e depois mata brutalmente seus amantes, mas ninguém sabe ao certo quem ou o que está causando essa série de assassinatos. A cidade está em alerta e a comunidade queer atenta, todos aterrorizados com o apetite insaciável do monstro. Cabe a duas detetives a missão de desvendar o mistério e colocar um fim na jornada sangrenta de Mamántula.

Sessões: 17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;

*Este será exibido junto com “Minha Pátria”, “Caravana da Coragem” e “Se Eu To Por Aqui é Por Mistério”.

– “Minha Pátria” (“Mawtini” | Dir. Tabarak Abbas | Suíça | 2023 | 13’)

Sinopse: Nesta animação, Tabarak Allah Abbas se inspira na história de seus pais para criar um universo distópico durante a guerra de Bagdá. Nesse contexto, Siham e Rakan precisam lutar contra robôs invasores para escapar da cidade e proteger o futuro de seu filho recém nascido.

Sessões: 17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;

*Este curta será exibido junto com “Caravana da Coragem”, “Mamántula” and “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério”

 

Mostra Novos Olhares

 “Idade da Pedra” (Dir. Renan Rovida | Brasil | 2024 | 70’)

Sinopse: Escrito, dirigido e protagonizado por Renan Rovida, “Idade da Pedra” acompanha as andanças de Terceiro Mundo, um homem sem-teto que mergulha numa deriva onírica pelas ruas da capital paulista. Fragmentos de tempos passados e presentes se enlaçam nessa dança entre memória, sonho e desejos de insurreição, em que a subjetividade de uma pessoa à margem favorece a reflexão crítica sobre um Brasil profundamente contraditório. Nesse limiar entre real e imaginado, a dureza da vida e a beleza dos afetos caminham lado a lado numa experiência radical pela metrópole de concreto, lixo e gente.

Sessões: 17 de junho, às 2h30, no Cine Passeio Luz;

– “Perdendo a Fé” “Die Ängstliche Verkehrsteilnehmerin”| Dir. Martha Mechow | Áustria, Alemanha |2023 | 100’)

Sinopse: A jovem e inquieta Flippa parte em busca de sua irmã, Furia. O reencontro a conduz a uma inusual comunidade na Sardenha, onde os modos de se relacionar e a experiência de constituir família são bastante distintos daqueles que ela conheceu na infância. Sem tentar ordenar ou conter a transitoriedade, Martha Mechow acompanha, em seu primeiro longa-metragem, a personagem e seus questionamentos, compondo uma ficção que se alia à sua protagonista na obstinada procura por formas de encarar e desfazer os nós que a condicionam.

Sessões: 17 de junho, às 16h20, no Cinemark Mueller;

Mostra Olhar Retrospectivo

 “Millennium Mambo” (“Qian xi man bo” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 2001| 119’) – Sinopse: Vicky relembra, dez anos depois, momentos da sua juventude passados exatamente na virada do milênio, especialmente relacionamentos amorosos frustrados e muitas vezes abusivos. Aqui, Hou Hsiao-hsien realiza a proeza de filmar o presente como se fosse uma reminiscência, apoiado na presença ao mesmo tempo melancólica e luminosa de sua atriz principal, Shu Qi. O filme é considerado um marco do cinema do começo do século XXI, e embora seja o décimo-quarto longa do diretor, foi um dos que mais diretamente influenciou muitos cineastas pelo mundo todo, inclusive no Brasil.

Sessões: 17 de junho, às 17h30, no Cine Passeio Ritz;

– “Tempo de viver e tempo de morrer“ (“Tóngnián wangshì” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 1985 | 138’)

Sinopse: Segunda parte da chamada trilogia “coming of age” do diretor, o filme acompanha o protagonista, apelidado Ah-ha, ao longo da sua infância e adolescência em Taiwan, entre o final da década de 1940 e começo dos anos 1960. Filmado na cidade em que ele cresceu, o longa não só é baseado nas memórias de Hou Hsiao-hsien como, inclusive, tem sua narração em off feita pelo próprio diretor. Embora seja seu sexto longa-metragem, ele foi o primeiro a ser exibido num dos maiores festivais de cinema do mundo (Berlim) e inaugura o período que o próprio Hou considera ser aquele em que encontra um estilo próprio de cinema.

Sessões: 17 de junho, às 14h, no Cinemark Mueller;

 

Mostra Foco

– “Lagoa do Nado – A Festa de Um Parque” (Dir. Arthur B. Senra | Brasil | 2024 | 77’)

Sinopse: Documentário que recupera a história da emergência de um movimento plural enraizado em Belo Horizonte ao final dos anos 1980, em torno da defesa da região da Lagoa do Nado. Um rico material de arquivo oral e visual dá a ver a força dessa organização política orgânica em prol da preservação ambiental e da memória de um lugar, entendido enquanto um bem comum. Uma luta permeada pelo sentido de celebração, em que música, capoeira, skate, dança e as artes engajaram distintos grupos sociais, alimentando a vontade de partilha ao forjar uma ideia de comunidade.

Sessões: 17 de junho, às 14h, no Cine Passeio Ritz;

– “Ouvidor” (Dir. Matias Borgström | Brasil | 2023 | 74’)

Sinopse: A maior ocupação artística da América Latina, situada no centro de São Paulo, entrelaça a luta por moradia à reflexão sobre as possibilidades da livre criação. Neste documentário em que as intervenções realizadas no espaço urbano e as feitas na imagem da tela imprimem desejos e movimentos de transformação social, a experiência de uma coletividade heterogênea em busca de autonomia é encarada desde dentro. Quando uma nova edição da Bienal de Arte, até então realizada de forma autogerida pelos grupos residentes, recebe o patrocínio de uma grande multinacional, debates e reavaliações passam a também habitar os espaços do prédio.

Sessões: 17 de junho, às 20h, no Cine Passeio Ritz;

Mostra Exibições Especiais

– “A Transformação de Canuto” (Dir. Ariel Ortega, Ernesto de Carvalho | Brasil | 2023 | 130’)

Sinopse: Em uma comunidade Mbyá-Guarani na fronteira entre Brasil e Argentina, um filme está sendo produzido para contar a história de Canuto, um homem que, há muitos anos, passou pela transformação em onça e teve um fim trágico. É do encontro entre Ariel Kuaray Ortega, os integrantes da sua aldeia de origem, e Ernesto de Carvalho, que nasce esse filme-processo dotado de uma linguagem híbrida, que vislumbra a interseção entre diferentes saberes e desejos de cinema, às voltas com a possibilidade de se tornar um “outro” inapreensível. Premiado no IDFA e no Festival de Brasília.

Sessões: 17 de junho,às 21h20, no Cinemark Mueller;

– “Do Tempo Que Eu Comia Pipoca” (Dir. Heloísa Passos, Catherine Agniez | Brasil | 2001 | 18’)

Sinopse: Em um característico táxi alaranjado, em uma também característica tarde com mudanças climáticas abruptas, uma mulher (interpretada por Guta Stresser) chega a Curitiba, sua cidade natal. Nesse passeio pelas paisagens da cidade no início dos anos 2000, Heloisa Passos e Catherine Agniez pintam com cores vibrantes a experiência nostálgica, atribuindo ao retorno da personagem (e, agora, ao nosso no tempo) um senso de reinvenção a partir da memória que se tornaria característico do trabalho de Passos como diretora. Filmado em 35mm, a exibição no Olhar de Cinema faz parte do lançamento de uma nova cópia digital do curta-metragem.

Sessões: 17 de junho, às 19h50, no Cinemark Mueller;

*Este curta será exibido com “Osório” e “Viva Volta”.

– “Mário” (Dir. Billy Woodbury | Portugal, França | 2024 | 120’)

Sinopse: Billy Woodberry, um dos nomes centrais do movimento La Rebellion nos anos 1970-80, cria um retrato íntimo de Mário Pinto de Andrade (1928 - 1990), importante intelectual, ativista e poeta angolano e um dos grandes articuladores do movimento pan-africanista pela soberania dos países africanos. Ao combinar entrevistas com um vasto material de imagens de arquivo, o filme nos convida a embarcar nessa viagem historiográfica que transcende o retrato individual, tecendo uma rede que conecta sujeitos fundamentais para o cinema, as artes e a luta contra as forças colonialistas.

Sessões: 17 de junho, às 17h05, no Cinemark Mueller;

– “Mário de Andrade, o Turista Aprendiz” (Dir. Murilo Salles | Brasil | 2023 | 92’)

Sinopse: Em 1976, são lançadas, postumamente e sob o título de “O Turista Aprendiz”, as anotações feitas por Mário de Andrade durante viagem realizada pelo Rio Amazonas, numa travessia que antecedeu a publicação de sua obra mais consagrada, o livro “Macunaíma”, de 1928. Com uma experimentação visual arrojada e em constante reinvenção, Murilo Salles recompõe essa jornada, navegando pelas memórias, particularidades, originalidades e contradições de um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX, com um olhar que se propõe a encarar as complexidades do personagem e de seu tempo.

Sessões: 17 de junho, às 16h30, no Cine Passeio Luz;

– “Osório” (Dir. Heloísa Passos, Tina Hardy | Brasil | 2008| 12’)

Sinopse: Apropriando-se com originalidade de um clássico mote do cinema, o de personagens que observam a vida através das janelas, Heloisa Passos e Tina Hardy registram uma praça no centro de Curitiba conforme encarada pela perspectiva de uma personagem (interpretada por Fernanda Farah) que encarna dúvidas silenciosas. Exibido no festival em nova cópia digital, o filme combina encenação ao exercício observacional, mostrando que o fora e o dentro se encontram quando aquilo para o que olhamos também nos olha de volta.

Sessões: 17 de junho, às 19h50, no Cinemark Mueller;

*Este curta será exibido com “Do Tempo Que Eu Comia Pipoca” e “Viva Volta”

– “ Viva Volta” (Dir. heloísa Passos | Brasil | 2005 | 15’)

Sinopse: Em uma travessia no tempo e no espaço embalada pelas notas do trombonista Raul de Souza, o curta-metragem acompanha o reencontro do músico com sua amiga e parceira artística, Maria Bethânia, e com seu estado de origem, o Rio de Janeiro, após anos vivendo fora do país. Narrado pelo próprio Raul, falecido em 2021, o filme de Heloisa Passos, relançado em nova cópia digital no Olhar de Cinema, recompõe memórias e fragmentos da história do inventor do “souzabone”, um trombone elétrico de sonoridade particular que deixou a marca do virtuoso instrumentista no cenário da música internacional.

Sessões: 17 de junho, às 19h50, no Cinemark Mueller;

*Este curta será exibido com “Do Tempo Que Eu Comia Pipoca” e “Osório”.

DIA 18/06 (terça-feira)

 

Mostra Competitiva Brasileira

– “Praia Formosa” (Dir. Julia De Simone | Brasil | 2024 | 90’)

Sinopse: Dando prosseguimento a uma extensa pesquisa audiovisual a partir da região portuária do Rio de Janeiro, Julia De Simone realiza um primeiro longa ficcional que mistura tempos ao redor da região do Cais do Valongo. Tomando como protagonista Muanza, mulher nascida no Congo e trazida ao Brasil pela escravização, o filme vagueia por encontros entre personagens e paisagens que reforçam tanto a permanência cruel das raízes coloniais brasileiras quanto a resiliência e os laços formados pela população afro-brasileira, com atenção especial às mulheres.

Sessões: 18 de junho, às 14h15, no Cine Passeio Luz;

– “Um Dia Antes de Todos os Outros” (Dir. Valentina Homem, Fernanda Bond | Brasil | 2024 | 73’)

Sinopse: Enquanto a jovem Sofia improvisa rimas com suas amizades na comunidade em que vive, sua mãe, Marli, organiza a desocupação do apartamento de classe média alta em que trabalhou por boa parte da vida como cuidadora. Velhos sonhos e novos planos surgem no horizonte desse último dia de trabalho. Nesta ficção de muitas camadas, Fernanda Bond e Valentina Homem nos envolvem com sensibilidade no universo íntimo de suas personagens, revelando o afeto e também as dinâmicas de poder que atravessam as relações de três gerações de mulheres com importantes diferenças entre si.

Sessões: 18 de junho, às 21h30, no Cinemark Mueller;

– “Povo do Coração da Terra” (Dir. Coletivo Guahu’i Guyra | Brasil | 2024 | 39’)

Sinopse: Do céu, Nhanderu envia raios que brevemente iluminam a terra numa dessas várias noites em que é preciso estar alerta. Uma noite na qual pessoas correm pelo meio do mato para tomar aquilo que é seu. Em território Guarani, esses raios riscam o espaço desfazendo fronteiras demarcadas por arames farpados, permitindo que o filme elabore a dança da guerra, do sonho e, sobretudo, da reconquista coletiva do tekoha daquelas pessoas. Combinando cenas de enfrentamento com a própria luta pelo direito ao cotidiano, à reza, ao plantio e à meditação, o filme do Coletivo Guahu’i Guyra monta suas imagens como um ritual de reverência aos seus.

Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Luz;

*Este curta será exibido junto com “Cavaram uma cova no meu coração”, “O lado de fora fica aqui dentro” e “Desde então, estou voando”.

– “Capturar o Fantasma” (Dir. Davi Mello | Brasil | 2024 | 12’)

Sinopse: Um fantasma que ronda uma família, mas que só é possível ser visto pelas mulheres. As ausências que uma morte predestinada deixa, converte-se em um buraco. Quando o silêncio é de uma filha para com seus pais, o buraco se torna mais profundo. O vazio se torna tão presente que agora é capaz de ser visto também pelos homens.

Sessões: 18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz;

*Este curta será exibido junto com “Contrações”, “Sonhos como barcos de papel”, “Rinha” e “Caindo”.

– “Cavaram uma Cova no meu Coração” (Dir. Ulisses Arthur | Brasil | 2024 | 24’)

Sinopse: O afundamento do solo causado por uma mineradora para a extração de sal-gema, resulta em buracos e rachaduras nas residências de moradores do bairro de Bebedouro, em Maceió. O risco iminente de desabamento, faz com que o bairro fique desabitado, deixando espaço para a exploração do território, até que uma gangue de adolescentes planeja destruir a máquina responsável pelo afundamento, fazendo da imaginação uma possibilidade de habitar um território inabitável.

Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;

*Este curta será exibido junto com “Povo do coração da terra”, “O lado de fora fica aqui dentro” e “Desde então, estou voando”.

– “O Lado de Fora Fica Aqui Dentro” (Dir. Larissa Barbosa | Brasil | 2023 | 25’)

Sinopse: Uma cidade industrial nos arredores de Belo Horizonte é vivenciada por duas irmãs, Marina e Núbia. Refletindo sobre seus corpos e seus trabalhos, as duas identificam as lacunas entre os trabalhadores negros, construção e a perda de acesso da cidade. Quando Marina encontra Maria, uma mulher que habita um dos prédios mais antigos da capital, a memória de que “a montanha, um dia, já foi mar” revela um aspecto mais sombrio que as duas, juntas, terão de enfrentar.

Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz

*Este curta será exibido junto com “Povo do coração da terra”, “Cavaram uma cova no meu coração” e “Desde então, estou voando”

– “Rinha” (Dir. Rita M. Pestana | Brasil | 2023 | 22’)

Sinopse: Assumindo os cuidados do pai alcoólatra, Cássia se vê presa em uma espiral. Herdando a função de taxista e apostador de galo de rinha, a filha se torna, aos poucos, o pai, com suas angústias e responsabilidades. Entre cuidar do outro e cuidar de si, quanto espaço sobra para entendermos o que é nosso? Mergulhada em silêncios, Cássia precisará descobrir seus desejos ou vai acabar afogada em uma rotina imposta.

Sessões:  18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz;

*Este curta será exibido junto com “Contrações”, “Capturar o Fantasma”, “Sonhos como barcos de papel” e “Caindo”

Mostra Competitiva Internacional

– “Ivo” (“Ivo” | Dir Eva Trobisch | Alemanha | 2024 | 104’)

Sinopse: Acompanhamos de perto os dias de Ivo, uma profissional voltada para cuidados paliativos domiciliares, entre suas visitas regulares a pacientes e o tempo escasso dedicado à vida pessoal. Uma das pacientes é também sua amiga, Solveigh, portadora de uma doença incurável, e a relação próxima entre elas vai demandar decisões difíceis por parte de Ivo. O segundo longa da alemã Eva Trobisch é uma ficção intimista que explora com sensibilidade a relação entre cuidado, trabalho e a autonomia sobre os próprios corpos, fazendo coexistir sentimentos tão intensos quanto contraditórios face ao cotidiano da morte.

Sessões: 18 de junho, às 18h45, no Cinemark Mueller;

– “Pepe” (“Pepe” | Dir. Nelson Carlos De Los Santos Arias | República Dominicana, Namíbia, Alemanha, França| 2024 | 122’)

Sinopse: O narrador diz ser um hipopótamo. Ele não sente o passar do tempo, mas conta de seu passado. Pepe, o primeiro e único hipopótamo morto nas Américas, interpretado por diferentes vozes e idiomas ao longo do filme, transmite pela oralidade histórias dos lugares por onde passou. Nelson Carlo de Los Santos Arias apresenta com senso de humor e inventividade apurados um filme que se reinventa a todo instante entre dispositivos, abordagens, relatos e memórias de África às Américas.

Sessões: 18 de junho, às 14h, no Cinemark Mueller;

– “Caindo” (“Falling” | Dir. Anna Gyimesi | Hungria, Bélgica, Portugal | 2023 | 16’)

Sinopse: Usando imagens de arquivo pessoal, o filme vai montando um quebra-cabeças bastante emotivo, construído a partir do depoimento de uma mulher, na faixa dos seus 40 anos, cuja maternidade a coloca diante das nebulosas fronteiras entre o senso de autopreservação, o amor pela filha e a compreensão de que essa mesma filha pode, em breve, ter autonomia legal para realizar o mais radical dos procedimentos com a própria vida. Um filme que abre – sem nunca ter a pretensão de resolver – as brechas do medo e da culpa, mas também do afeto e da esperança, desafiando uma série de tabus não só sobre a maternidade, mas sobretudo sobre doenças mentais.

Sessões: 18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz;

*Este curta será exibido junto com “Contrações”, “Capturar o Fantasma”, “Sonhos como barcos de papel” e “Rinha”

-“Contrações” (“Contractions” | Dir. Lynne Sachs | Estados Unidos | 2024 | 12’)

Sinopse: Em junho de 2022, a Suprema Corte dos Estados Unidos permitiu que vários estados do páis acabassem com o direito das mulheres de terem autonomia sobre seus corpos e, desde então, 21 estados da federação passaram a criminalizar o aborto, entre eles o Tennessee. Em Memphis, cidade do Tennessee, Lynne Sachs usa suas décadas de experiência de produção de contraimagens feministas para conduzir uma performance com 14 mulheres e alguns de seus companheiros, criando invisíveis visibilidades e emudecidos discursos diante de uma clínica de aborto cujo trabalho precisou ser interrompido depois dessa decisão.

Sessões: 18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz;

–  “Desde então, Estou Voando” (“O Gün Bu Gündür, Uçuyorum” |Dir.Aylin Gökmen | Suíça | 2023 | 19’)

Sinopse: Existe a memória das montanhas, do primeiro amor num campo de algodão, das mulheres que, naquela tribo nômade curda, controlavam a organização social. Existe a memória da mãe. Um homem mais velho lembra de tudo isso, mas lembra também de quando ele foi preso e torturado, como se houvesse sempre uma guerra por trás de paisagens idílicas e silenciosas. Mas a tortura não consistia em machucar seu corpo. Os inimigos sabiam que aquilo que mais doeria na sua pele seria ferir a identidade de seu povo a partir da quebra de um interdito cultural.

Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;

*Este curta será exibido junto com “Povo do coração da terra”, “Cavaram uma cova no meu coração” e “O lado de fora fica aqui dentro”.

 “Sonhos como Barcos de Papel” (“Des Rêves en Bateaux Papiers” | Dir. Samuel Suffren| Haiti | 2023 | 19’)

Sinopse: Edouard vive com sua filha Zara em Porto Príncipe, Haiti, há 5 anos e, desde que sua esposa foi embora, tudo que eles possuem de recordação é uma fita cassete enviada por ela. Pai e filha sentem a expansão da ausência que esse áudio não consegue suprir, mas Edouard ainda enxerga a mulher como memória viva.

Sessões: 18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz;

Mostra Novos Olhares

 “Geração Ciborgue” (“Cyborg Generation” | Dir. Miguel Morillo Vega | Espanha | 2024 | 63’)

Sinopse: Kai Landre tem 18 anos, e um desejo enorme de se sentir mais conectado ao espaço sideral que nos circunda. No entanto, Kai não vai se conformar com a abstração dessa necessidade que sente, e a partir do contato com uma série de artistas ciborgues, idealiza uma forma de alterar seu corpo que permita o estabelecimento dessa conexão. A partir dessa premissa aparentemente futurista, o filme nos ancora no cotidiano de personagens absolutamente reais e algumas novas maneiras de lidar com os eternos dilemas da juventude, sempre em busca de formas mais plenas de estar nesse mundo.

Sessões: 18 de junho, às 16h50, no Cinemark Mueller;

– “Perdendo a Fé” “Die Ängstliche Verkehrsteilnehmerin”| Dir. Martha Mechow | Áustria, Alemanha |2023 | 100’)

Sinopse: A jovem e inquieta Flippa parte em busca de sua irmã, Furia. O reencontro a conduz a uma inusual comunidade na Sardenha, onde os modos de se relacionar e a experiência de constituir família são bastante distintos daqueles que ela conheceu na infância. Sem tentar ordenar ou conter a transitoriedade, Martha Mechow acompanha, em seu primeiro longa-metragem, a personagem e seus questionamentos, compondo uma ficção que se alia à sua protagonista na obstinada procura por formas de encarar e desfazer os nós que a condicionam.

Sessões: 18 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;

Mostra Olhar Retrospectivo

– “Café Lumiere” (“Kôhî jikô”| Dir. Hou Hsiao-hsien | Japão | 2003 | 108’)

Sinopse:Em uma Tóquio contemporânea, Yoko pesquisa a vida e obra de um músico taiwanês. Ela está grávida de um homem com quem não quer casar e perambula pela cidade em busca de um café que o músico frequentava. No ano do centenário de nascimento do cineasta japonês Yasujiro Ozu, Hou Hsiao-hsien o homenageou com a realização deste filme, produzido pela produtora japonesa Shochiku. Cheio de referências ao clássico de Ozu, “Era uma Vez em Tóquio”, o filme nos transporta para uma cidade filmada de tal maneira que parece nos lembrar de outros tempos.

Sessões: 18 de junho, às 15h45, no CInemark Mueller;

 “Adeus, Ao Sul” (“Nan guo zai jian, nan guo” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 1996 | 116’)

Sinopse: Hou Hsiao-hsien volta-se novamente para o presente de Taiwan. O cenário é um submundo de crimes, jogos e arriscadas apostas, no qual seguimos Gao, líder que guiará um pequeno grupo de marginais em esquemas sem muito futuro. Em meio às luzes noturnas e a sujeira do meio, encontramos um filme denso e agitado, em profundo contato com a falta de perspectiva de seus protagonistas. Exibido no Festival de Cannes de 1996, é considerado um dos melhores filmes dos anos 90 pela revista Cahiers du Cinema.

Sessões: 18 de junho, às 18h20, no Cinemark Mueller;

Mostra Pequenos Olhares

– “Almadia” (Dir. Mariana Medina | Brasil | 2024 | 8’)

Sinopse: Nesta animação dirigida por Mariana Medina acompanhamos a história de um jangadeiro e sua família, suas jornadas que por um momento se distanciam no mar e em terra firme, e que voltam a se entrelaçar em uma nova perspectiva de amor e memória.

Sessões: 18 de junho, às 9h e às 14h, no Teatro da Vila;

*Este curta será exibido com “Ana e as Montanhas”, “Camille” e “Pororoca”. Atenção: Nos dias 15 e 16 de junho às 13h este filme será exibido no Cine Passeio dentro do PGM Matinê que conta com os filmes: Casa na árvore, Almadia e Lagrimar

– “Ana e as Montanhas” (Dir. Julia Araújo e Carla Villa-Lobos | Brasil | 2024 | 13’)

Sinopse: Após perder uma de suas mães, Ana começa a enfrentar uma batalha: de um lado, o amor e o afeto de quem se ama deixa de existir e do outro, a briga de adultos supostamente interessados em seu bem-estar. Entre entender o que de fato está acontecendo e deixar ser inundada pelas memórias de sua mãe, Ana escolhe o mundo além das montanhas e dos arco-íris.

Sessões: 18 de junho, às 9h e às 14h, no Teatro da Vila

*Este curta será exibido com “Almadia”, “Camille” e “Pororoca”

– “Ária” (Dir. Arthur P. Motta | Brasil | 2023 | 13’)

Sinopse: Ária acaba de ingressar em uma escola de música, mas a empolgação da realização desse sonho diminui à medida em que ela encontra dificuldades para se enturmar. Um de seus colegas de classe começa a importuná-la quando descobre que ela usa aparelho auditivo. Contudo, esse atrito se transforma em amizade durante uma situação em que eles precisam ajudar um ao outro.

Sessões: 18 de junho, às 10h e às 15h, no Teatro da Vila

*Este curta será exibido com “Casa na árvore”, “Lagrimar” and “Os Defensores de Típota”

– “Camille” (Dir. Denise Roldán | México| 2023 | 12’)

Sinopse: Camille quer fazer amizades no colégio onde estuda, mas as crianças parecem não notá-la de primeira. Esse cenário muda quando ela divide com uma colega o bolinho caseiro que sua mãe preparou. Percebendo que seus colegas gostam do bolinho, Camille faz vários deles e distribui no intervalo. Sua receita fica cada vez mais conhecida, até que a demanda perde o controle.

Sessões: 18 de junho, às 9h e às 14h, no Teatro da Vila

*Este curta será exibido com “Ana e As Montanhas”, “Almadia” e “Pororoca”.

– “Casa na Árvore” (Dir. Guilherme Lepca | Brasil | 2024 | 8’)

Sinopse: Ao chegar na escola Ariel percebe que o amigo Dudu não está. Motivo da falta? Ficou resfriado. Na imaginação de uma criança que tem como afazer principal, ir pra escola, a ausência pode significar uma permissão total para a brincadeira. E quem não quer brincar o dia todo? Ficar resfriado pode fazer parte do cotidiano de uma criança, mas não quando essa criança é Ariel.

Sessões: 18 de junho, às 10h e às 15h, no Teatro da Vila;

– “Lagrimar” (Dir. Paula Vanina | Brasil | 2023 | 14’)

Sinopse: Uma menina anda sozinha por uma mata seca, árida. Mas há algo na cabeça dela que produz vida. Porque em algum momento, sua caminhada é surpreendida por uma outra vida que brota dessa cabeça fértil. Nesse encontro, a possibilidade de uma amizade inusitada, mas também do florescimento de libertar essa amizade para que ela tome seus próprios rumos. A menina, quando chora, chora de despedida e igualmente de alegria. A terra, finalmente, umedece. Interessante trabalho de técnica de animação sobre fotos, bem como criativa brincadeira com a ideia de “ter minhoca na cabeça.”

Sessões: 18 de junho, às 10h e às 15h, no Teatro da Vila;

*Este curta será exibido “Casa na árvore”, “Ária” e “Os Defensores de Típota”. Atenção: Nos dias 15 e 16 de junho às 13h este filme será exibido no Cine Passeio dentro do PGM Matinê que conta com os filmes: Casa na árvore, Almadia e Lagrimar

– “Os Defensores de Típota” (Dir. Caio Guerra | Brasil | 2024 | 14’)

Sinopse: Um grupo de três amigos não consegue entrar em consenso sobre um trabalho escolar e acabam brigando. Para evitar a detenção, o professor propõe um jogo em que eles devem trabalhar juntos durante a partida para salvar o reino de Típota das garras do grande mago malvado.

Sessões: 18 de junho, às 10h e às 15h, no Teatro da Vila;

*Este curta será exibido com “Casa na árvore”, “Lagrimar” e “Ária”

– “Pororoca” (DirFernanda Roque e Francis Frank | Brasil | 2024 | 6’)

Sinopse: “Pororoca é o choque das águas de um rio caudaloso com as ondas do mar”. Assim, pelo menos, é como se costuma explicar esse fenômeno da natureza. Mas, por debaixo das águas, há uma outra história, que é uma história de amor. Entre um peixe-boi filho do senhor das águas doces, o Caboclo D’água, e uma baleia, a “xodó” do senhor das águas salgadas, Netuno. Desse encontro, surge uma inevitável porém proibida atração, delimitada por uma fronteira entre essas águas. Mas o amor produz desaguamentos…e pororocas.

Sessões: 18 de junho, às 9h e às 14h, no Teatro da Vila;

*Este curta será exibido com “Ana e as Montanhas”, “Camille” e “Almadia”

Mostra Olhares Clássicos

– “A Guerra do Pente” (Dir. Nivaldo Lopes | Brasil | 1986 | 45’)

Sinopse: Em 1959, a compra de um pente resultou em três dias de conflito generalizado no centro de Curitiba. Quase três décadas depois, Nivaldo Lopes, mais conhecido como “Palito”, acompanhado de outras importantes figuras da chamada “geração Cinemateca”, decide recontar esse episódio pitoresco. Em uma produção tão enérgica e insubmissa quanto os fatos que retrata, o filme é, ao mesmo tempo, a reconstituição de um acontecimento histórico e um retrato da realidade social e cinematográfica da cidade nos anos 1980. No ano em que as filmagens completam 40 anos, o festival exibe uma nova cópia digitalizada deste importante marco do cinema curitibano.

Sessões: 18 de junho, às 20h30, no Cine Passeio Ritz;

 

– “O Comboio do Medo” (“Sorcerer” | Dir. William Friedkin | EUA | 1977 | 121’)

Sinopse: Quatro homens exilados de seus países natais por distintos motivos se veem envolvidos numa arriscada operação de transporte de nitroglicerina em caminhões que atravessam precárias estradas do interior da América do Sul. Em seu primeiro trabalho depois dos sucessos enormes de “Operação França” e “O Exorcista”, Friedkin realiza um filme seco, direto e impactante. Baseado no romance que também originou o clássico francês “O Salário do Medo”, o filme teve a má sorte de ser lançado semanas depois de “Guerra Nas Estrelas”, tornando-se um grande fracasso de bilheteria. No entanto, Friedkin sempre o considerou um de seus favoritos, e com o tempo “O Comboio do Medo” passou a ser reconhecido pela força que o caracteriza.

Sessões: 18 de junho, às 21h15, no Cinemark Mueller;

Mostra Mirada Paranaense

– “Adam” (Dir. Ana Catarina | Brasil | 2023 | 14’)

Sinopse: Adam brinca com seus amigos, juntos eles criam memórias e uma amizade cativante. Em determinado momento, Adam se encontra solitário, seus amigos já não estão mais por perto, e apenas o campo da imaginação poderá responder algumas dúvidas.

Sessões: 18 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;

* Este curta será exibido com “Jacu Herói”, “Quarto Vazio” e “Esse navio vai afundar”.

 “Esse Navio Vai Afundar” (Dir. Luc da Silveira | Brasil | 2024 | 6’)

Sinopse: Este é um filme de casamento. Com várias imagens de um casamento em específico. Cenas que nos são familiares porque quase todo mundo faz vídeos de casamento, desde que a tecnologia se tornou disponível. Mas as imagens desse casamento se quebram, se rasuram, se distorcem e nos levam para outras imagens, agora de um pós casamento, quando os enquadramentos de praia e lazer se misturam a uma trilha fantasmática, estranha, fora de lugar. A marcha nupcial pode, de repente, se tornar uma marcha de guerra. Talvez este não seja um filme de casamento.

Sessões: 18 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;

*Este curta será exibido com “Jacu herói”, “Quarto vazio” e “Adam”.

– “Jacu Herói” (Dir. Pedro Carregã | BRasil | 2024 | 7’)

Sinopse: No curta-metragem universitário de Pedro Carregã, um jovem curitibano que trabalha em uma cabine de fotografias sente-se motivado a roubar o caixa, mas a entrada súbita de uma cliente muda seus planos.

Sessões: 18 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;

*Este curta será exibido com “Quarto vazio”, “Adam” e “Esse navio vai afundar”

 “Quarto Vazio” (Dir. Julia Vidal | Brasil | 2024 | 19’)

Sinopse: Um trauma, quando instaurado, é estabelecido no silêncio, no que não é dito. É o que acontece com Paula, que mesmo sendo amparada por pessoas a sua volta, inclusive seu marido com quem compartilha o luto, não consegue enfrentar o que a paralisa. A decisão de encarar o que restou, acaba sendo, neste caso, lidar com uma possibilidade que deixou de existir.

Sessões:  18 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;

*Este curta será exibido com “Jacu herói”, “Adam” and “Esse navio vai afundar”

Mostra Foco

 “Não Existe Almoço Grátis” (Dir. Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel | BRasil | 2023 | 74’)

Sinopse: Documentário que acompanha Socorro, Jurailde e Bizza, três moradoras do Sol Nascente (DF), a maior favela do Brasil, no comando de uma das cozinhas solidárias do MTST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, às vésperas da posse presidencial de Lula, em 2023. Nos preparativos para a distribuição de refeições gratuitas para as centenas de pessoas que viajaram para o evento, o filme retrata a vida e a luta das protagonistas através de entrevistas íntimas, num vislumbre de outras realidades possíveis em meio ao labor diário dos movimentos sociais. Premiado no Festival de Brasília.

Sessões: 18 de junho, às 14h, no Cine Passeio Ritz;

Mostra Exibições Especiais

– “Do Tempo Que Eu Comia Pipoca” (Dir. Heloísa Passos, Catherine Agniez | Brasil | 2001 | 18’)

Sinopse: Em um característico táxi alaranjado, em uma também característica tarde com mudanças climáticas abruptas, uma mulher (interpretada por Guta Stresser) chega a Curitiba, sua cidade natal. Nesse passeio pelas paisagens da cidade no início dos anos 2000, Heloisa Passos e Catherine Agniez pintam com cores vibrantes a experiência nostálgica, atribuindo ao retorno da personagem (e, agora, ao nosso no tempo) um senso de reinvenção a partir da memória que se tornaria característico do trabalho de Passos como diretora. Filmado em 35mm, a exibição no Olhar de Cinema faz parte do lançamento de uma nova cópia digital do curta-metragem.

Sessões:    18 de junho, às 14h15, no Cinemark Mueller;

*Este curta será exibido com “Osório” e “Viva Volta”.

– “Lista de Desejos Para Superagüi” (Dir. Pedrio Giongo | Brasil | 2024 | 72’)

Sinopse: Superagüi, Paraná, sul do Brasil. Nesta ilha, onde são limitadas a exploração da pesca e o uso da terra, vemos detalhes da vida caiçara. Pouco a pouco, tomará forma um protagonista: Martelo, pescador de 70 anos que luta por seu direito à aposentadoria. Ganhador do prêmio principal da mostra Aurora em Tiradentes, o primeiro longa-metragem dirigido por Pedro Giongo ilumina, no contato direto com Superagüi e seus habitantes, os desejos terrenos de Martelo por melhores condições de trabalho e por tudo voltar a ser como era antes.

Sessões: 18 de junho, às 16h20, no Cine Passeio Luz;

– “Osório” (Dir. Heloísa Passos, Tina Hardy | Brasil | 2008| 12’)

Sinopse: Apropriando-se com originalidade de um clássico mote do cinema, o de personagens que observam a vida através das janelas, Heloisa Passos e Tina Hardy registram uma praça no centro de Curitiba conforme encarada pela perspectiva de uma personagem (interpretada por Fernanda Farah) que encarna dúvidas silenciosas. Exibido no festival em nova cópia digital, o filme combina encenação ao exercício observacional, mostrando que o fora e o dentro se encontram quando aquilo para o que olhamos também nos olha de volta.

Sessões: 18 de junho, às 14h15, no Cinemark Mueller;

*Este curta será exibido com “Do Tempo Que Eu Comia Pipoca” e “Viva Volta”

– “ Viva Volta” (Dir. heloísa Passos | Brasil | 2005 | 15’)

Sinopse: Em uma travessia no tempo e no espaço embalada pelas notas do trombonista Raul de Souza, o curta-metragem acompanha o reencontro do músico com sua amiga e parceira artística, Maria Bethânia, e com seu estado de origem, o Rio de Janeiro, após anos vivendo fora do país. Narrado pelo próprio Raul, falecido em 2021, o filme de Heloisa Passos, relançado em nova cópia digital no Olhar de Cinema, recompõe memórias e fragmentos da história do inventor do “souzabone”, um trombone elétrico de sonoridade particular que deixou a marca do virtuoso instrumentista no cenário da música internacional.

Sessões: 18 de junho, às 14h15, no Cinemark Mueller;

*Este curta será exibido com “Do Tempo Que Eu Comia Pipoca” e “Osório”.

DIA 19/06 (quarta-feira)

Mostra Competitiva Brasileira

–  “Um Dia Antes de Todos os Outros” (Dir. Valentina Homem, Fernanda Bond | Brasil | 2024 | 73’)

Sinopse: Enquanto a jovem Sofia improvisa rimas com suas amizades na comunidade em que vive, sua mãe, Marli, organiza a desocupação do apartamento de classe média alta em que trabalhou por boa parte da vida como cuidadora. Velhos sonhos e novos planos surgem no horizonte desse último dia de trabalho. Nesta ficção de muitas camadas, Fernanda Bond e Valentina Homem nos envolvem com sensibilidade no universo íntimo de suas personagens, revelando o afeto e também as dinâmicas de poder que atravessam as relações de três gerações de mulheres com importantes diferenças entre si.

Sessões: 19 de junho, às 14h15, no Cine Passeio Luz;

– “Povo do Coração da Terra” (Dir. Coletivo Guahu’i Guyra | Brasil | 2024 | 39’)

Sinopse: Do céu, Nhanderu envia raios que brevemente iluminam a terra numa dessas várias noites em que é preciso estar alerta. Uma noite na qual pessoas correm pelo meio do mato para tomar aquilo que é seu. Em território Guarani, esses raios riscam o espaço desfazendo fronteiras demarcadas por arames farpados, permitindo que o filme elabore a dança da guerra, do sonho e, sobretudo, da reconquista coletiva do tekoha daquelas pessoas. Combinando cenas de enfrentamento com a própria luta pelo direito ao cotidiano, à reza, ao plantio e à meditação, o filme do Coletivo Guahu’i Guyra monta suas imagens como um ritual de reverência aos seus.

Sessões: 19 de junho, às 16h45, no Cine Passeio Ritz;

*Este curta será exibido junto com “Cavaram uma cova no meu coração”, “O lado de fora fica aqui dentro” e “Desde então, estou voando”.

– “Cavaram uma Cova no meu Coração” (Dir. Ulisses Arthur | Brasil | 2024 | 24’)

Sinopse: O afundamento do solo causado por uma mineradora para a extração de sal-gema, resulta em buracos e rachaduras nas residências de moradores do bairro de Bebedouro, em Maceió. O risco iminente de desabamento, faz com que o bairro fique desabitado, deixando espaço para a exploração do território, até que uma gangue de adolescentes planeja destruir a máquina responsável pelo afundamento, fazendo da imaginação uma possibilidade de habitar um território inabitável.

Sessões: 19 de junho, às 16h45, no Cine Passeio Ritz;

*Este curta será exibido junto com “Povo do coração da terra”, “O lado de fora fica aqui dentro” e “Desde então, estou voando”.

– “O Lado de Fora Fica Aqui Dentro” (Dir. Larissa Barbosa | Brasil | 2023 | 25’)

Sinopse: Uma cidade industrial nos arredores de Belo Horizonte é vivenciada por duas irmãs, Marina e Núbia. Refletindo sobre seus corpos e seus trabalhos, as duas identificam as lacunas entre os trabalhadores negros, construção e a perda de acesso da cidade.

Redação JBA Notícias

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