Ônibus elétrico: empresas preocupadas com fornecimento de energia
Ao iniciar os testes do novo modelo de ônibus elétrico, agora com veículo da marca Volvo, as empresas de transporte abordam o grande desafio que a eletromobilidade apresenta: a infraestrutura operacional das garagens para o abastecimento dos veículos.
“O carregamento de um veículo, dois veículos, não tem problema, alguns ajustes operacionais permitem trabalhar com a saída de força da própria empresa.. A questão é abastecer uma escala muito grande de veículos, talvez seja necessário construir uma subestação no pátio de manobras devido à exigência de 6,5 megas de energia elétrica para abastecer 70 ônibus, que é a previsão de compras anunciada pelo prefeito Rafael Greca, 25 unidades para cada garagem.”, resume Maurício Gulin, presidente do Sindicato das Empresas de ônibus de Curitiba.
Como atender a demanda?
Não basta pensar apenas em Curitiba, é necessário pensar a nível nacional, num momento em que carros de passeio, ônibus e caminhões demandam energia elétrica. Em São Paulo, a previsão é de uso de três mil ônibus.
Para Curitiba, o sindicato contratou o Latec, laboratório especializado em pesquisas, para apontar as reais necessidades, em fornecimento de energia elétrica
Copel, Urbs, IPPUC e as empresas estão em permanente avaliação do novo sistema,
“Nós consideramos o aumento da frota com os ônibus elétricos e iniciamos discussões com a URBS para a renovação da frota. Ônibus a gás, com hidrogênio verde, aquisição de novos veículos com motores a diesel que diminuíram acentuadamente o nível de poluição. São 1.300 ônibus a diesel. Os ônibus elétricos são confortáveis, silenciosos, participam do cenário novo na discussão com fornecedores de ônibus, porém ainda não temos clareza com relação ao abastecimento após as jornadas, em torno de 250 quilômetros cada, e a necessidade de recarga. Não é viável passar a noite recarregando quando pensamos em 20 ônibus ou mais, que tipo de carregador vamos trabalhar?”,
Treinamento de funcionários, desde a manutenção até motoristas, avaliação de desempenho nos roteiros de determinadas linhas , integram fabricantes e as empresas, com a participação da URBS. O investimento nos novos ônibus é considerado elevado, porém necessário, em função da modernização de acordo com as medidas de proteção ao meio ambiente.
As empresas também se utilizam da CWBUs, criada para integrar o sistema de inovação de Curitiba na área de mobilidade urbana, com o objetivo de apontar soluções de deslocamentos em Curitiba confortáveis, ágeis e sustentadas em termos de meio ambiente. É presidida por Ângelo Gulin, da Auto Viação Redentor.