Empreendedorismo

Open innovation: crise no Silicon Valley Bank leva startups a saírem da zona de conforto

*Por Vinicius Giglio, CEO da KATE Capital; em coautoria com Ana Debiazi, CEO da Leonora Ventures

O Silicon Valley Bank (SVB) era um importante player no mercado de dívida de risco, fornecendo empréstimos em curto prazo para startups no mundo todo, sem exigir participação acionária. No entanto, recentemente a instituição financeira enfrentou problemas graves chegando à falência. Esse incidente ligou o alarme entre as startups que dependiam do banco para serviços essenciais, como contas bancárias, pagamentos e empréstimos.

A questão tem afetado diretamente esse mercado que já enfrenta um desafio significativo em relação à liquidez. As empresas disruptivas e inovadoras muitas vezes carecem de ativos que possam ser facilmente convertidos em dinheiro, tornando difícil levantar o capital de giro necessário para manter suas operações em andamento.

De acordo com a Harvard Business Review, a ênfase do SVB em atender às necessidades específicas das startups pode ter saído pela culatra. Embora pudesse oferecer serviços bancários e financeiros personalizados para as companhias, a estratégia também tornava o banco fortemente dependente desse segmento de clientes para gerar receita. Além disso, o mau funcionamento da plataforma tem impactado negativamente as startups, já que muitas dependem do SVB para se conectar com investidores e fornecedores.

As consequências dessa crise estão levando as empresas a explorarem opções alternativas, que podem fazer os Fundos de Capital de Risco (VCs) reconsiderarem estratégias de investimentos. As startups ainda podem ter que aceitar termos de financiamentos desfavoráveis ou buscar novas possibilidades, como a tokenização de ativos. Essa modalidade envolve a conversão de ativos em tokens que podem ser comprados e vendidos na plataforma blockchain, proporcionando maior flexibilidade e acesso a uma gama mais ampla de investidores.

A Fast Company destaca que o desastre do SVB é um alerta para o mercado de startups se adaptar a novos métodos de financiamento. Algumas companhias africanas já estão buscando diferentes opções bancárias para evitar a dependência excessiva do SVB. Para garantir a sobrevivência em longo prazo, o mercado de startups deve estar ciente da importância de diversificar suas opções financeiras.

Por essas e outras, empresas do ramo de security tokens já estão ajudando a resolver esse problema trabalhando com a tokenização de startups e pequenas e médias empresas (PMEs). Além disso, as associações de anjos estão aproveitando recursos que permitem captação mais rápida do que nos mecanismos tradicionais, reforçando o ecossistema de empreendedorismo.

O mercado de investimentos alternativos é caracterizado justamente por ativos que não são negociados em bolsas de valores convencionais. Ou seja, trata-se de ações, títulos e fundos imobiliários que têm mais potencial de retorno, mas também maior risco e iliquidez.

Entre os investimentos alternativos, as startups têm sido uma das opções mais procuradas. De acordo com a KPMG, só em 2021, foram investidos US$ 291 bilhões em empresas emergentes em todo o mundo.

É fato que investir em startups pode trazer grandes retornos financeiros, mas se trata de um investimento de alto risco porque o sucesso do negócio é imprevisível. No entanto, se a companhia decolar, o ganho é, sim, exponencial.

Com expertise em unir a blockchain ao processo de investimento e negociação de participação acionária, empresas do ramo proporcionam segurança e transparência para as transações, facilitando ainda a divisão da propriedade entre os investidores.

Diante disso tudo, para o bem geral das companhias em desenvolvimento, fica o alerta de envidar esforços para a diversificação dos serviços financeiros.

*Por Vinicius Giglio, CEO da KATE Capital; em coautoria com Ana Debiazi, CEO da Leonora Ventures, corporate venture builder catarinense que tem a missão de impulsionar o crescimento de startups que atuam com tecnologias inovadoras no setor de varejo, logística e educação.

Sobre a Leonora Ventures

A Leonora Ventures é uma corporate venture builder catarinense que tem a missão de impulsionar o crescimento de startups que atuam com tecnologias inovadoras no setor de varejo, logística e educação. Nascida das iniciativas do Grupo Leonora, empresa que está presente há 37 anos no mercado, sendo a segunda maior distribuidora de produtos de papelaria do Brasil e presente em mais de 11 mil estabelecimentos, e do Grupo FCJ, maior venture builder da América Latina, a Leonora Ventures é mão na massa e eleva o potencial escalável das startups em que atua. Para mais informações, acesse: https://leonoraventures.com.br/ ou @leonoraventures.

Redação JBA Notícias

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